Quais são as características da Divisão Internacional do Trabalho?

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Recebe o nome de Divisão internacional de Trabalho (DIT), a prática de repartir as atividades e serviços entre os inúmeros países do mundo. Trata-se de uma divisão produtiva em âmbito internacional, onde os países emergentes ou em desenvolvimento, exportadores de matéria-prima, com mão-de-obra barata e de industrialização quase sempre tardia, oferecem aos países industrializados, economicamente mais fortes, um leque de benefícios e incentivos para a instalação de indústrias, tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão-de-obra abundante, leis ambientais frágeis, entre outras facilidades.

Um dos principais conceitos da DIT é que nenhum país consegue ser competitivo em todos os setores, e de fato, acabam por se direcionar suas economias. No fundo, o objetivo é o mesmo da divisão de tarefas numa fábrica, o de gerar um elevado grau de especialização para que a produção seja mais eficiente, exatamente como Adam Smith em sua Riqueza das Nações já afirmava no século XVIII.

O processo de DIT se expandiu na mesma proporção do capitalismo no mundo moderno, expressando as diferentes fases da evolução histórica do capitalismo, desde a ligação entre metrópoles e colônias, chegando às relações em que países desenvolvidos se agregam aos subdesenvolvidos. A é geralmente dividida em três fases, obedecendo à dinâmica econômica e política do período histórico em que elas existiram.

A primeira DIT corresponde ao final do século XV e ao longo do século XVI, no qual o capitalismo estava em fase inicial, chamada de capitalismo comercial. Era caracterizado pela produção manual a partir da extração de matérias-primas e acúmulo de minérios e metais preciosos por parte das nações (metalismo).

A segunda DIT ocorre no século XVI, mas principalmente a partir do século XVII, com a Primeira e a Segunda Revolução Industrial. As colônias e os países subdesenvolvidos passaram a fornecer também produtos agrícolas, assim como vários tipos de minerais e especiarias.

Finalmente, a terceira DIT ou “Nova DIT” surge no século XX, com a revolução técnico-científica-informacional e a consolidação do capitalismo financeiro, que permite a expansão das grandes multinacionais pelo mundo. Nesse período, os países subdesenvolvidos iniciam seus processos tardios de industrialização, entre eles o Brasil. Tal acontecimento foi possível graças à abertura do mercado financeiro desses países e pela instalação de empresas multinacionais ou globais, oriundas, quase sempre, de países desenvolvidos.

Uma das críticas à DIT é que seu processo se dá de maneira desigual, onde os países industrializados costumam levar vantagem no comércio global. Além disso, as empresas transnacionais buscam seus próprios interesses, sem considerar as conseqüências sociais, econômicas e ambientais nos países onde suas filiais estão instaladas.

Indústrias consideradas poluidoras também procuram cada vez mais os países subdesenvolvidos, onde seu consumo de grandes quantidades de matéria-prima e de energia é ignorado além da farta e barata mão-de-obra a disposição.

Bibliografia:

DECICINO, Ronaldo. Divisão Internacional do Trabalho: Os países e a economia mundial. Disponível em: < http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/divisao-internacional-do-trabalho-os-paises-e-a-economia-mundial.htm >. Acesso: 13/04/13

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/trabalho/divisao-internacional-do-trabalho/

A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) refere-se às funções econômicas especializadas exercidas pelos países no plano econômico internacional.

A DITDivisão Internacional do Trabalho – é a distribuição de papéis que os países exercem frente à ordem econômica mundial. No sistema capitalista, desde o seu processo de surgimento e expansão colonial a partir do século XVI, há a tese de que não é possível para um único país dispor de todo os tipos de produções, matérias-primas e mercadorias. Sendo assim, estabeleceu-se uma especialização produtiva que, apesar de sofrer alterações ao longo do tempo, obedece às importâncias econômicas das nações desenvolvidas e subdesenvolvidas.

Resumidamente, a DIT passou por três sucessivos períodos. O primeiro ocorreu durante o chamado Capitalismo Comercial, o segundo, durante o Capitalismo Industrial; e o terceiro, durante o Capitalismo Financeiro.

Primeira Divisão Internacional do Trabalho

A primeira DIT esteve diretamente relacionada ao período de expansão marítima europeia e à consequente difusão do sistema capitalista pelo mundo, fruto do processo de colonização. Nesse período, as colônias tinham uma relação única e exclusiva com suas metrópoles, fornecendo a elas matérias-primas e recebendo delas os seus produtos então manufaturados – uma vez que a industrialização ainda não havia acontecido.

Segunda Divisão Internacional do Trabalho

Com a realização, na Europa, da Primeira e da Segunda Revolução Industrial, além dos processos de descolonização ou abolição das escravaturas que ocorreram em algumas partes do mundo, a economia internacional viu uma breve alteração da DIT. Nesse contexto, as colônias e os países periféricos continuaram a produzir matérias-primas e os países desenvolvidos e as metrópoles forneciam, dessa vez, produtos industrializados, seguindo o mesmo ritmo da primeira divisão.

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Segunda Fase da Divisão internacional do Trabalho

Terceira Divisão Internacional do Trabalho ou Nova DIT

Com a emergência da fase financeira do capitalismo e a consolidação do processo de Globalização, houve certo reordenamento da divisão internacional do trabalho, sem, no entanto, romper com a dominância econômica exercida pelos países desenvolvidos sobre os demais.

A partir da segunda metade do século XX, os países subdesenvolvidos iniciaram os seus processos de industrialização, caracterizados por serem do tipo tardios, ou seja, extremamente influenciados pelos interesses dos países centrais, bem como pela expansão das grandes empresas multinacionais. Apesar desse desenvolvimento industrial, as principais formas de tecnologia e os investimentos financeiros ainda pertencem às antigas metrópoles, enquanto as ex-colônias, além de continuarem produzindo matérias-primas, produzem agora produtos industrializados.

Quais são as características da Divisão Internacional do Trabalho?

Terceira Fase da Divisão internacional do Trabalho

Com base nessas divisões acima apontadas, muitos críticos atacam a DIT, alegando que ela mais provoca a dependência econômica das nações pobres do que propriamente a integração da economia. Os seus defensores, por outro lado, afirmam que essa é a única forma de sustentação da economia capitalista global.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

Qual é a característica da Divisão Internacional do Trabalho?

A Divisão Internacional do Trabalho direciona uma especialização produtiva global, já que cada país fica designado a produzir um determinado produto ou partes do mesmo, dependendo dos incentivos oferecidos em cada país. Esse processo se expandiu na mesma proporção que o capitalismo.

Quais são as principais características da DIT?

Características da DIT esses países também têm como característica a mão de obra barata e a necessidade de muitas pessoas para executar as funções; os países desenvolvidos, por sua vez, são responsáveis por exportar tecnologia; eles contam com uma mão de obra altamente especializada e mais cara.

São características da 1ª Divisão Internacional do Trabalho?

A primeira DIT corresponde ao final do século XV e ao longo do século XVI, no qual o capitalismo estava em fase inicial, chamada de capitalismo comercial. Era caracterizado pela produção manual a partir da extração de matérias-primas e acúmulo de minérios e metais preciosos por parte das nações (metalismo).

Quais são as principais características da segunda fase da DIT?

Segunda fase Nesse sentido, as colônias e os países subdesenvolvidos continuaram a fornecer matérias primas aos países desenvolvidos e as metrópoles ofertavam produtos industrializados, igualmente conforme aconteceu na primeira fase.