Show December 2, 2018 Infertilidade, TPM louca, mudanças súbitas de humor, ganho de peso, baixa da libido - todas estas alterações podem estar relacionadas com desequilíbrios
hormonais, como o excesso de estrogênio, hormônio produzido nos ovários, nas adrenais e, em menor quantidade, no tecido adiposo das mulheres. O estrogênio é um hormônio super importante, com ações reprodutivas e não reprodutivas. Ações reprodutivas: desenvolvimento do ´útero, crescimento folicular, contração subendometrial, alteração do muco
cervical, regulação do comportamento reprodutivo, preparo do útero para receber o bebê, caso o óvulo seja fecundado. Ações não reprodutivas: influencia o tamanho dos seios, a lactação, textura e o brilho da pele, tecido ósseo, cardiovascular, metabolismo energético, distribuição de tecido adiposo e proteção das células nervosas. A deficiência de estrogênio aumenta ondas de calor na menopausa, causa ressecamento vaginal, insônia, problemas de memória. Porém,
quando o estrogênio está muito elevado em relação a outros hormônios, condição conhecida como dominância estrogênica, aparecem sintomas desconfortáveis e o risco de certas doenças aumenta. Fadiga, irritabilidade, alterações imunológicas, disfunção da tireóide, aumento do risco de certos tipos de câncer, candidíase são questões frequentemente associadas ao aumento exagerado do estrogênio. A dominância estrogênica pode ocorrer devido a cinco fatores principais: 1) Redução na produção de outros hormônios nas mulheres - como a progesterona, a partir dos 35 anos, agravando-se na menopausa. Estrogênio e progesterona são os principais hormônios sexuais produzidos pelas mulheres. A concentração dos dois declina naturalmente conforme a mulher envelhece. Dos trinta e cinco aos cinquenta anos de idade, há uma redução de 75% na produção de progesterona no organismo. Durante essa mesma faixa etária, o estrogênio cai apenas cerca de 35%. Aqui instala-se já a dominância estrogênica, muito comum na peri-menopausa. Em relação à composição corporal, o estrogênio promove a divisão celular, o crescimento e o acúmulo de gordura, enquanto a progesterona estimula a queima de gordura e diminui a divisão celular. O estrogênio aumenta a retenção de sal e água, enquanto a progesterona atua como um diurético. O estrogênio elevado contribui para o crescimento de células de câncer de mama e endometrial, enquanto a progesterona diminui o crescimento de células cancerígenas. 2) Exposição a xenoestrógenos, substâncias que imitam o comportamento dos estrógenos. Isto pode acontecer em homens e mulheres, jovens, adultos e idosos. Os xenoestrogênios estão presentes em muitos produtos industrializados - comidas, bebidas, produtos de beleza, produtos de limpeza. Outro problema é o hormônio artificial presente nas pílulas anticoncepcionais. Muitas mulheres passam a vida tomando pílulas para não engravidar, para controlar o fluxo menstrual, para tratar os ovários policísticos. A pílula aumenta a quantidade de estrogênio no corpo da mulher. Também suprime a produção de progesterona, causando mais desequilíbrios. Os xenoestrógenos ligam-se aos receptores de estrogênio desencadeando uma resposta exagerada. A principal preocupação também está no aumento da incidência de cânceres hormonais como os de mama e ovários nas mulheres e o de próstata nos homens. Uma das maiores fontes de excesso de xenoestrógenos é a dieta moderna. Animais criados para abate são frequentemente injetados com grandes quantidades de hormônios de crescimento para fazê-los ganhar peso rapidamente ou para ter a produção de leite aumentada. Estes hormônios chegam à carne e ao leite. Alimentos de origem vegetal também podem causar desregulação hormonal pois pesticidas, herbicidas e fungicidas encontrados nos produtos não orgânicos atuam como disruptores endócrinos, interferindo no nosso metabolismo. A água também pode estar contaminada com medicamentos, hormônios, pesticidas e fertilizantes, estrogênios sintéticos e naturais do gado, além de produtos químicos industriais ou provenientes dos aterros sanitários. Fora isso, cosméticos, loções, xampus, sabonetes, cremes dentais e os inúmeros outros produtos corporais que usamos no dia-a-dia contêm parabenos, fenoxietanol, ftalatos e outros compostos com atividade estrogênica. Outro