Plano de atendimento Educacional Especializado PDF

O discurso em prol da inclusão social e educacional de grupos sociais seja por nacionalidade, etnia, condição social, física e/ou intelectual foram ampliados nos anos noventa e dois mil. Ao mesmo tempo, nos últimos anos tem crescido e alcançado visibilidade internacional a defesa da universalização da Educação Básica como a medida mais barata e eficaz para a “redução da pobreza”. Nesse contexto a consigna “educação para todos” foi cunhada no bojo desse movimento, ligando-se diretamente ao rol de direitos mínimos e de “bens públicos” que conformariam o regime liberal-democrático. Associada a ela surgiu a expressão educação inclusiva (UNESCO, 1994), que se difundiu rapidamente como referência para a elaboração de políticas públicas de educação em diferentes países. No Brasil a implementação de diretrizes envolvendo a política de educação inclusiva tem focado a escolarização de alunos com deficiência física, mental, sensorial, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Tais políticas foram ampliadas significativamente durante o governo Lula (2003-2010), sobretudo a partir do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade e as diretrizes contidas na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) e nas Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial (BRASIL, 2009). Para analisar e compreender os impactos e a operacionalização dessas políticas no dia a dia das redes de ensino, bem como as práticas curriculares desenvolvidas no contexto escolar para alunos com necessidades educacionais especiais em decorrência de deficiência física, mental/intelectual, sensorial, especialmente surdos, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, temos realizado uma série de atividades no âmbito do Observatório de Educação Especial e inclusão educacional: políticas públicas e práticas curriculares, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), no período de 2009 e 2010. Assim como, das parcerias estabelecidas com pesquisadores da área de Educação Especial de diferentes Universidades nacionais e internacionais. É com base nessas parcerias e atividades de pesquisa e extensão que organizamos o presente livro focando a discussão na escolarização de alunos com necessidades educacionais especiais desde na Educação Infantil até o Ensino Superior a partir das referências contidas na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) e nas Diretrizes Operacionais do Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial (BRASIL, 2009). A parte inicial do livro trata de temas abordados no Curso de Extensão em Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva: estratégias pedagógicas para favorecer a inclusão escolar que integrou as atividades propostas pelo Programa de Formação inicial e continuada de professores da Baixada Fluminense para a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na educação básica e no ensino superior, financiado pelo Programa de Extensão Universitária (edital nº 6, PROEXT 2009). Participaram desse Curso aproximadamente 200 professores das Redes de Ensino da Baixada Fluminense. Os capítulos iniciais ― de Anna Augusta Sampaio de oliveira (UNESP), Patrícia Braun & Marcia Marin (UERJ), Patrícia Cardoso Macedo, Letícia Teixeira de Carvalho e Márcia Denise Pletsch (UFRRJ), Mara Lúcia R. Monteiro da Cruz (UERJ) & Valéria Marques de Oliveira (UFRRJ), Hilce Aguiar Melo (UFMA), Annie Gomes Redig (UERJ) Geovana ―, focam aspectos teóricos discutidos no curso sobre o desenvolvimento e o processo de ensino-aprendizagem, bem como a avaliação e as políticas de atendimento educacional atendimento educacional especializado dirigido para pessoas com deficiência intelectual. Ênfase é dada ao debate sobre o papel da sala de recursos e sala de recursos multifuncionais e a elaboração do plano individualizado de ensino. Ainda nessa direção, o capítulo de Ana Carla Ziner (UFRRJ), aborda as discussões realizadas durante o curso de extensão no que se refere à escolarização e o processo de aprendizagem de alunos surdos, especialmente no que se refere à segunda língua, no caso, a língua portuguesa. O texto de Carla Abreu Ellis e Jason Brent Ellis ― parceiros do projeto “Consórcio Educação e Diversidade ”, contemplado com recursos financeiros pelo programa de Consórcio em Educação Superior Brasil-Estados Unidos da CAPES (edital nº 8 de 2010) ―, apresenta uma importante discussão sobre a transição de pessoas com deficiência