Playa del carmen onde ficar

Playa del carmen onde ficar

Minha primeira vez em Playa del Carmen (“Playa”, para los íntimos) foi em 2002, a caminho de Cuba. Aproveitei que tinha milhas Smiles sobrando e que havia o vôo direto da Varig a Cancún, e fiz uma escala por ali. Nunca tinha pensado em ir a Cancún, mas o Nick insistiu para que parássemos por uns dias, porque eu tinha que ter uma opinião própria sobre Cancún. (Lembre-se de que naquela época eu era publicitário e não tinha blog nem nada; colaborava com a Vip, era só um hobby.)

Ao pesquisar Cancún, deparei com esse lugar de que ninguém falava no Brasil. Playa del Carmen? Que raio de praia é essa? Fucei aqui, fucei acolá, e algo me disse que era um lugar que valia pena conferir. Resolvi dividir a estada meio a meio entre Cancún e Playa.

Minha intuição não tinha se enganado. Playa era um lugar adorável. Tinha uma praia mais gostosa do que Cancún (a mesma cor, só que menos agitada, mais piscininha) e quilômetros de areias desertas na direção norte. E o centrinho, se por um lado era bem feioso nas imediações do píer de embarque do ferry para Cozumel, ficava uma gracinha a umas 10 quadras dali, quando ficava com cara de Búzios. O lugar tinha até uns hoteizinhos-butique bacanas!  Resultado: Playa entrou direto para o meu top de recomendações do Caribe.

Playa del carmen onde ficar

Voltei a Playa em 2006 e levei um susto: o lugar tinha crescido bastante. Ainda continuava recomendável e, na minha opinião, muito mais bacana do que Cancún; os tais quilômetros de areias desertas na direção norte, porém, tinham sumido, e dado lugar a clubes de praia, hotéis e condomínios.

Fiz questão de passar uma noite por lá, nesta viagem de agosto pela Riviera. Encontrei Playa um pouquinho melhor do que da última vez. A bolha imobiliária lhe fez bem — algumas construçõezinhas insalubres mas bem-localizadas foram substituídas por edifícios baixos de bom padrão, o que deu um “up” para a beira-mar do centrinho.

Playa del carmen onde ficar

A vida noturna também me pareceu ainda mais desenvolvida. O finzinho da rua 12 virou um antro de bares e discos. E a megaboate Coco Bongo, originária de Cancún e famosa pelos seus shows superproduzidos, abriu uma filial em Playa.

No fim das contas, Playa é o lugar mais versátil da Riviera. Pode ser curtida tanto como uma micro-Cancún construída em escala humana (tradução: percorrível a pé) quanto como uma mega-Geribá (com uma Rua das Pedras anexa).

Durante o dia você escolhe entre os dois grandes clubes de praia, o Mamitas ou o Kool by Playa Tukan. No começo da noite tem o footing na Quinta Avenida, a rua das lojinhas e restaurantes. Os metidos dão uma passadinha nos bares dos hotéis-design Deseo ou Básico (ambos na Quinta Avenida), e os notívagos se dirigem depois para o final da rua 12 e escolhem o que lhes parecer mais animado.

A hospedagem mais bacana é a do Mosquito Beach, o único hotel-butique pé-na-areia. Na Quinta Avenida ficam os outros três: o pioneiro Mosquito Blue (que agora, um tanto atrasado, ganhou ares starkianos) o charmoso Deseo e o esquisito Básico. Quer economizar com estilo? Tente o Playa Palms, um apart-hotel pé na areia, com cozinha equipada.

Há dois hotelões à beira da praia, e perto da zona dos beach clubs: o Porto Real e o suntuoso Royal Playa del Carmen.

Playa também é bem melhor do que Cancún para quem quer ir por conta própria e se hospedar baratinho. Desta vez eu fiquei num hotel basiquinho porém com bons equipamentos (ar split, wireless grátis), o Barrio Latino (paguei 60 dólares na baixa). Outras opções em conta na cidade são o Lunata, Nina e o Cohiba (este, só para quem quiser aproveitar a noite, que fica ao lado).

Playa del carmen onde ficar

Playa está a 50 km do aeroporto de Cancún e a 70 km da zona hoteleira. Os parques X-Caret e X-plor ficam a menos de 3 km. Tulum está a 70 km.

