Quais os pontos negativos e positivos da flexibilização do trabalho?

Alvo de críticas de entidades que representam diversas categorias, a reforma da lei trabalhista, aprovada pela Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (26), tem aspectos positivos e negativos, na avaliação do advogado Eraldo Aurélio Rodrigues Franzese, autor do blog Direito do Trabalho. Para ele, se, por um lado, ela vem solucionar antigos conflitos na área e garantir segurança jurídica a empregadores e empregados, pode oferecer grande perigo à classe trabalhadora, ameaçada de ter parte de seus direitos extintos.

Um dos pontos negativos da nova legislação, na visão de Franzese, é a extinção da contribuição sindical. Atualmente, o tributo é recolhido anualmente e corresponde a um dia de trabalho. Com a reforma, ela passa a ser opcional, o que poderá, de certa forma, enfraquecer a atuação destas entidades.

“Nem todos os sindicatos possuem representatividade para de fato estarem negociando com as empresas. Algumas entidades, hoje, dependem dessa receita que vem da contribuição sindical, porque não se mantêm apenas com as mensalidades associativas”, comenta o advogado.

Ainda segundo ele, com a extinção da taxa, pode ocorrer um grande desequilíbrio financeiro, fazendo com que, posteriormente, os sindicatos não consigam se manter mais e sequer consigam representar as categorias. “Esse, com certeza, será um ponto de enfraquecimento nas negociações coletivas”.

Um outro ponto negativo previsto na reforma, na visão do advogado, diz respeito às ações trabalhistas. Atualmente, o trabalhador que entra com ação contra uma empresa não arca com nenhum custo. Com a mudança, o benefício da justiça gratuita passará a ser concedido apenas aos que comprovarem insuficiência de recursos.

“A nova legislação poderá intimidar o ingresso de ações na Justiça. Seria uma forma de incentivar a solução extrajudicial, mas não sei até onde essa linha de raciocínio seria verdadeira”.

A extinção de um contrato em comum acordo também preocupa o advogado. Pelo novo texto, quando o empregador e o empregado decidirem rescindir um contrato, basta o pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado também poderá movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego.

“Esse é um ponto que realmente preocupa sobre como funcionará na prática. O trabalhador poderia levantar 80% dos valores do depósito, mas também não poderá usufruir do seguro-desemprego. Tenho receio de que isso possa vir a prejudicar o trabalhador, até porque uma reparação judicial leva tempo e, às vezes, por necessidade de sobrevivência, o empregado acaba recorrendo a esse tipo de benefício. Não sei se isso criará uma nova área de conflito na justiça”.

Outros pontos presentes na nova legislação, na visão de Eraldo Franzese, podem ser favoráveis aos trabalhadores, como a regulamentação do trabalho remoto, que em muitas empresas do País já é adotado.

“Essa questão do trabalho remoto já é uma realidade em muitos lugares, mas que ainda não tinha uma regulamentação. Precisava de uma disciplina porque não estava prevista, de forma eficiente, na antiga CLT. Acredito que com sua regulamentação dará mais segurança aos trabalhadores”.

Outros dois pontos favoráveis são a possibilidade de parcelamento das férias e a redução do intervalo dentro da jornada de trabalho, que poderá ser negociado com o empregador.

“Alguns trabalhadores consideram interessante essa possibilidade de divisão das férias. Além disso, o público com mais de 50 anos, que pela antiga lei não tinha direito de parcelar as férias, poderá usufruir do benefício”.

Já quanto à redução do tempo de descanso para meia hora, quando acertado com o empregador, Franzese acredita que, dependendo da função, pode ser uma possibilidade interessante para o trabalhador. “Essa é uma questão muito particular, mas muitos preferem uma refeição mais rápida para ter mais tempo para desenvolver fora do ambiente de trabalho. Quando essa redução no tempo de descanso é acordada, em funções que não exigem esforço físico, considero a prática válida”.

Franzese também considera positiva a mudança na legislação no que diz respeito à falta de registro. O texto atual da CLT estabelece multa de meio salário mínimo regional por empregado não registrado. Já na nova proposta do Governo, a multa sobe para R$ 3 mil e R$ 800,00 no caso de microempresas e empresas de pequeno porte, respectivamente.

