A embriologia é o ramo da Biologia que estuda o desenvolvimento embrionário, isto é, as etapas pelas quais eles passam desde a fecundação até o nascimento. Mas você sabe o que acontece no processo pós-fecundação do embrião humano? Saiba mais sobre ao assunto neste artigo. Show
A FecundaçãoA embriologia humana trata do processo de fertilização que ocorre quando os gametas masculinos e femininos encontram-se e o espermatozoide penetra o óvulo. Quando isto acontece, os nucléolos dessas células haploides fundem-se em uma coisa só para formar um novo ser vivo, o ovo ou zigoto. 1ª semanaÉ o momento no qual ocorre a clivagem, um processo em que há repetidas divisões do zigoto, resultado de um rápido aumento do número de células. O zigoto é divido em duas células conhecidas como blastômeros, que então se dividem em quatro blastômeros, oito blastômeros e assim por diante. A clivagem normalmente ocorre quando o zigoto atravessa a tuba uterina rumo ao útero. Essa divisão do zigoto em blastômeros começa cerca de 30 horas após a fertilização e resulta na formação de uma esfera compacta de células conhecida como mórula, um fenômeno também chamado de compactação, que penetra no útero para dar continuidade à gestação. 2ª semanaAqui acontece a implantação do blastocisto. No sexto dia da fecundação, o blastocisto se fixa no endométrio do útero para iniciar a fase de implantação. A implantação acontece geralmente na parede posterior do corpo do útero, no espaço entre a abertura de glândulas do endométrio. 3ª semanaEste é o início do período embrionário que termina no final da 8ª semana de gestação, onde ocorre o rápido desenvolvimento do embrião humano a partir do disco embrionário e neurulação (formação da placa neural). 4ª a 8ª semanaEssas são as 5 semanas que constituem a maior parte do período embrionário, nas quais ocorrem a formação dos principais órgãos e sistemas do corpo humano, como encéfalo, coração, fígado, membros, ouvidos, nariz e olhos. Este é um período crítico devido à possibilidade de distúrbios que podem originar malformações congênitas no embrião humano. 9ª semana até o nascimentoInício do período fetal, que começa 9 semanas após a fertilização e termina com o nascimento. É quando acontece o rápido crescimento corporal e definição dos tecidos e órgãos. No início da 20ª semana aparece o lanugo (pelos curtos, finos e macios que cobrem o corpo do feto) e o cabelo. As pálpebras permanecem fechadas na maior parte do período fetal, mas começam a se abrir por volta da 26ª semana. Ao longo das últimas 6ª a 8ª semanas de gravidez a gordura subcutânea começa a se formar rapidamente, dando ao feto um aspecto liso e rechonchudo. Essa é a reta final da gestação (chamada de fase de acabamento), um período dedicado à formação dos tecidos e preparação dos sistemas envolvidos na transição do meio intrauterino para o extrauterino, principalmente os sistemas respiratório e cardiovascular. Então, após a 38ª semana a mãe pode se preparar, pois o nascimento acontecerá em breve, geralmente na 40ª semana. Continue acompanhando o blog da Spectrun e fique por dentro de todas as novidades da área com conteúdos imperdíveis. Aproveite e acesse nosso site para conhecer as melhores opções de produtos e equipamentos para seu laboratório. União de um espermatozóide com um ovócito secundário, que ocorre normalmente na ampola da tuba uterina formando o zigoto. O ovócito é expulso o folículo terciário do ovário durante o processo de ovulação, juntamente com a corona radiata. A tuba desliza suas fímbrias sobre a superfície do ovário para frente e para trás, de modo a capturar o ovócito na ovulação. Não havendo fertilização, este se degenera em 24-36 horas. Fases da fecundação: - Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito (reação acrossômica): Auxiliado pela ação da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozóide, e também, pelo movimento da cauda do espermatozóide (figura 1). - Penetração na zona pelúcida: Formação de um caminho na zona pelúcida através da ação de enzimas. Logo que o espermatozóide penetra a zona pelúcida desencadeia o fim da segunda meiose e uma reação zonal, mudanças das propriedades físicas da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozóides (figura 1). - Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide: A cabeça e a cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito na área de fusão. - Término da segunda divisão meiótica do ovócito: Formação do ovócito maduro (pronúcleo feminino) e o segundo corpo polar. - Formação do pronúcleo masculino: Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino, enquanto que a cauda do espermatozóide se degenera. Durante o crescimento, os pronúcleos replicam seu DNA. - Lise da membrana do pronúcleo: Ocorre a agregação dos cromossomos (23 cromossomos de cada núcleo resulta em um zigoto) para a divisão celular mitótica e primeira clivagem do zigoto (figura 2). 2. Clivagem do zigoto Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento no número de células. Estas células embrionárias – os blastômeros- tornam-se menores a cada divisão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros o concepto é chamado de mórula (figura 3 e 4). 