1. Introdu��o Show A Gin�stica Art�stica, tem origens muito antigas. Segundo a Confedera��o Brasileira de Gin�stica (2007), a Gin�stica Art�stica � um conjunto de exerc�cios corporais sistematizados, aplicados com fins competitivos, em que se conjugam a for�a, a agilidade e a elasticidade. O termo gin�stica origina-se do grego gymn�dzein, que significa �treinar� e, em sentido literal, �exercitar-se nu�, a forma como os gregos praticavam os exerc�cios. � um esporte individual, por�m sua pratica ocorre em grupo. Esta modalidade inicia-se no solo para inibir o medo, evitar acidentes e familiarizar o aluno aos movimentos (Severgnini e Busto 2002). A inicia��o nesta modalidade pode ser aos quatro anos de idade (P�BLIO, 1998). A Nata��o � basicamente o ato de nadar, isto �, locomover-se na �gua, sendo assim, um ato natural, instintivo e espont�neo, caracter�stico dos animais que vivem na �gua. O habitat do ser humano n�o � a �gua. Portanto, a Nata��o �, para o homem, um ato que precisa ser aprendido e aperfei�oado (Vasconcelos, 1986). De acordo com (FREIRE, 2004 apud TAHARA e SANTIAGO, 2006) evidencia que as experi�ncias vivenciadas em meio liquido devem ocorrer o mais cedo poss�vel, ou seja, a partir do momento em que a crian�a nasce ela j� pode vivenciar algumas experi�ncias em meio liquido. Segundo o modelo de desenvolvimento motor de (GALLAHUE, 1982 apud MANOEL, KOKUBUN, TANI e PROEN�A, 1988) quando a crian�a chega � idade de 7 a 10 anos ela est� no est�gio de transi��o da fase dos movimentos fundamentais para a fase dos movimentos especializados, onde ser�o executados os movimentos relacionados ao desporto. Nesta fase, os movimentos fundamentais v�o servir de base para as combina��es em habilidades desportivas. No campo da Educa��o F�sica e dos Esportes, �Capacidade� refere-se mais �s qualidades inatas de uma pessoa como um talento, um potencial. S�o exemplos de capacidades, de acordo com (BARBANTI, 1996), a for�a, a resist�ncia, e a flexibilidade. De acordo com o mesmo autor, o termo �capacidade� indica uma medida de potencial e por isso tem um valor amplamente model�vel ou trein�vel. Neste estudo foram avaliadas as capacidades for�a, coordena��o, agilidade (velocidade de movimento c�clico), flexibilidade e resist�ncia aer�bica (componente cardiorrespirat�rio). For�a � a capacidade de exercer tens�o muscular contra uma resist�ncia, envolvendo fatores mec�nicos e fisiol�gicos, que determinam a for�a em algum movimento particular (Barbanti, 1979 apud Marins e Giannichi, 1996). De maneira geral, for�a � a caracter�stica humana com a qual se move uma massa (seu pr�prio corpo, ou em implemento esportivo), sua habilidade em dominar ou reagir a uma resist�ncia pela a��o muscular (Meusel, 1969 apud Barbanti, 1996). Coordena��o geral � a qualidade f�sica que permite ao homem assumir a consci�ncia e a execu��o, levando a uma integra��o progressiva de aquisi��o e favorecendo uma a��o �tima dos diversos grupos musculares na realiza��o de uma seq��ncia de movimentos com um m�ximo de efici�ncia e economia (Tubino, 1979 apud MARINS e Giannichi, 1996). Segundo Carvalho (1988) existem v�rias capacidades coordenativas: capacidade de diferencia��o sensorial; capacidade de observa��o; capacidade de representa��o; capacidade de antecipa��o; capacidade de ritmo; capacidade de coordena��o motora; capacidade de controle motor; capacidade de rea��o motora; capacidade de express�o motora. Tubino (1979 apud MARINS