“O problema é a falta de fiscalização por parte do Ministério do Trabalho. Quando era mais efetiva, em várias situações sequer chegava ao judiciário. O que vemos hoje é uma fiscalização deficiente por causa da insuficiência de auditores. A falta de registro é uma lesão grave ao trabalhador. Acredito que esse ponto da reforma incentivará o cumprimento da legislação”.

A pandemia do covid-19 forçou os empregadores e forças de trabalho a lutarem rumo ao trabalho híbrido: a mistura de escritório e teletrabalho. Mas enquanto a necessidade é a mãe da invenção, nem sempre é a mãe da perfeição.

Muitas organizações agora estão a operar com pressa em modelos de trabalho construídos que contêm lacunas ocultas, riscos, ineficiências e ameaças. Como resultado, muitos estão a perder a oportunidade de alcançar todos os benefícios de um modelo de trabalho híbrido eficaz.

Realizamos uma pesquisa com mais de 2.000 profissionais globalmente para descobrir a resposta das principais questões levantadas por empregados e empregadores, dentre elas: Quais os pontos positivos e negativos do trabalho híbrido?

  • 40% dos profissionais disseram que os arranjos de trabalho híbrido de seus empregadores poderiam melhorar
  • 85% esperam mais flexibilidade para tele trabalhar no futuro
  • 78% afirmam que há mais chances de aceitarem um novo emprego se tiverem uma política de trabalho híbrido bem definida.

Sinais de disfunção

Os benefícios potenciais podem ser numerosos, mas o trabalho híbrido também apresenta alguns desafios. Se não detectados ou ignorados, eles podem levar a um declínio no moral da equipa, uma deterioração da cultura, menor produtividade, maior rotatividade de pessoal e danos à proposta de valor do empregador.

Destacamos problemas que os empregadores e managers de contratação dizem ter encontrado com o trabalho híbrido e como eliminar, mitigar ou aliviar de forma proativa.

1. Obstáculos de contratação

A maioria das grandes empresas que dependem do conhecimento de seus empregadors foram construídos sobre modelos tradicionais onde os funcionários se reúnem na sede corporativa ou no escritório, das 9-5 de segunda a sexta-feira. Estratégias de contratação focadas em um raio geográfico relativamente limitado, e seleção de processos que exigiam entrevistas pessoais.

O trabalho híbrido interrompeu há muito tempo suposições sobre quem, como e onde as organizações devem recrutar. Em um mercado competitivo, onde a maioria dos CEOs esperam crescimento, os managers de contratação estão sendo desafiados a testar, aprender e inovar em grande  velocidade e escala.

Soluções:

Conheça seus limites: antes de seu processo de seleção começar, seja bem claro sobre quais elementos dessa função específica pode e não pode ser realizada remotamente. Certifique-se de que as especificações do trabalho declarem isso claramente e explique as suas expectativas durante as entrevistas também.

Mova-se rápido: a duração do seu processo de recrutamento pode ser a diferença entre garantir ou perder os melhores talentos do mercado. A tecnologia remota permite que os managers de contratação se movam de forma rápida e econômica. Por exemplo, conduzir as primeiras entrevistas via vídeo é mais simples e mais flexível do que pessoalmente.

A cultura é importante: as entrevistas pessoais fornecem indicadores úteis da provável "adequação cultural" entre um entrevistado e um possível empregador, mas ferramentas remotas também podem fazer isso (por exemplo, comportamento on-line e teste psicométrico).

Pergunte “Por que híbrido?”: As pessoas têm diferentes razões pessoais e profissionais para quererem arranjos híbridos. Se um candidato manifestar preferência por trabalhar remotamente, descubra por quê. Por exemplo, é devido a compromissos familiares, ou por conta do deslocamento diário? Se outro empregador oferecesse a ele uma função em sua área local, ele provavelmente deixaria sua organização?

2. Inovação e produtividade

No ano passado, quando a Robert Walters conduziu uma pesquisa global sobre o futuro do trabalho, uma disparidade tornou-se clara: 85% dos funcionários esperavam mais flexibilidade para trabalhar em casa no futuro, mas 60% dos empregadores disseram ter preocupações sobre a produtividade dos funcionários, que impediriam sua organização de permitir que mais funcionários tele trabalhem.