3. Formação do blastocisto A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar – a cavidade blastocística (figura 5 e 6). � medida que o fluido aumenta na cavidade, os blast�meros s�o separados em duas partes: - Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta. - Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião. Durante esse estágio o concepto é chamado de blastocisto. Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado. Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas (figura 6): - Citotrofoblasto: Camada interna de células. - Sincicitrofoblasto: Camada externa de células. No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez. Saiba mais... Defeitos no desenvolvimento: A tuba uterina colabora para o transporte do ovócito. Se a tuba estiver impérvia, devido a algum processo inflamatório pregresso, pode ocorrer implantação do zigoto na mucosa da tuba, estrutura inapropriada e que causa risco de hemorragia materna - Gravidez tubária. O ovócito pode também cair na cavidade abdominal e se implantar no espaço de Douglas, que culmina com morte do embrião - Gravidez abdominal. Defeitos de implantação do blastocisto no útero: Após o desenvolvimento normal o blastocisto pode sofrer implantações atípicas, como próximo a cérvix uterina - placenta prévia - que pode resultar em complicações no decorrer da gestação. � Segunda semana Caracteriza-se por: - Término da implantação do blastocisto (10° dia) (figura 7); - Formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto; - Formação de estruturas extra-embrionárias: a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedúnculo de conexão e o saco coriônico. 1. Formação da cavidade amniótica e do disco embrionário Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário- formado por duas camadas (figura 8): - Epiblasto: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica. - Hipoblasto: Camada celular delgada e cubóide, que forma o saco vitelino. Concomitante a esses processos, aparece um pequeno espaço no embrioblasto, a cavidade amniótica. O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e o hipoblasto o teto da cavidade exocelômica. Células do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. Logo se modifica para formar o saco vitelino primitivo. As células do endoderma do saco vitelínico formam o mesoderma extra-embrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino. Assim, há formação do âmnio, disco bilaminar e saco vitelínico. Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extra-embrionário. Posteriormente, fundem-se para formar o celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino. 2. Desenvolvimento do saco coriônico O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas (Figura 9): - Mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e o âmnio. - Mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino. Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto. � Terceira semana Caracteriza-se por: - Aparecimento da linha primitiva; - Formação da notocorda; - Formação do disco trilaminar 1. Gastrulação: Formação das camadas germinativas Processo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar (inicio da morfogênese). Durante a gastrulação ocorrem alguns eventos importantes como a formação da linha primitiva, camadas germinativas, placa precordal e notocordal. Cada uma das três camadas germinativas dará origem a tecidos e órgãos específicos: - Ectoderma: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas; - Mesoderma: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor; - Endoderma: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas. 2. Formação da linha primitiva No início da terceira semana a linha primitiva (figura 10) surge na extremidade caudal do embrião como resultado da proliferação e migração de células do epiblasto para o plano mediando do disco embrionário, constituindo o primeiro sinal da gastrulação. Na sua extremidade cefálica surge o nó primitivo, com uma pequena depressão no centro chamado fosseta primitiva e ao longo da linha forma-se o sulco primitivo. O aparecimento da linha primitiva torna possível identificar o eixo embrionário. Após esse processo, ocorre a invaginação de células do epiblasto que dão origem as três camadas germinativas do embrião (figura 11): o mesênquima ou mesoblasto, que origina os tecidos de sustentação e conjuntivos do corpo, um pouco forma o mesoderma intra-embrionário e outras deslocam o hipoblasto e formam endoderma intra-embrionáiro. As demais células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma intra-embrionario. A linha primitiva regride e desaparece na quarta semana do desenvolvimento (figura 12 e 15). 