Quais as principais habilidades que os praticantes de voleibol devem desenvolver para jogar?

14/08/2013

Fundamentos e caracter�sticas do Voleibol

Um time que deseja competir em n�vel internacional precisa dominar um conjunto de seis habilidades b�sicas, denominadas usualmente sob a rubrica "fundamentos". Elas s�o: saque, passe, levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um destes fundamentos compreende um certo n�mero de habilidades e t�cnicas que foram introduzidas ao longo da hist�ria do voleibol e s�o hoje consideradas pr�tica comum no esporte.

Saque ou servi�o

O saque ou servi�o marca o in�cio de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se atr�s da linha de fundo de sua quadra, estende o bra�o e acerta a bola, de forma a faz�-la atravessar o espa�o a�reo acima da rede delimitado pelas antenas e aterrissar na quadra advers�ria. Seu principal objetivo consiste em dificultar a recep��o de seu oponente controlando a acelera��o e a trajet�ria da bola.

Existe a denominada �rea de saque, que � constitu�da por duas pequenas linhas nas laterais da quadra, o jogador n�o pode sacar de fora desse limite.

Um saque que a bola aterrissa diretamente sobre a quadra do advers�rio sem ser tocada pelo advers�rio - � denominado em voleibol "ace", assim como em outros esportes tais como o t�nis.

No voleibol contempor�neo, foram desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:

� Saque por baixo ou por cima: indica a forma como o saque � realizado, ou seja, se o jogador acerta a bola por baixo, no n�vel da cintura, ou primeiro lan�a-a no ar para depois acert�-la acima do n�vel do ombro. A recep��o do saque por baixo � usualmente considerada muito f�cil, e por esta raz�o esta t�cnica n�o � mais utilizada em competi��es de alto n�vel.

� Jornada nas estrelas: um tipo espec�fico de saque por baixo, em que a bola � acertada de forma a atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O aumento no raio da par�bola descrito pela trajet�ria faz com que a bola des�a quase em linha reta, e em velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado na d�cada de 1980 pela equipe brasileira, especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele hoje � considerado ultrapassado, e j� n�o � mais empregado em competi��es internacionais.

� Saque com efeito: denominado em ingl�s "spin serve", trata-se de um saque em que a bola ganha velocidade ao longo da trajet�ria, ao inv�s de perd�-la, gra�as a um efeito produzido dobrando-se o pulso no momento do contato.

� Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a bola � tocada apenas de leve no momento de contato, o que faz com que ela perca velocidade repentinamente e sua trajet�ria se torne imprevis�vel.

� Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador lan�a a bola, faz a aproxima��o em passadas como no momento do ataque, e acerta-a com for�a em dire��o � quadra advers�ria. Sup�e-se que este saque j� existisse desde a d�cada de 1960, e tenha chegado ao Brasil pelas m�os do jogador Feitosa. De todo modo, ele s� se tornou popular a partir da segunda metade dos anos 1980.

� Saque oriental: o jogador posta-se na linha de fundo de perfil para a quadra, lan�a a bola no ar e acerta-a com um movimento circular do bra�o oposto. O nome deste saque prov�m do fato de que seu uso contempor�neo restringe-se a algumas equipes de voleibol feminino da �sia.

Passe

Tamb�m chamado recep��o, o passe � o primeiro contato com a bola por parte do time que n�o est� sacando e consiste, em �ltima an�lise, em tentativa de evitar que a bola toque a sua quadra, o que permitiria que o advers�rio marcasse um ponto. Al�m disso, o principal objetivo deste fundamento � controlar a bola de forma a faz�-la chegar rapidamente e em boas condi��es nas m�os do levantador, para que este seja capaz de preparar uma jogada ofensiva.

O fundamento passe envolve basicamente duas t�cnicas espec�ficas: a "manchete", em que o jogador empurra a bola com a parte interna dos bra�os esticados, usualmente com as pernas flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque", em que a bola � manipulada com as pontas dos dedos acima da cabe�a.

Quando, por uma falha de passe, a bola n�o permanece na quadra do jogador que est� na recep��o, mas atravessa por cima da rede em dire��o � quadra da equipe advers�ria, diz-se que esta pessoa recebeu uma "bola de gra�a".

Manchete

� uma t�cnica de recep��o realizada com as m�os unidas e os bra�os um pouco separados e estendidos, o movimento da manchete tem in�cio nas pernas e � realizado de baixo para cima numa posi��o mais ou menos c�moda, � importante que a perna seja flexionada na hora do movimento, garantindo maior precis�o e comodidade no movimento. Ela � usada em bolas que vem em baixa altura, e que n�o tem chance de ser devolvida com o toque.

� considerada um dos fundamentos da defesa, sendo o tipo de defesa do saque e de cortadas mais usado no jogo de voleibol. � uma das t�cnicas essenciais para o l�bero mas tamb�m � empregada por alguns levantadores para uma melhor coloca��o da bola para o atacante.

Levantamento

O levantamento � normalmente o segundo contato de um time com a bola. Seu principal objetivo consiste em posicion�-la de forma a permitir uma a��o ofensiva por parte da equipe, ou seja, um ataque.