Leia também:

Para entender Cancún, Playa del Carmen e Riviera Maia

Vai por mim: Tulum

Todas de Playa del Carmen no Viaje na Viagem

Cancún x Playa del Carmen: a comparação da Bel

De viagem ao Caribe mexicano, onde você escolheria se hospedar: Cancún ou Playa del Carmen? Dividir a estadia meio a meio é 100% viável – e foi o que a Bel fez. A questão é que, mesmo sendo tão próximas, Cancún e Playa têm personalidades bastante diferentes. Corre-se o risco de curtir muito uma metade do roteiro, e a outra metade… é, nem tanto assim.

Uma das duas ganhou o coração da Bel, e no relato a seguir ela conta qual, e por quê. A Bel também aproveita para comparar os parques Xel-Há e Xcaret, e alertar sobre algumas armadilhas dos principais passeios da região.

Diga lá, Bel! Cancún ou Playa?

Texto e fotos | Bel

Sempre pego todas as dicas das minhas viagens aqui, então vim dar uma pequena contribuição para este site fantástico. Fiquei 14 dias entre Cancún, Playa del Carmen e Miami, em julho passado. Minhas impressões:

Playa del Carmen: por que não vale a pena ficar em Cancún

Playa del carmen onde ficar

Concluí que não vale mesmo a pena ficar em Cancún. Playa del Carmen é o canal. Perto de todos os passeios, praias, e ainda tem uma noite deliciosa, onde tem tudo: ruas animadas, tipo um “rústico chique“, com lojas de todo tipo: desde grifes até simples souvenires. Ótimos restaurantes, e um clima meio Rua das Pedras, em Búzios…

Ficamos 5 dias no hotel Porto Playa, uma decisão acertadíssima, depois de muita pesquisa. Os hotéis em frente ao mar são muito barulhentos por causa das festas, ou caros demais, e este é apenas a uma quadra do mar.

O Porto Playa é muito confortável. Os quartos são como apartamentos. No meu caso, que fui com 2 filhos, escolhi um quarto com uma sala e duas suítes.

O café da manhã é tomado no quarteirão de baixo, num simpático restaurante com mesinhas na calçada. No hotel eles te dão 2 opções de locais para o café: neste restaurante ou em clube de praia em frente ao mar. Mas a primeira opção é infinitamente melhor, com mais qualidade, e tudo a la carte.

Não deixe de ir a Tulum. Praia linda e lindas ruínas à beira-mar. Há muitas opções de praia e a cada dia íamos a uma diferente, mas Tulum foi a mais bonita.


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Só curtição
  • Playa del Carmen solo: praia, agito e passeios (por Gabi)

Cancún: os contras… e um pró

Resolvemos ficar 3 dias em Cancún, após muita insistência dos meus filhos adolescentes que achavam que Cancún é que era o melhor. Ficamos no resort Grand Park Royal Cancún, que escolhemos com base nas opiniões do Trip Advisor e nas informações daqui do site (onde li que era melhor ficar até no km 11 no máximo, para pegar um mar mais calmo).

Após o segundo dia no hotel, nós todos (inclusive meus filhos) nos arrependemos de ter deixado Playa e ainda pagar muito mais caro por isso. A comida do resort deixa muito a desejar, como na maioria dos all-inclusive. Num calor e sol de rachar, nunca conseguíamos um guarda-sol, nem na praia, nem na piscina, pois o hotel dispunha de pouquíssimas unidades deles, que eram marcadas desde a véspera . A noite foi uma decepção, um engarrafamento até o local das baladas todo dia, e muita bagunça pra entrar. Playa também tem balada, sem filas e engarrafamentos, e num clima mais legal.

O hotel The Royal (atual Hyatt Zilara), ao lado do meu, era bem melhor – e bem mais caro, também.

Pelo que descobri, o Hyatt Zilara, o Live Acqua Cancún e um outro que não me lembro o nome estão no ranking dos melhores, mas nem pude cogitar pois não aceitam menores de 18,e meu filho mais novo tem 16. (O que faz desses hotéis melhores ainda… depois que os filhos crescem, a última coisa que você quer na suas férias é um hotel lotado de crianças!)

Ah, não caiam no conto do hotel que você ganha internet de graça se destinar algumas de suas preciosas horas assistindo a uma apresentação do grupo The Royal. Horas perdidas, e a internet grátis é grátis pra todo mundo no lobby. Não nos deram a internet no quarto, e não quisemos pagar a pequena fortuna que pediram.

