Graduada em Educa��o F�sica da Universidade Estadual do Cear� Especializando em Educa��o na Universidade Estadual do Cear� � UECE (Brasil) Siomara Freire Macedo de Araujo Resumo Os esportes de aventura caracterizam-se como um conjunto de pr�ticas recreativas que surgiram nos pa�ses desenvolvidos na d�cada de 1970, mas que s� obtiveram desenvolvimento e consolida��o na d�cada de 1990. A classifica��o destes esportes deu-se atrav�s dos tr�s grandes meios f�sicos: a terra, o ar e a �gua. O objetivo deste artigo
� realizar uma an�lise do esporte de aventura e sua �esportiza��o� atrav�s da espetaculariza��o, onde em meio ao prazer sua pr�tica manifesta no esportista a satisfa��o de ser visto. Esta pesquisa foi realizada atrav�s de uma an�lise bibliogr�fica contendo dados relevantes sobre o tema exposto. Atrav�s do que foi pesquisado percebe-se que o esporte de aventura tem ganhado cada vez mais espa�o no esporte de alto rendimento, por�m o seu enfoque de lazer foi perdido, al�m disso, estes esportes
podem ser utilizados tamb�m como instrumento pedag�gico promovendo educa��o para jovens e adultos. Unitermos: 1 / 1 Introdu��o Os esportes de aventura constituem um conjunto de pr�ticas recreativas que surgiram nos pa�ses desenvolvidos na d�cada de 1970, desenvolvendo-se e consolidando-se na d�cada de 1990. Sobre o abrigo dos novos h�bitos e gostos da sociedade p�s-industrial, essas pr�ticas definiram-se como alternativa emergente no tempo de �cio ativo entre as diversas ofertas l�dicas, higi�nicas e competitivas relacionadas com os distintos modelos corporais existentes (BETR�N, 2003). Esses novos esportes s�o praticados por pessoas comuns, homens e mulheres que muitas vezes s�o considerados sedent�rios. S�o procurados tamb�m por pessoas de vida rotineira, com poucas oportunidades para atividades que requerem certo grau de destreza f�sica (CANTORINE; OLIVEIRA, 2005). Com o surgimento de competi��es como as corrida de aventura, os raids, competi��es de rafting, de escalada e outros, surgi ent�o, o processo de �esportiza��o� dessas atividades (SERRANO 2000). O esp�rito aventureiro hoje t�o ou mais presente nas atividades esportivas de aventura e risco calculado permite ao homem �jogar com o destino� e com as adversidades (COSTA, 2000).Os seres humanos desenvolveram essas atividades de lazer, como uma medida de oposi��o �s tens�es ocasionadas pelo estresse que os mesmos criam no decorrer de seu desenvolvimento junto � sociedade (CANTORINE;OLIVEIRA, 2005).