A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pela forma como o jogador executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo s� � utilizado quando o passe est� t�o baixo que n�o permite manipular a bola com as pontas dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras s�o mais restritas no que diz respeito � infra��o de "carregar".

Tamb�m costuma-se utilizar o termo "levantamento de costas", em refer�ncia � situa��o em que a bola � lan�ada na dire��o oposta �quela para a qual o levantador est� olhando.

Quando o jogador n�o levanta a bola para ser atacada por um de seus companheiros de equipe, mas decide lan��-la diretamente em dire��o � quadra advers�ria numa tentativa de conquistar o ponto rapidamente, diz-se que esta � uma "bola de segunda".

Ataque

Jogador atacando:

O ataque �, em geral, o terceiro contato de um time com a bola. O objetivo deste fundamento � fazer a bola aterrissar na quadra advers�ria, conquistando deste modo o ponto em disputa. Para realizar o ataque, o jogador d� uma s�rie de passos contados ("passada"), salta e ent�o projeta seu corpo para a frente, transferindo deste modo seu peso para a bola no momento do contato.

O voleibol contempor�neo envolve diversas t�cnicas individuais de ataque:

� Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador que n�o se encontra na rede, ou seja, por um jogador que n�o ocupa as posi��es 2-4. O atacante n�o pode pisar na linha de tr�s metros ou na parte frontal da quadra antes de tocar a bola, embora seja permitido que ele aterrisse nesta �rea ap�s o ataque.

� Diagonal ou Paralela: indica a dire��o da trajet�ria da bola no ataque, em rela��o �s linhas laterais da quadra. Uma diagonal de �ngulo bastante pronunciado, com a bola aterrissando na zona frontal da quadra advers�ria, � denominada "diagonal curta".

� Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a bola � acertada com for�a, com o objetivo de faz�-la aterrissar o mais r�pido poss�vel na quadra advers�ria. Uma cortada pode atingir velocidades de aproximadamente 200 km/h.

� Largada: refere-se a um ataque em que jogador n�o acerta a bola com for�a, mas antes toca-a levemente, procurando direcion�-la para uma regi�o da quadra advers�ria que n�o esteja bem coberta pela defesa.

� Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que o jogador n�o pretende fazer a bola tocar a quadra advers�ria, mas antes atingir com ela o bloqueio oponente de modo a que ela, posteriormente, aterrisse em uma �rea fora de jogo.

� Ataque sem for�a: o jogador acerta a bola mas reduz a for�a e conseq�entemente sua acelera��o, numa tentativa de confundir a defesa advers�ria.

� Bola de xeque: refere-se � cortada realizada por um dos jogadores que est� na rede quando a equipe recebe uma "bola de gra�a" (ver passe, acima).

Bloqueio

Bloqueio triplo:

O bloqueio refere-se �s a��es executadas pelos jogadores que ocupam a parte frontal da quadra (posi��es 2-3-4) e que t�m por objetivo impedir ou dificultar o ataque da equipe advers�ria. Elas consistem, em geral, em estender os bra�os acima do n�vel da rede com o prop�sito de interceptar a trajet�ria ou diminuir a velocidade de uma bola que foi cortada pelo oponente.

Denomina-se "bloqueio ofensivo" � situa��o em que os jogadores t�m por objetivo interceptar completamente o ataque, fazendo a bola permanecer na quadra advers�ria. Para isto, � necess�rio saltar, estender os bra�os para dentro do espa�o a�reo acima da quadra advers�ria e manter as m�os viradas em torno de 45-60� em dire��o ao punho. Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado, em que bola � direcionada diretamente para baixo em uma trajet�ria praticamente ortogonal em rela��o ao solo, � denominado "toco".

Um bloqueio � chamado, entretanto, "defensivo" se tem por objetivo apenas tocar a bola e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores que se situam no fundo da quadra. Para a execu��o do bloqueio defensivo, o jogador reduz o �ngulo de penetra��o dos bra�os na quadra advers�ria, e procura manter as palmas das m�os voltadas em dire��o � sua pr�pria quadra.

O bloqueio tamb�m � classificado, de acordo com o n�mero de jogadores envolvidos, em "simples", "duplo" e "triplo".

Defesa

Defesa:

A defesa consiste em um conjunto de t�cnicas que t�m por objetivo evitar que a bola toque a quadra ap�s o ataque advers�rio. Al�m da manchete e do toque, j� discutidos nas se��es relacionadas ao passe e ao levantamento, algumas das a��es espec�ficas que se aplicam a este fundamento s�o:

� Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o movimento sob o pr�prio abd�men.

� Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o pr�prio corpo ap�s ter feito contato com a bola. Esta t�cnica � utilizada, especialmente, para minimizar a possibilidade de contus�es ap�s a queda que � resultado da for�a com que uma bola fora cortada pelo advers�rio.

� Martelo: o jogador acerta a bola com as duas m�os fechadas sobre si mesmas, como numa ora��o. Esta t�cnica � empregada, especialmente, para interceptar a trajet�ria de bolas que se encontram a uma altura que n�o permite o emprego da manchete, mas para as quais o uso do toque n�o � adequado, pois a velocidade � grande demais para a correta manipula��o com as pontas dos dedos.

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