O que significa mapa do mundo eurocêntrico?

Palavras-chave:

Mapas; Eurocentrismo; Ensino

Resumo

Esse trabalho reflete acerca de como o eurocentrismo está arraigado na cultura da maioria dos países que foram colonizados, como o Brasil, e de certa forma têm traços de submissão que vigoram até os dias de hoje. Um exemplo disso se dá dentro das instituições de ensino, cujo planisfério - um importante instrumento para que a apreensão do ensino seja consolidada, principalmente nas aulas de Geografia - é apresentado na grande maioria dos casos de forma eurocêntrica, destacando assim o imperialismo que configura o planeta desde o século XIV. O objetivo do artigo é de demonstrar possibilidades de utilização de outras configurações dos mapas nas salas de aula. É também de discutir em torno da importância da desconstrução desse modelo atual no qual nossa sociedade está habituada a uma espécie de sujeição em relação aos países considerados desenvolvidos, não no sentido de esquecimento da história, mas para ajudar que a consciência e criticidade se construam por meio de reflexões, e a mudança da maneira de como o mapa é apresentado é um fator que pode ajudar nesse processo. O procedimento metodológico se baseia na leitura de referencial bibliográfico. Considerando a relação entre a Cartografia e Geografia é de suma importância que os dados existentes nessas áreas sejam tratados com veracidade, ou seja, desconstruindo conceitos vigentes.

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Linguagens cartográficas no Ensino de Geografia

A regionalização eurocêntrica concebe o mundo a partir do modo de compreensão da Europa e dos territórios conhecidos por ela desde tempos remotos.

O ato de regionalizar refere-se ao processo de agrupar ou melhor analisar o espaço geográfico conforme características específicas. A região, nesse sentido, constitui-se como uma unidade geográfica de análise, pois nos permite enxergar a realidade espacial do mundo a partir de uma determinada forma. Nesse sentido, em uma perspectiva geral, regionalizar significa individualizar uma parte do espaço a partir de um critério determinado. Tal região não existe de fato, mas apenas em termos de representação intelectual.

Dessa forma, quando há uma regionalização, há também uma visão de mundo, pois cada pessoa pode organizar e individualizar o espaço à sua maneira. Quando falamos em uma regionalização eurocêntrica, falamos da forma como boa parte dos intelectuais europeus, sobretudo de tempos pretéritos, enxergou o globo. Tal divisão tornou-se famosa por ter sido amplamente difundida por meios de comunicação e também pelo senso comum, tornando-se parte da vida de muitas pessoas. Essa regionalização dividiu o planeta em velho mundo, novo mundo e novíssimo mundo.

A seguir podemos conferir no mapa a regionalização mundial conforme a visão eurocêntrica.

O que significa mapa do mundo eurocêntrico?

Mapa do mundo conforme a visão eurocêntrica da humanidade

Velho mundo: o “velho mundo”, muitas vezes utilizado como sinônimo de continente europeu, refere-se ao mundo conhecido desde a Antiguidade pelos povos europeus, os mesmos que mais tarde chegaram às terras ameríndias e impuseram aqui o seu modo de vida e sua visão de mundo. Essa região envolveria, no entanto, além da Europa, a África (ou partes dela) e a Ásia.

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Novo mundo: a expressão “novo mundo” é largamente utilizada para designar o continente americano. Esse termo foi empregado para designar as “novas terras” descobertas ao final do século XV em diante com a chegada de Colombo à América (embora tenha se descoberto, tempos depois, que aquelas terras constituíam, na verdade, outro continente).

Novíssimo mundo: Essa expressão existe porque o seu território correspondente – basicamente o continente da Oceania – foi colonizado somente a partir do século XVIII.

Essa regionalização, além de expressar a visão de mundo europeia, também serviu para expandir a sua colonização no mundo das ideias, dando a entender que só existia civilização, antes do período colonial, na Europa. No entanto, sabemos que civilizações milenares habitavam as demais partes do planeta. Outra questão importante é a consideração de que essa divisão é histórica, pois, geologicamente, locais como o território brasileiro, por exemplo, são muito mais antigos do que outras formações naturais do “velho” mundo.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

O mundo em que vivemos recebe diversas regionalizações. Tais divisões possuem o fim de facilitar a compreensão das informações requeridas e de partes especificas do espaço geográfico, impedindo que haja generalizações dos dados.

Dentre as muitas divisões que o mundo é sujeitado, as principais são: divisão em hemisférios (norte/sul e oriental/ocidental), em continentes (América, Europa, África, Ásia e Oceania), e assim por diante.

Mas o mundo é regionalizado também do ponto de vista histórico, tomando como base os continentes já conhecidos. Nessa abordagem, o mundo é divido em três: Velho Mundo, Novo Mundo e Novíssimo Mundo.

O Velho Mundo é uma expressão usada para designar a visão de mundo que os europeus detinham por volta do século XV. Naquela época, os europeus conheciam somente os continentes da Europa, África e Ásia.

Novo Mundo é um termo criado pelos europeus para designar o continente americano. A expressão teve seu uso difundido no período do descobrimento do novo continente, a América, pois até então era desconhecido pelos europeus, vindo a ser algo novo em relação aos continentes já conhecidos.

Já o Novíssimo Mundo compreende o continente da Oceania, constituída pela Austrália, Nova Guiné, Nova Zelândia, entre outras ilhas. Tal denominação se deu em razão do continente ter sido o último a ser descoberto.

É bom ressaltar que as regionalizações citadas acima não passam de uma visão eurocentrista (idéia que coloca a Europa como o centro do mundo), a qual crê que o continente (Velho Mundo) é a principal civilização e que sua cultura, povo e língua são superiores às demais existentes.

A abordagem eurocentrista desconsidera totalmente todas as civilizações existentes fora do Velho Mundo. No Novo Mundo (América), por exemplo, importantes civilizações como os Incas, Maias e Astecas não são levadas em conta. Na visão dos europeus não existe história antes de sua chegada.

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Por que o mapa mundi e eurocêntrico?

O em cima e embaixo foram criados pelo ser humano para sua comodidade, locomoção e localização e no caso dos nossos mapas toda a ciência se concentrou no Ocidente, mais precisamente na Europa. Eis que surge o eurocentrismo, que coloca a Europa no centro do mundo, exatamente como Jerusalém foi na Idade Média.

Qual e a definição de eurocentrismo?

Eurocentrismo é um conceito que afirma que a Europa é a protagonista da história da humanidade, sendo o centro dos acontecimentos mundiais e a responsável pelas mudanças vividas pelas sociedades até hoje. De acordo com esse pensamento, o continente europeu tem influência direta em todos os lugares do mundo.

Quais são as características do eurocentrismo?

Eurocentrismo é a valorização da cultura e sociedade europeia como sendo superior as outras. Este conceito está ligado, principalmente, aos contextos do colonialismo e neocolonialismo. Eurocentrismo é uma ideia que coloca os interesses e a cultura Europeia como sendo as mais importantes e avançadas do mundo.

Por que consideramos dizer que os mapas apresentam uma visão eurocêntrica de mundo Qual o objetivo desta forma de representação?

No eurocentrismo a Europa é o centro do mundo. O mundo em que vivemos recebe diversas regionalizações. Tais divisões possuem o fim de facilitar a compreensão das informações requeridas e de partes especificas do espaço geográfico, impedindo que haja generalizações dos dados.