Esportes de aventura, um pratica de lazer Nessas atividades de aventura podemos encontrar uma mistura de tr�s vis�es de vida e de mundo. A vis�o f�sica extrema (natureza, �gua, velocidade), a vis�o emotiva interna (risco, liberdade) e vis�o qu�mica (adrenalina) (BRUHNS, 1999). As sensa��es causadas pelos esportes de aventura refor�am o �ilinx� esportivo, (elementos delimitadores de um universo l�dico), fazendo dessas sensa��es de desequil�brio, mergulho, queda e outras sensa��es de instabilidade uma fonte de prazer e, dessa forma, criando uma busca paradoxal, entre a seguran�a obtida atrav�s do avan�o tecnol�gico e a procura por atividades de alto risco, que proporcionam muitas vezes grande perigo f�sico para os praticantes (BRUHNS, 1999). Nesses esportes � imposto um jogo �cibern�tico� do corpo, pois, minimizam o consumo de energia, por�m maximizam informa��es com uma oscila��o do sistema homem/m�quina entre dois limites extremos, sendo sutil o seu controle (MIRANDA, 1995 apud BRUHNS, 1999). As novas atividades (esportes de aventura) tornam-se poss�veis para qualquer praticante devido ao desenvolvimento tecnol�gico, possibilitando a qualquer ser humano praticar atividades de risco programado e aventurar-se em qualquer ambiente (ar, �gua e terra) (BETR�N, 1999). Procurou-se proporcionar uma classifica��o dos esportes de aventura e estes foram classificados nos tr�s grandes meios: terra, ar e �gua (BETR�N, 2003). Betr�n (2003) cita em sua obra algumas atividades de aventura divididas em seus ambientes f�sicos. As pr�ticas de terra (skateboard, snowboard, montain bike, esqui acrob�tico, escalada livre), de �gua (surf, hidrospeed, rafting, decida de barrancos), de ar (rope swing, queda livre em p�ra-quedas, asa delta, parapente), que comp�em as �atividades f�sicas de aventura na natureza�. Esses esportes de aventura caracterizam-se por ocasionarem sensa��es de risco e incerteza, existem os condicionantes que podem influenciar, provocando esta incerteza s�o classificados em dois tipos: fatores meteorol�gicos como umidade e temperatura, e os fen�menos meteorol�gicos como vento, ar, chuva e a neve. Competi��o e esporte de aventura Antigamente era mais importante divertir-se do que exibir uma t�cnica. Os esportistas buscavam somente o lazer e o prazer de aventurar-se. Hoje, estes utilizam seu tempo dispon�vel para aperfei�oar sua t�cnica visando competi��es e vit�rias (MARINHO, 2003).
Pode-se observar isso atrav�s das corridas de aventura. A natureza � reduzida a um �cen�rio teatral�, um espet�culo, onde os atletas configurados como protagonistas empurram-se para al�m de seus limites f�sicos (MARINHO, 2003).
Particularmente nessas viv�ncias, alguns sentimentos n�o est�o completamente definidos pelos competidores. As almejadas sensa��es de adrenalina, de riscos extremos e radicais parecem ter forte rela��o com a populariza��o dos termos, desencadeada, principalmente pela m�dia. Outras sensa��es como satisfa��o, relaxamento e bem estar parecem ser menos registradas, permitindo crer que, por serem mais comumente manifestadas no cotidiano, tais sensa��es s�o desprezadas nessas competi��es (MARINHO, 2003). Para Marinho (2003), o desenvolvimento do sujeito parece ter ficado em segundo plano j� que primeiramente s�o visualizados o marketing e o consumo. A autoraafirma ainda que o sinal de riqueza nos dias atuais est� estampado como sendo do consumo e n�o a exist�ncia do tempo livre. Nesse processo, o marketing rotula a natureza como mito que � tomado pelo mercado e ilustra a exacerbada estetiza��o do consumo de nossos dias. O lazer, portanto torna-se mercadoria. Percebe-se uma tend�ncia � estetiza��o dos gestos esportivos dentro de certo refinamento de suas exibi��es, composto numa imagem com a natureza muitas vezes exuberante. Numa espetaculariza��o e em meio ao prazer da pr�tica, outro sentimento se manifesta, ou seja, o prazer de ser visto, sensivelmente notado nos praticantes. Esses esportes procuram por rendimento e produ��o de performance em um novo registro quando comparados aos esportes mais tradicionais e algumas pr�ticas corporais como, a gin�stica e a muscula��o. Os esportes tradicionais apresentam-se como uma atividade que possue um aspecto pl�stico e core�grafo os quais buscam rendimento pelo rendimento. Nos novos esportes (de aventura), n�o