e Giannichi, 1996) diz que a coordena��o motora � �pr�-requisito para qualquer atleta atingir o alto n�vel�. Velocidade � a capacidade de realizar um movimento no menor espa�o de tempo (BARBANTI, 1979 apud MARINS e Giannichi, 1996).Entende-se a velocidade motora como uma qualidade f�sica no movimento humano, a capacidade de exercer, num espa�o de tempo m�nimo, as a��es motoras sob exig�ncia dadas (Zaciorsky, 1972). Velocidade de movimentos ac�clicos � a rapidez de movimentos com mudan�a de dire��o. A velocidade de movimentos ac�clicos � conhecida como agilidade (BARBANTI, 1996). A agilidade � conhecida tamb�m por velocidade de movimentos ac�clicos, ela depende do mecanismo biomec�nico da musculatura, do corte transversal do m�sculo, da elasticidade muscular, da flexibilidade articular, da coordena��o e do perfeito dom�nio da t�cnica do movimento (CROSSER, 1972 apudJunior, 2002). Flexibilidade � a habilidade de mover o corpo e suas partes dentro dos seus limites m�ximos sem causar danos nas articula��es e nos m�sculos envolvidos (Johnson e Nelson, 1969, apud MARINS E GIANNICHI, 1996).No uso do vocabul�rio esportivo, entende-se por flexibilidade a qualidade de flex�vel, a capacidade de elasticidade, a facilidade de ser manejado, a maleabilidade, a agilidade, a vivacidade, al�m de certas adapta��es psicol�gicas (GROSSER, 1972 apud BARBANTI, 1996). Resist�ncia motora � a capacidade de executar um movimento durante um longo tempo, sem perda aparente da efetividade do movimento (Marins e Giannichi, 1996). A qualidade resist�ncia � determinada pelo sistema cardiorrespirat�rio, pelo metabolismo, pelo sistema nervoso, pelo sistema org�nico, pela coordena��o doa movimentos e pelos componentes ps�quicos (CROSSER, 1972). Ela � entendida como a capacidade de resistir ao cansa�o em fun��o de uma determinada atividade (ZACIORSKY, 1972 apud BARBANTI, 1996).
2. Objetivo Avaliar e esclarecer se h� diferen�a no desenvolvimento das capacidades f�sicas avaliadas entre as duas modalidades, Gin�stica Art�stica e Nata��o a partir de seis testes. 3. Referencial te�rico Foi escolhida a idade de 8 a 10 anos para executar a pesquisa justamente por ser a fase da inicia��o desportiva, procurando saber assim, a influencia dos diferentes desportos em rela��o ao desenvolvimento de capacidades f�sicas nas praticantes. A partir do modelo de desenvolvimento motor de Gallhue (1982 apud MANOEL, KOKUBUN, TANI e PROEN�A, 1988) onde diz que a idade de 7 a 10 anos est� no est�gio de transi��o da fase dos movimentos fundamentais para a fase dos movimentos especializados, onde ser�o executados os movimentos relacionados ao desporto. Procurando saber assim, a influencia dos diferentes desportos em rela��o ao desenvolvimento de capacidades f�sicas nas praticantes. A gin�stica ol�mpica iniciada desde cedo, estimula favoravelmente a evolu��o do aluno, a mesma p�e a crian�a em rela��o com seu pr�prio corpo, permitindo-a descobrir os diversos seguimentos e articula��es. Al�m de levar o aluno a desafiar certos limites, desenvolver a autoconfian�a e auto-estima, bem como desenvolver for�a, coordena��o, equil�brio corporal, promove integra��o social e oferece estimula��o intelectual. Permite melhorias nas qualidades f�sicas e ps�quicas e partir da aprendizagem do gesto o qual pode ser repetido para otimizar o movimento (SEVERGNINI e BUSTO, 2002). A nata��o por ser um desporto praticado no meio l�quido, segundo Corr�a (1999) tr�s os seguintes