3. Formação do processo notocordal Células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva formando um cordão celular mediano o processo notocordal. Esse processo adquire uma luz - canal notocordal - e cresce até alcançar a placa precordal, área de células endodérmicas firmemente aderidas a ectoderma. Estas camadas fundidas formam a membrana bucofaríngea (boca). Caudalmente a linha primitiva há uma área circular também com disco bilaminar, a membrana cloacal (ânus). A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo notocordal. O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma e degeneram. Ocorre então a proliferação de células notocordais a partir da extremidade cefálica, a placa notocordal se dobra e forma a notocorda (figuras 12 e 13). A notocorda: - define o eixo do embrião; - base para formação do esqueleto axial; - futuro local dos corpos vertebrais. 4. Formação do alantóide O alantóide � um anexo embrion�rio que surge por volta do 16� dia na parede caudal do saco vitelino. Durante a maior parte do desenvolvimento, o alant�ide persiste como uma linha que se estende da bexiga urin�ria at� a regi�o umbilical, chamada de �raco, a qual nos adultos corresponder� ao ligamento umbilical mediano (figura 14). 5. Neurulação: Formação do tubo neural A formação da placa neural � induzida pela notocorda em desenvolvimento. Por volta do 18� dia, a placa neural se invagina ao longo do eixo central, formando o sulco neural mediano, com pregas neurais em cada lado (figura 16). No fim da terceira semana, as pregas neurais começam a aproximar-se e a se fundir, formando o tubo neural, primórdio do SNC. Este logo se separa do ectoderma da superfície, se diferencia e forma a epiderme da pele. . A fusão das pregas neurais avança em direção cefálica e caudal, permanecendo abertas na extremidade cranial - neuroporo rostral � at� o 25� dia e na extremidade caudal � neuroporo caudal � at� o 27� dia.� Concomitante a esse processo, as c�lulas da crista neural migram e formam uma massa entre o ectoderma e o tubo neural, a crista neural. Logo, a crista se separa em duas partes, direita e esquerda, e origina os gânglios espinhais e os gânglios d o sistema autônomo e as meninges (figura 17). 6. Desenvolvimento dos somitos Durante a formação da notocorda e do tubo neural, o mesoderma intra-embrionário se divide em: mesoderma paraxial, intermediário e lateral (contínuo com o mesoderma extra-embrionário) (figura 18). Próximo ao fim da 3° semana de gestação, o mesoderma paraxial diferencia-se e forma os somitos. No fim da 5° semana 42 a 44 pares de somitos estão presentes e avançam cefalocaudalmente dando origem à maior parte do esqueleto axial e músculos associados, assim como a derme da pele adjacente. 6. Desenvolvimento do celoma intra-embrionário No interior do mesoderma lateral e cardiogênico surgem espaços celômicos que se unem e formam o celoma intra-embrionário, dividindo o mesoderma lateral em duas camadas: - Camada parietal/ somática que cobre o âmnio; - Camada visceral/ esplâncnica que cobre o saco vitelino. � Somatopleura = mesoderma som�tico + ectoderma sobrejacente � Esplancnopleura = mesoderma esplacnico + endoderma subjacente Durante o 2° mês, o celoma está dividido em 3 cavidades: - Cavidade pericárdica; - Cavidades pleurais; - Cavidade peritoneal. 7. Desenvolvimento do sistema cardiovascular No inicio da 3°semana começa a angiogênese no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion. A formação dos vasos sanguíneos inicia-se com a agregação dos angioblastos – ilhotas sanguíneas. Pequenas cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os angioblatos se achatam e originam o endotélio primitivo. Essas cavidades se unem formando redes de canais endoteliais (figura 20). O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área cardiogênica (figura 19). Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3° semana o sangue já circula e desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária. Quais os principais eventos que ocorrem durante a segunda semana de gestação?Segunda semana do desenvolvimento embrionário: implantação. Saco vitelino primitivo;. Formação da cavidade amniótica, onde o líquido amniótico se renova a cada 2 horas;. Instalação da circulação útero-placentária primitiva;. Formação do disco embrionário bilaminar (epiblasto, hipoblasto);. O que ocorre na segunda semana do desenvolvimento?A segunda semana normalmente é chamada de a “semana dos dois”. É a semana na qual o embrioblasto, mesoderma extraembrionário e trofoblasto se separam, cada um, em duas camadas distintas. Além disso, duas cavidades se desenvolvem no embrião.
Quais os principais acontecimentos da 1 e 2 semana de desenvolvimento fetal?DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ
Nessa semana ocorreu a ovulação e a fertilização do óvulo pelo espermatozóide. O embrião formado a partir daí será transportado para a cavidade do útero através de um movimento de propulsão da Trompa de Falópio (órgão que conecta o ovário ao útero).
O que ocorre da 2 a 4 semana do desenvolvimento embrionário?O embrião torna-se ligeiramente encurvado decorrente das pregas cefálica e caudal. O primeiro arco faríngeo (maior parte formará a mandíbula, enquanto uma extensão rostral formará a maxila) e arco hióideo são claramente visíveis. Coração produz uma grande saliência ventral e já bombeia o sangue.
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