fator a contribuir para o excesso de estrogênio é um intestino pouco saudável. A microbiota intestinal regula a absorção de estrogênio circulante usando a enzima beta-glucuronidase. Quando o seu microbioma está desequilibrado, esta enzima não consegue metabolizar adequadamente os estrogênios, aumentando sua absorção e o risco de câncer. Aprenda a tratar seu intestino em meu curso online sobre a disbiose intestinal. Embalagens plásticas com bisfenol e ftalatos, encontrados em garrafas, embalagens de alimentos e potes para armazenamento de comida também podem liberar xenobióticos prejudiciais. Metais pesados como cádmio, chumbo e mercúrio também atuam como disruptores endócrinos e aumentam o estrogênio. 3) Deficiências nutricionais. Para regular a quantidade de estrogênios, o fígado os transformará em substâncias solúveis que serão eliminadas pela bile. Para isso, vários nutrientes serão necessários. Vitaminas do complexo B, aminoácidos, compostos fenólicos, vitaminas e minerais com função antioxidante, magnésio, glutationa, SAME, coenzima Q10, NAC são exemplos de compostos importantes para a destoxificação. Se faltam nutrientes não há excreção do estrogênio, que começa a se acumular. 4) Disbiose intestinal. Dentro do intestino, os níveis de estrogênio são controlados por um grupo de bactérias intestinais chamadas estroboloma. O fígado joga os metabólitos produzidos no intestino. Mas dependendo das bactérias que estão no intestino, os estrogênios são desconjugados e voltam para a circulação, aumentando novamente desnecessariamente a concentração hormonal na corrente sanguínea. Melhore então seu intestino, com mais fibras e dieta bem colorida cheia de fitoestrógenos. A disbiose intestinal aumenta a beta glucuronidase, enzima que faz a desconjugação do estrogênio. Dieta rica em gordura e carne vermelha favorece o aparecimento de bactérias, como E. coli, que geram maior desconjugação de estrogênios. Aprenda aqui a cuidar bem do seu intestino. 5) Excesso de gordura abdominal. A dominância estrogênica aumenta o acúmulo de gordura abdominal e o excesso de gordura nessa região contribui para a dominância estrogênica. É um ciclo vicioso que precisa ser quebrado. Pode demorar um tempo mas com paciência conseguimos. Quanto maior é o acúmulo de gordura maior é a produção e o estoque de estrogênio. Como melhorar o metabolismo do estrogênio?Consultoria nutricional com Andreia Torres, nutricionista com mestrado, doutorado e mais de 20 anos de experiência profissional. O primeiro passo é cuidar da alimentação e perder gordura abdominal. Consuma menos produtos industrializados e mais produtos frescos. Prefira alimentos orgânicos, galinhas de granja, tome apenas água tratada, substitua os potes de plástico por potes de vidro, reduza o consumo de carnes e laticínios. Tenha uma dieta variada que apoio os processos de eliminação de toxinas pelo fígado. A correção de deficiências nutricionais é muito importante. Marque aqui sua consulta. Melhore o funcionamento intestinal e a composição da microbiota adotando uma dieta com mais fibras, bem colorida e rica em fitoestrógenos. Além disso, reduza carne vermelha, pratique yoga, faça atividade física, descanse e durma bem para reduzir o estresse. Quanto mais estressada estiver menor será a produção de progesterona. Com isso, a dominância estrogênica agrava-se, assim como seus sintomas adversos. Por isso, seja paciente. As coisas não mudam de uma hora para a outra. Mas juntas podemos alcançar resultados incríveis que se refletirão no seu bem estar físico e mental. Tenha uma vida mais saudável, ajude ainda mais sua família e seus pacientes. O que provoca a falta de estrogênio na mulher?A queda da produção do principal hormônio feminino é característica da menopausa, mas tais sintomas podem começar a incomodar já durante o climatério - os anos de fogachos, ciclos irregulares e instabilidade emocional que antecedem o encerramento definitivo da vida reprodutiva feminina.
O que acontece quando o estrogênio diminui?O cérebro, pele, músculos e emoções são afetados pela queda dos níveis de estrogênio; ondas de calor, suores noturnos, problemas de sono, ansiedade, mau humor e perda de interesse por sexo são comuns. Problemas na bexiga e secura vaginal também são normais durante esse período.
|