ocorrem treinamentos pr�vios intensivos, ou seja, a experimenta��o � direta. H� um n�tido afastamento do rendimento planejado (BRUHNS, 1999). O autor Jesus (2003) cita uma passagem de Augustin (1997-1998) onde coloca que a busca pela aventura e a realiza��o pessoal superam-se nas pr�ticas de esportes de aventura e destaca a diferen�a entre os novos esportes e os esportes tradicionais. A excita��o inerente �s novas pr�ticas esportivas necessita de desafios, novas situa��es. O autor ressalta ainda que os esportes de aventura tendam a procurar por lugares praticamente intocados: picos elevados, vertentes �ngremes, cavernas, ambientes submarinos, vales em gargantas, corredeiras e cachoeiras, sabe-se que tais pr�ticas se inscrevem especialmente de forma provis�rias, tendendo assim a multiplicar os lugares de aventura e inventar constantemente novos points. Para Le Betron (2007) os homens buscam a natureza para superar seus limites, provar a si mesmo que podem fazer algo que para muitos parece imposs�vel e no final de tudo, de todas as dificuldades, nem que seja por um momento, sentir-se existir, sentir-se vivo. Os esportes de aventura na natureza proporcionam essa sensa��o por serem atividades que causam risco a pr�pria vida, mas que ao mesmo tempo levam os indiv�duos a lugares muitas vezes nunca vistos pelos os homens e fazem liberar em seu corpo sensa��es de liberdade e poder. Al�m de promover a sensa��o de prazer e liberdade, o esporte � uma ferramenta para educa��o (TUBINO, 2001) e o esporte de aventura tem um grande potencial para esta educa��o, principalmente para forma��o do car�ter do indiv�duo. Conclus�o Por meio desta revis�o da literatura percebe-se que atrav�s destas pr�ticas pode-se trabalhar tamb�m a educa��o ambiental, preservando o meio ambiente, j� que a natureza � necess�ria para essas pr�ticas, al�m de outros aspectos formadores do indiv�duo. O esporte como instrumento pedag�gico contribui na forma��o do car�ter do indiv�duo, sendo este constru�do atrav�s de princ�pios como participa��o, coopera��o e co-educa��o, o que tamb�m acontece no esporte de aventura. Em contra partida o esporte de alto n�vel ou de rendimento � regido pelas regras espec�ficas de cada modalidade n�o deixando brechas para a forma��o do indiv�duo cr�tico. Contudo, o esporte de aventura tem sido trabalhado apenas pelo vi�s do rendimento n�o existindo um trabalho de educa��o atrav�s deste esporte. Assim, � clara a necessidade de que haja cada vez mais pesquisas abordando o tema esporte de aventura, enfatizando suas poss�veis utiliza��es tanto na �rea do lazer quanto no �mbito escolar, seus benef�cios a sa�de f�sica e metal de crian�as e adultos, fugindo do paradigma da �esportiza��o�. Referencias
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Quais as principais diferenças entre as práticas corporais de aventura?As práticas de aventura urbanas normalmente são praticadas no meio urbano e não necessariamente possuem muito contato com a natureza, como por exemplo o parkour, diferentemente das práticas corporais de aventura na natureza que necessariamente possuem um contato direto com a natureza como por exemplo o surf.
Qual a principal diferença entre práticas corporais de aventura urbana e práticas corporais de aventura na natureza?As práticas de aventura costumam ser relacionadas a ambientes no meio da natureza, como a escalada de uma montanha ou a descida de uma corredeira em um caiaque etc. Mas quando falarmos em práticas de aventura urbana, trata-se de atividades que buscam simular as mesmas sensações e movimentos, só que na cidade.
Quais as principais características que diferenciam as práticas corporais de aventura das demais tipos de esporte que você conhece?Os esportes e práticas de aventura se diferenciam dos demais tipos de esporte justamente por suas características extremas, como por exemplo, a adrenalina ao praticar o esporte, o risco físico associado a essas práticas e a fuga do cotidiano.
Quais as diferenças entre esportes radicais e de aventura?AVENTURA: Realizadas em ambientes naturais (ar, água, neve, gelo e terra), como exploração das possibilidades da condição humana. RADICAIS: Realizadas em manobras arrojadas e controladas, como superação de habilidades de desafio extremo.
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