É aí que reside o enigma. Para atrair e reter os melhores talentos, os empregadores precisam atender às expectativas. Ao mesmo tempo, eles precisam de sua força de trabalho a ser produtiva e inovadora. Vários empregadores estão a lutar para conseguir o melhor de ambos os mundos.

Soluções

Upskill seus managers: lembre-se do ditado: “Os funcionários não largam empregos, eles largam seus gestores”. Então, equipa seus managers com treinamento formal e técnicas para manter a produtividade e a inovação entre suas equipas híbridas.

Maximize o trabalho pessoal: otimize o tempo que as pessoas passam juntas criando locais de trabalho e espaços que estimulem a experimentação e a colaboração. Consulte sua equipa durante o tempo que estão juntos no escritório, e suas instalações se tornarão um ativo que ajuda a atrair e reter talentos.

Adote a nova tecnologia: fique de olho nas soluções de tecnologia emergentes. Por exemplo, o Zoom planeja lançar um novo recurso Smart Gallery, usando IA para permitir que três pessoas em uma sala de conferência física apareçam em câmeras diferentes, dando igual tempo e oportunidade para todos os participantes contribuírem com suas ideias.

3. Bem-estar da força de trabalho

Quando os trabalhadores souberam pela primeira vez  do trabalho híbrido, muitos esperavam que mais tempo em casa (e menos deslocamento) só poderia melhorar sua saúde mental e bem-estar. Mas, para muitos, essa nova forma de trabalho têm um preço maior.

Soluções:

Treinamentos e ferramentas: uma pesquisa global 2021 da PwC revelou que apenas 21% dos trabalhadores afirmam que seu empregador ajudam eles a administram o estresse e se concentrarem no bem-estar mental / emocional. Os empregadores proativos devem compartilhar conhecimento e ferramentas com managers e funcionários que os ajudam a manter o bem-estar e lidar com qualquer preocupações iniciais.

Canais digitais: muitas pessoas se sentem mais confortáveis ​​acessando algum suporte de bem-estar online, e às vezes anonimamente. Certifique-se de que a equipa está ciente de quaisquer recursos digitais e como acessá-los de forma confidencial.

Repensar os processos: o trabalho híbrido tem tudo a ver com flexibilidade, então use isso em todo o seu potencial. Incentive pessoas a usarem o pacote completo de opções de comunicação digital e pessoal, em vez de assumir que somente uma vídeo chamada é necessária para suprir o problema.

Em grande resumo, a flexibilidade vai nos dois sentidos. O trabalho híbrido pode ser um grande aliado do empregador, se tiver uma estratégia bem definida. É importante criar um balanço e entender o porquê de seus colaboradores optarem pelo trabalho híbrido e compreender o efeito que isso pode ter em suas vidas pessoais.

Quais os pontos negativos da flexibilização do trabalho?

Problemas de comunicação. Com cada colaborador fazendo um horário diferente, pode haver problemas para todos se comunicarem. Atividades em que os colegas precisam de informações uns dos outros podem ser prejudicadas, o que inclui também o trabalho em equipe.

Quais as vantagens e desvantagens da flexibilidade no trabalho?

No trabalho flexível, as faltas e atrasos no trabalho são menos frequentes, já que não existem os problemas de deslocamento e cumprimento de horários, por exemplo. Além disso, é possível diminuir os gastos com transporte e alimentação para o trabalhador, assim como a diminuição de custos para as empresas.

Quais os pontos positivos e negativos da reforma trabalhista?

Pontos positivos Pós Reforma Trabalhista
Pontos negativos Pós Reforma Trabalhista
Redução de custos;
Exploração do trabalhador;
Aumento de motivação;
Conflitos com trabalhadores internos (aqueles que não trabalham na modalidade do home office);
Trabalhadores flexíveis;
Isolamento do trabalhador;
Home Office na Reforma Trabalhista - Pontos Positivos e Negativoswww.marcosmartins.adv.br › home-office-reforma-trabalhistanull

Quais são as vantagens e desvantagens do trabalho?

Vantagens e desvantagens de trabalhar em uma grande empresa.
Possibilidade de networking. ... .
Experiência em várias áreas. ... .
Currículo relevante. ... .
Maior flexibilidade. ... .
Chance de carreira do exterior. ... .
Cursos e Profissionalização. ... .
Dificuldade em se destacar. ... .
Burocracia..