para o mercado de trabalho. O livro apresenta também textos elaborados a partir das ações desenvolvidas no Projeto “A inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro: uma prática em construção”, financiado pelo PROGRAMA INCLUIR do Ministério da Educação (edital nº 5 de 2009). No conjunto das atividades desenvolvidas com apoio do Programa Incluir, destacamos, primeiramente, o texto das professoras Solange Hassan Ahmad Ali Fernandes, Lulu Healy, Elen Graciele Martins, Maisa Aparecida Siqueira Rodrigues. Franklin Rodrigues de Souza (UNIBAN/SP) que integrou o Seminário “O uso da calculadora colorida e sonora para o trabalho pedagógico com alunos cegos e surdos”, realizado em parceria com o PRODOCÊNCIA da UFRRJ e as disciplinas de Pesquisa e Prática Educativa (PPE I, II, III, IV e V) do Departamento Educação e Sociedade para os alunos do Curso de Matemática do Instituto Multidisciplinar. Em seguida, os textos retratam os debates travados no evento Formação de Professores em Debate: articulando nossos programas, realizado durante a semana Prodocência, que destinou um dos dias para as atividades do Programa Incluir. A escolarização de alunos com altas habilidades é discutida pelos professores Arlei Peripolli e Silvio Carlos dos Santos (UFSM). O uso da comunicação alternativa na prática docente, também abordada no Curso de Extensão anteriormente apresentado, foi abordada pelas professoras Carolina Rizotto Schirmer, Cátia Criveleti de Figueiredo Walter e Leila Regina d’ Oliveira de Paula Nunes (UERJ). Já o debate sobre currículo e o atendimento educacional de alunos com deficiência múltipla, bem como das práticas curriculares nos cadernos escolares, foi o foco dos capítulos das professoras Anelice Ribetto (UERJ/São Gonçalo) e Geovana Mendonça Lunardi Mendes (UDESC) , respectivamente. Já, os textos seguintes de autoria de Andressa Mafezoni Caetano, Katiuscia C. Vargas Antunes (UNIFESO) e Rosana Glat (UERJ), trazem discussões atuais sobre a formação de professores nos Cursos de Pedagógica. Os dois capítulos finais trazem discussões e experiências importantes sobre a inclusão no ensino superior. Sabrina Fernandes de Castro e Maria Amélia Almeida (UFScar) apresentam dados de uma pesquisa realizada em treze Universidades Brasileiras sobre o ingresso e a permanência de alunos com deficiências. O capítulo escrito por Débora Felício Faria (UNIFAL), Nivânia Maria de Melo Reis (PUC/MG) e Allan Damasceno (UFRRJ) apresenta a experiências das políticas de inclusão nas Universidades Mineiras. Para finalizar gostaria de agradecer aos autores que contribuíram na escrita dos capítulos que compõem esse livro, bem como às professoras Gabriela Rizo, Coordenadora Geral do Prodocência/UFRRJ (2009/2010), que financiou essa publicação e a Profª. Lígia Cristina Ferreira Machado, Chefe do Departamento Educação e Sociedade pelo apoio dado nas atividades realizadas. Também não posso deixar de agradecer às minhas queridas alunas ― Getsemane de Freitas Batista, Letícia Teixeira Carvalho, Patrícia Cardoso, Mariana Pitanga, Risoneide Alves da Silva, Tamires Silva de Castro, Bianca Mensor de Almeida e Zenite Santos (já formada) ― que tanto apoiaram e contribuíram para que as atividades do Curso de Extensão acontecessem. Por último, agradeço aos professores das redes de ensino que participaram das atividades e contribuíram ricamente com as discussões realizadas a partir de seus fazeres pedagógicos cotidianos. O encontro de experiências do qual esse livro é resultado tem como objetivo maior apoiar e ampliar o diálogo e a parceria entre a Universidade e a Educação Básica.

O que é o plano de Atendimento Educacional Especializado?

a) O Plano de Atendimento Educacional Especializado é o planejamento das intervenções pedagógicas a serem desenvolvidas no turno contrário ao da escolarização do aluno.

Quais as principais atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado?

O atendimento educacional especializado - AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.

Como preencher um PDI de aluno especial?

A equipe da escola pode organizar fichas individuais contendo dados como: nome e idade da criança; identificação dos pais; ano de escolaridade; condições do ambiente familiar; descrição de alguma deficiência, problema comportamental ou de saúde; e outras informações relevantes para a elaboração do PDI.

Quem é responsável pela elaboração do PDI?

Embora seja importante a participação de todos, cabe a escola elaborar esse plano.