benef�cios: com o corpo submerso na �gua at� a altura do pesco�o este pesa apenas 10% do peso que tem fora da �gua; a resist�ncia da �gua � muito maior do que a do ar, fortalecendo a musculatura; quando nosso corpo esta submerso at� o pesco�o e em repouso cora��o bombeio 32% mais sangue; a press�o da imers�o tamb�m aumenta o trabalho respirat�rio em 60%, melhorando a capacidade respirat�ria do corpo. Na �rea da Educa��o F�sica e dos Esportes, �capacidade� refere-se mais �s qualidades inatas de uma pessoa como um talento, um potencial. Exemplos de capacidades seriam a for�a, a resist�ncia, a flexibilidade, etc (BARBANTI, 1996). Para que qualquer atividade motora possa ser executada com �xito necessita-se das capacidades motoras, e no esporte o desenvolvimento do rendimento est� intimamente ligado ao desenvolvimento das diferentes capacidades motoras ou capacidades f�sicas (BARBANTI, 1996). As capacidades avaliadas foram; for�a de membro superior, for�a abdominal, coordena��o geral, flexibilidade, avalia��o do componente cardiorrespirat�rio e agilidade. Atrav�s de testes n�o evasivos. 4. Material e m�todos Foi realizado um estudo de compara��o direta, com uma an�lise de forma qualitativa. Segundo Bogdan e Bicklen (1994) a pesquisa qualitativa permite coletar dados ricos em pormenores descritivos sobre as pessoas, cujas quest�es objetivam estimar o fen�meno em toda sua complexidade e em contexto natural. Al�m disso, privilegiando a compreens�o dos comportamentos a partir da perspectiva dos sujeitos da investiga��o. Godoy (1995) aborda a pesquisa qualitativa de forma semelhante, enfatizando tamb�m a perspectiva integrada, em que o pesquisador vai a campo objetivando captar o fen�meno a partir da perspectiva das pessoas nele envolvidas. De forma complementar, Alencar (1999) ressalta que na pesquisa qualitativa, o pesquisador inicia o trabalho de campo com pressuposi��es sobre o problema da pesquisa, originadas do paradigma te�rico que orienta o estudo. Os n�meros foram definidos por amostra n�o probabil�stica por julgamento, n�o sendo feito um calculo amostral. 10 crian�as, do sexo feminino, que praticam gin�stica ol�mpica na escolinha de inicia��o do Instituto Presbiteriano Gammon, sendo duas com 8 anos de idade, seis com 9 anos e duas com 10anos, e com 10 crian�as, tamb�m do sexo feminino, que praticam nata��o na inicia��o da Academia Corpo e �gua, sendo uma com 8 anos de idade, cinco com 9 anos e tr�s com 10 anos. Na cidade de Lavras MG. 4.2. Coleta de dados A coleta foi feita em setembro e outubro de 2007, no Instituto Presbiteriano Gammon 4 alunas fizeram os testes na parte da manh� e 6 na parte da tarde, na Academia Corpo e �gua no hor�rio das aulas, na parte da manh�. 4.3. Cuidados �ticos Foi enviado aos pais um termo de livre consentimento e esclarecimento, para esclarecer como seriam feitos os testes, explicando um pouco do conte�do do trabalho. Sendo os testes volunt�rios e autorizados pelos pais. 4.4. Material
4.3. Testes Foram escolhidas estas capacidades para fazer os testes pois, consideravam que apareceriam maiores diferen�as de desempenhos entre as modalidades, entre as capacidades os testes escolhidos foi em rela��o ao material conseguido e de f�cil locomo��o para a utiliza��o da pesquisa.
Classifica��o do Flex�ndice
5. Resultados Todos os testes foram analisados de forma descritiva, ou seja, sem a necessidade da utiliza��o de procedimentos estat�sticos (AGRESTI, 1999).