O melhor de Cancún: é o mar mais bonito que já vimos… com cinquenta tons de azul!


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Pra ajudar na escolha
  • 50 hotéis em Cancún e região comentados por leitores

Passeios

Xcaret versus Xel-Há

Os passeios Xcaret, Xel-Há e outros similares são parques “fabricados” para americanos. Imaginávamos belezas naturais e nos deparamos com parques estilo Disney, onde tudo é bonito, mas artificial. Filas quilométricas para tudo, para pegar bebida, e até um simples sorvete. O ingresso era caro, mas com a desculpa de ser all-inclusive, a gente achou que valia o preço. Mas a comida é muito ruim e gordurosa. Os restaurantes de fast food então… um horror.

No Xcaret então, que é enorme, há pelo menos uns 7 restaurantes, distantes um do outro, e caímos na besteira de esperar a fome vir para depois escolher onde comer. Resultado: rodamos o parque inteiro (repito: é enorme) debaixo do sol e com fome… e não achamos onde comer, pois tinha filas de espera em todos os restaurantes, e sem previsão de tempo. Depois de esperar bastante, ainda comemos muito mal. Mas tem que conhecer, é bonito e tal, mas vá sem muitas expectativas.

O Xel-Há, na minha opinião, é mais legal, bem menor, mas com a ilusão de ser mais “natural”, a praia artificial é mais bonita, e não enfrentamos filas tão grandes para comer como no Xcaret. Os famosos cenotes são mais ou menos todos parecidos.

Cozumel: vale a pena?

Vale, e muito, o bate-volta a Cozumel. Como eu disse, pra quem está em Playa del Carmen tudo é mais perto. Pega-se o catamarã (muito confortável, com ar-condicionado) ali mesmo no centro de Playa. O mergulho com snorkel é imperdível, mas mais uma vez nos sentimos na tal armadilha de turista. São muitas empresas que oferecem o mesmo passeio e não tem como saber qual é melhor e mais profissional. Eles te vendem 2 horas de mergulho, e nem dão 2 horas inteiras de passeio. Eles te levam em 3 pontos próximos onde tem corais e onde ficam outros tantos barcos fazendo o mesmo serviço, e nos mesmos pontos.

Nosso barco tinha capacidade para 8 pessoas e fomos junto com 4 cariocas divertidíssimos, o que amenizou a nossa chateação. Pois o mar é de uma transparência impressionante, seria delicioso curtir um snorkel ali com calma, vendo aqueles corais belíssimos… e a realidade foi outra: os 2 “marinheiros” do nosso barquinho eram mal humorados e carrancudos, mal descíamos do barco com o snorkel e eles já gritavam com a gente para irmos embora. Não ficamos nem 10 minutos em cada ponto! Nós não gostamos do serviço, e ficamos com a impressão de que caímos mesmo numa roubada. Se tivéssemos conhecimento de como era o passeio, teríamos tentado alugar um barco para ficar mais tempo, mesmo pagando mais.

Alugamos um jipe para dar a volta na ilha antes do mergulho, o que vale muito a pena.

Prepare-se para a volta no final do dia: fila enorme para comprar o ingresso da balsa e quase 2 horas esperando.

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As viagens do leitor

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E Isla Mujeres?

Também é passeio para um dia inteiro, e só vá se você tiver dias sobrando. Deixamos para meus filhos fazerem o tal nado com os golfinhos lá, nos indicaram um lugar só pra isso, não me lembro o nome. Eles curtiram, mas parece que não é diferente dos outros lugares de Cancún e Playa. Não era preciso ir até lá. O lugar pra quem espera também não tem guarda-sóis o suficiente, e chega uma hora em que você não agüenta o sol rachando e não acha uma sombrinha sequer. As poucas estão ocupadas! E a comida (também é inclusa no valor do ingresso) é horrível, um buffet pequeno, com pouquíssimas opções.

Seguindo viagem

Aproveitamos a escala em Miami e ficamos por lá 4 dias. Também foi a primeira vez, e lamentamos novamente os 3 dias que gastamos no resort em Cancún. Poderíamos ter ficado mais em Miami. Mas Miami é outro assunto!

Espero ter ajudado!

Obrigado, Bel!

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