6. Discuss�o Em revis�o de literatura, foram encontrados poucos trabalhos que correlacionassem as capacidades f�sicas com a Gin�stica Ol�mpica e a Nata��o. N�o foi encontrada compara��o entre as modalidades. Em rela��o ao teste de for�a abdominal onde as alunas da gin�stica fizeram uma m�dia de 18,9 repeti��es e na nata��o 10, 1 com a diferen�a de 8,8 repeti��es. Entende-se que as alunas de gin�stica ol�mpica possuem uma maior for�a abdominal em rela��o �s alunas da nata��o. Na compara��o de for�a de membro superior as alunas da gin�stica com a m�dia de 23,4 e as da nata��o com 14 repeti��es percebeu-se uma diferen�a maior que na for�a abdominal, destacando um pouco mais a for�a de membro superior das alunas de gin�stica em rela��o �s da nata��o. E no teste de coordena��o geral a diferen�a entre as alunas das diferentes modalidades, diminuiu bastante em rela��o � for�a abdominal e de membro superior. Com uma diferen�a de 5,7 repeti��es, tendo as alunas da gin�stica feito uma m�dia de 19,5 repeti��es e as alunas da nata��o 13,8.No teste de agilidade percebeu-se que as alunas da nata��o tiveram um resultado mais homog�neo entre 11 segundos e 31 cent�simos e 13 segundos e 70 cent�simos, enquanto as alunas da gin�stica tiveram uma varia��o maior entre as alunas entre 11 segundos e 07 cent�simos e 13 segundos e 81 cent�simos. A diferen�a entre as m�dias adquiridas pelas alunas das diferentes modalidades foi m�nima, 0,05 cent�simos o que n�o foi considerada uma diferen�a significativa a ponto de favorecer qualquer modalidade. Em rela��o � capacidade f�sica flexibilidade, 30% das alunas da nata��o tiveram um n�vel m�dio(+) e o restante 70% tiveram um n�vel bom de flexibilidade, enquanto as alunas da gin�stica ol�mpica tiveram n�vel m�dio(+) de flexibilidade e metade, 50%, tiveram n�vel bom enquanto 40% chegaram ao n�vel excelente. Percebeu-se ent�o que houve uma grande diferen�a entre as alunas das modalidades, sendo que as alunas da gin�stica ol�mpica tem uma diferen�a significante em rela��o � flexibilidade. Alem disso notou-se que a flexibilidade membro inferior das ginastas mostrou uma grande diferen�a � das alunas da nata��o, enquanto o n�vel de flexibilidade de membro superior foi praticamente o mesmo. No teste do componente cardiorrespirat�rio notou-se que a maioria das alunas da gin�stica ( 6 ) pararam no 4� banco enquanto as da nata��o tiveram uma distribui��o maior entre seus resultados, sendo que 3 pararam no 4� , 3 no 5�, e 3 que terminaram o teste sem alcan�ar os 85% da freq��ncia card�aca m�xima, notando assim uma vantagem nas alunas da nata��o em rela��o �s alunas da gin�stica no componente cardiorrespirat�rio. 7. Conclus�es Com a an�lise dos dados, concluiu-se que a partir dos testes feitos, nos componentes avaliados a gin�stica ol�mpica levou uma certa vantagem sobre a nata��o. Mas n�o h� certeza se � poss�vel identificar uma modalidade mais completa que a outra com as capacidades f�sicas escolhidas para os testes e com o numero de amostra recolhida. Concluindo assim, que quaisquer das modalidades trazem benef�cios aos praticantes e cada modalidade possui sua caracter�stica individual e suas vantagens. Refer�ncias bibliogr�ficas
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Quais são os esportes que trabalham as capacidades físicas?Agilidade: - Handebol; - Squash; - Box; - Tênis de campo; ... . Flexibilidade: - Capoeira; - Yoga; - Dança; ... . Força: Levantamento olímpico; Futebol americano; Rugby; ... . Resistência: Maratona; Maratona aquática; Triathlon; ... . Velocidade: Corrida (mais especificamente 100m e 200m); Futebol; Natação (mais especificamente 50m e 100m);. Quais são as 7 capacidades físicas e seus benefícios para os esportes?As qualidades são: resistência, força, velocidade, flexibilidade, agilidade, coordenação, equilíbrio e ritmo.
Como as capacidades físicas estão presentes nos esportes?Sim, as capacidades físicas estão presentes na ginástica de condicionamento físico. As capacidades físicas podem ser notadas em diferentes esportes, dentre elas, temos: agilidade, elasticidade, coordenação, descontração, equilíbrio, flexibilidade, ritmo, reflexo, impulsão, dentre outras.
Qual é a capacidade física de natação?Dentre as capacidades físicas mais observáveis na natação estão a força, a flexibilidade e a velocidade. A força é uma capacidade que se faz de extrema importância na natação, desde a saída do bloco até o momento em que o atleta toca a mão na borda da piscina na chegada.
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