Show A an�lise qu�mica elementar da mat�ria viva diz-nos que apenas 22 dos mais de 100 elementos qu�micos s�o essenciais aos seres vivos e destes, apenas 16 podem ser encontrados em todas as esp�cies. Estes 16 elementos encontram-se nos seres vivos em propor��es muito diferentes das do meio f�sico, sendo 99% da massa das c�lulas composta por carbono, hidrog�nio, oxig�nio e azoto. O s�dio, pot�ssio, magn�sio, c�lcio, enxofre, f�sforo e cloro representam entre 1 a 2% da massa total das c�lulas. Os restantes elementos surgem em quantidades inferiores a 0,01% e s�o, por isso, designados oligoelementos. De todos os compostos, a �gua � o mais abundante na c�lula, atingindo 95% da sua massa total, servindo de meio de dispers�o para as restantes mol�culas e ajudando na sua interac��o. Os compostos org�nicos caracterizam as c�lulas pois n�o existem no meio f�sico, sendo por isso chamados biomol�culas. Nas biomol�culas incluem-se os gl�cidos os l�pidos, os pr�tidos e os �cidos nucleicos. �tomos e liga��es qu�micas Fundamental para a compreens�o das biomol�culas que comp�em as c�lulas � a composi��o do �tomo.Todos os elementos s�o formados por �tomos, por sua vez formados por part�culas menores: prot�es e neutr�es (concentrados no n�cleo) e electr�es, que orbitam o n�cleo. No n�cleo est� concentrada a massa do �tomo, embora o seu di�metro seja muito menor que o do �tomo (por vezes descrito como uma mosca no centro de um campo de futebol). Os prot�es, carregados positivamente, est�o em n�mero constante em todos os n�cleos de �tomos do mesmo elemento, identificando esse elemento pelo chamado n�mero at�mico. Os neutr�es t�m a mesma massa que os prot�es e tamb�m se localizam no n�cleo mas n�o t�m carga, s�o electricamente neutros. O n�mero de neutr�es pode variar em �tomos do mesmo elemento, dando origem a is�topos, sem que se alterem as propriedades qu�micas do �tomo. No caso do hidrog�nio, por exemplo, existem 3 is�topos:
Somando o n�mero de prot�es e neutr�es do n�cleo dos �tomos obt�m-se o n�mero de massa, que caracteriza cada is�topo, pois revela a diferen�a no n�mero de neutr�es. Os is�topos do mesmo elemento s�o quimicamente semelhantes, podendo mesmo substituir-se entre si, mas t�m comportamento f�sico diferente devido � massa diferente. Os electr�es s�o muito menores, com carga el�ctrica igual mas de sinal contr�rio � dos prot�es, movendo-se como uma nuvem em volta do n�cleo. O �tomo � geralmente neutro porque existem tantos electr�es negativos como prot�es positivos. O �tomo representa-se atrav�s do seu s�mbolo qu�mico (composto por uma ou duas letras) com o n�mero de massa em cima � esquerda e o n�mero at�mico em baixo � esquerda. Os electr�es disp�em-se em volta do n�cleo em camadas electr�nicas, designadas 1,2, 3, etc. de acordo com a dist�ncia a que se encontram. Cada uma destas camadas t�m uma lota��o determinada: primeira camada 2 electr�es, �ltima camada 8 electr�es e as camadas interm�dias (N) ter�o N electr�es, ou seja, N = 2n2 em que n � o n�mero da camada. No entanto, a maioria dos �tomos tem a �ltima camada electr�nica incompleta, tendendo por isso a ligar-se a outros para adquirir a configura��o dos gases raros. Os electr�es da �ltima camada designam-se electr�es de val�ncia e s�o os que interv�m nas liga��es qu�micas. O objectivo do estabelecimento de uma liga��o qu�mica � que, em volta de cada n�cleo, o n�mero de electr�es passe a ser igual a 2 ou a 8. Todos os electr�es t�m a mesma massa e carga electr�nica mas o seu n�vel de energia varia com a dist�ncia ao n�cleo: quanto mais perto do n�cleo maior a atrac��o nuclear e menor � o n�vel de energia. Ao percorrer cada �rbita o electr�o n�o sofre varia��es de energia mas se ela lhe for fornecida, de modo a vencer a atrac��o nuclear, pode acontecer que:
Quando o electr�o excitado retorna ao seu n�vel tradicional de energia liberta exactamente a mesma quantidade de energia que provocou a sua excita��o. Esta situa��o � comum em fen�menos associados a radia��es luminosas, como a fotoss�ntese, mas podem acontecer atrav�s de outras fontes de energia, como no caso da respira��o. Todos estes fen�menos tanto podem acontecer com �tomos, como com mol�culas. Existem diversos tipos de liga��o qu�mica mas todas t�m como objectivo formar em volta de cada n�cleo at�mico uma configura��o de g�s raro. As liga��es qu�micas podem ser:
Para quebrar uma dada liga��o entre dois �tomos � necess�rio despender (ou fornecer aos �tomos) uma dada quantidade de energia. � essa energia, geralmente sob a forma de calorias, que nos indica a for�a de uma liga��o. Mol�culasDa liga��o qu�mica entre �tomos resultam mol�culas, algumas formadas por um conjunto de �tomos iguais e outras com �tomos diferentes, ou seja, subst�ncias simples e compostas, respectivamente. Certos conjuntos de �tomos surgem nas mol�culas de v�rios compostos, conferindo a esses compostos propriedades semelhantes e designando-se por radicais ou grupos caracter�sticos. Os principais radicais que podem ser encontrados nas mol�culas org�nicas s�o:
Tipos de reac��es qu�micas A energia qu�mica total da mol�cula � a energia necess�ria para quebrar todas as suas liga��es at�micas. Quando as liga��es s�o quebradas os �tomos podem ligar-se de modo diferente, ou seja, pode ocorrer uma reac��o qu�mica. Numa reac��o qu�mica o n�mero tipo de �tomos dos reagentes � o mesmo que nos produtos da reac��o. Para que ocorram reac��es qu�micas s�o necess�rias algumas condi��es, nomeadamente:
Os organismos vivos realizam as suas reac��es qu�micas com grande efici�ncia pois n�o desperdi�am energia sob a forma de calor e porque acumulam poucos res�duos, por compara��o com as reac��es inorg�nicas. Isto s� � poss�vel por realizam as reac��es em sequ�ncia, onde cada etapa utiliza como reagentes os produtos da etapa anterior. Existem v�rios tipos de reac��es qu�micas mas em bioqu�mica as mais importantes s�o:
Dado que para existir uma reac��o qu�mica � necess�rio que certas liga��es qu�micas se quebrem e outras se formem, deste balan�o podem resultar dois tipos de reac��es:
Mol�culas constituintes das c�lulas Nas c�lulas actuais, tanto procari�ticas como eucari�ticas, existem 5 tipos de componentes qu�micos principais, onde se incluem quatro categorias de biomol�culas e uma mol�cula inorg�nica:
As biomol�culas t�m algumas caracter�sticas fundamentais e que as definem:
�gua Tr�s quartos da superf�cie da Terra est�o cobertos de �gua, o que significa que se o planeta fosse plano, toda a sua superf�cie estaria debaixo de 2,5 Km de �gua. Nitidamente, a designa��o correcta para o nosso planeta seria �gua e n�o Terra ... A �gua � uma mol�cula extraordin�ria, apesar de comum, se n�o fossem as suas propriedades invulgares a Vida n�o teria surgido na Terra, ou pelo menos n�o como a conhecemos pois entre 50 e 90% do peso corporal dos organismos vivos corresponde a esta mol�cula. No seu todo a mol�cula de �gua � electricamente neutra pois tem igual n�mero de prot�es e electr�es. No entanto, os electr�es partilhados nas liga��es covalentes ficam bem mais pr�ximos do oxig�nio que do hidrog�nio, causando um excesso de carga negativa em volta do O e uma car�ncia de carga negativa em volta dos H, tornando a mol�cula polar.
A polaridade da �gua permite a forma��o de liga��es, seja entre mol�culas de �gua seja com outro tipo de mol�cula, atrav�s de pontes hidrog�nio. Este tipo de liga��o � devida a for�as electrost�ticas entre os H+, ligado covalentemente a um �tomo de oxig�nio ou azoto, e outro �tomo de oxig�nio ou azoto. Deste modo, as mol�culas de �gua podem ligar-se a 4 outras mol�culas por pontes hidrog�nio, situa��o respons�vel pelo facto de a �gua ser l�quida � temperatura ambiente, enquanto mol�culas como o amon�aco se evaporam rapidamente. Outro exemplo de uma mol�cula de estrutura semelhante � �gua em condi��es normais � um g�s � o sulfureto de hidrog�nio, libertado pelos vulc�es e altamente t�xico. Esta polaridade justifica tamb�m a maior parte das propriedades da �gua:
A �gua l�quida, dadas as numerosas liga��es por pontes H, forma uma gigantesca macromol�cula em cada lago, rio ou oceano. No gelo, a �gua est� numa estrutura altamente regular de malha hexagonal, deixando um espa�o livre no centro de cada hex�gono (por isso o gelo flutua sobre a �gua l�quida). Com a fus�o, a �gua passa a uma malha quadrangular com um espa�o central menor, o que explica o motivo porque a �gua l�quido ocupa menos espa�o que o gelo. Esta situa��o � invulgar pois na fus�o h� um aumento da energia das mol�culas e a maior parte dos l�quidos t�m as suas mol�culas mais afastadas que os s�lidos. A �gua � considerada o solvente universal, pois � capaz de dissolver mais subst�ncias que qualquer outro l�quido, sejam elas polares (hidrof�licas), que formam pontes H ou i�es que fiquem aprisionados em 'gaiolas' de �gua. As mol�culas apolares (hidrof�bicas) geralmente n�o se dissolvem em �gua, embora algumas possam permanecer nos espa�os entre elas. Eis alguns exemplos cl�ssicos das capacidades de dissolu��o da �gua:
Para al�m disso, a �gua tamb�m � considerada um catalisador universal, pois devido ao seu car�cter polar favorece a ioniza��o de muitas mol�culas. � este o motivo porque a maioria das reac��es in vivo serem reac��es redox e o oxig�nio e o hidrog�nio serem participantes activos nelas. Na �gua l�quida h� tend�ncia para um dos hidrog�nios de uma mol�cula se ligar ao oxig�nio de outra, originando dois i�es: OH- e H3O+. A �gua pura continua a ser neutra electricamente pois existe sempre o mesmo n�mero de cada um dos i�es (eles formam-se � custa um do outro) mas em solu��es aquosas com outros componentes isso nem sempre se verifica:
Para definir o grau de acidez de uma solu��o utiliza-se a escala de pH, ou seja a 'pot�ncia a que se eleva a concentra��o do cati�o H. Na �gua pura tem-se 1/10000000 mol de cati�o H, ou seja, [H+] = 10-7 ou seja pH = 7. Desta forma, se o pH de uma solu��o for inferior a 7 ent�o a concentra��o do cati�o H ser� maior que a da �gua pura e a solu��o ser� considerada �cida, o inverso para um pH superior a 7, onde a solu��o ser� considerada b�sica. Gl�cidosOs gl�cidos formam um dos maiores grupos de subst�ncias naturais. S�o centro de processos metab�licos atrav�s dos quais os seres vivos acumulam energia luminosa (fotoss�ntese) ou da que � libertada durante a oxida��o dos alimentos (respira��o). S�o a mais importante fonte de energia para animais e plantas, podendo tamb�m ter fun��o de reserva e estrutural. At� a vitamina C � um gl�cido. Os gl�cidos foram inicialmente classificados como hidratos de carbono devido ao facto de serem biomol�culas compostas por carbono, hidrog�nio e oxig�nio e por se considerar que tinham origem na hidrata��o do carbono: Cn(H2O)m. No entanto, os glic�deos n�o se formam por hidrata��o do carbono e a f�rmula gen�rica anterior n�o inclui todas possibilidades para esta biomol�cula: a desoxirribose C5H10O4 � um gl�cido n�o pode ser a ela reduzida e o �cido ac�tico C2(H2O)2 pode ainda que n�o o seja. Assim, a defini��o correcta de gl�cido refere que s�o alde�dos ou cetonas polihidroxilados. As propriedades comuns das mol�culas devem-se precisamente � exist�ncia de um ou v�rios radicais -OH e de, pelo menos, um grupo alde�do ou cetona. Os gl�cidos s�o classificados em fun��o da complexidade das suas mol�culas, distinguindo-se 3 grandes grupos: Monossac�ridosS�o os gl�cidos mais simples, com uma mol�cula formada por um �nico mon�mero. S�o as unidades b�sicas da constru��o dos gl�cidos mais complexos. O n�mero de �tomos de carbono da mol�cula serve de base � classifica��o dos monossac�ridos:
Note-se que o monossac�rido mais simples ter� que conter um radical -OH e uma fun��o alde�do logo tem que ter dois carbonos (H-COOH � um �cido carbox�lico pois os radicais carbonilo e hidroxilo est�o no mesmo carbono). Conforme a fun��o presente no monossac�rido, t�m-se aldoses (grupo alde�do) e as cetoses (grupo cetona). A fun��o alde�do e a cetona, ainda que em menor grau, pode ser oxidada, originando um �cido carbox�lico: R-C=O (H) + O -> R-C=O (OH) Esta oxida��o � muito f�cil o que torna os monossac�ridos alde�dicos redutores. A oxida��o pode dar-se em presen�a de reagentes particulares como o Licor de Fehling, que, por ter uma reac��o colorida, � um indicador da presen�a de a��cares redutores: R-C=O (H) + 2 CuO -> R-C=O (OH) + Cu2O Note-se que todas as mol�culas de hexose t�m o mesmo n�mero de �tomos constituintes C6H12O6, no entanto as suas propriedades s�o diferentes devido ao diferente arranjo espacial das mol�culas (isomeria). Oligossac�ridos Estes gl�cidos resultam da liga��o de um n�mero reduzido de mon�meros (2 a 10) e s�o vulgarmente conhecidos por a��cares por serem doces e sol�veis em �gua.De acordo com o n�mero de monossacar�deos que cont�m, designam-se por dissac�ridos (2 como por exemplo, lactose, maltose ou sacarose, os mais importantes e todos is�meros de f�rmula qu�mica C12H22O11. Note-se a 'falta' de dois �tomos H e de um O devido � condensa��o que resulta da forma��o da liga��o glicos�dica), trissac�ridos (3 como por exemplo, rafinose), tetrassac�ridos (4 como por exemplo a estaquinose), etc. Os oligossac�ridos s�o as formas de transporte dos gl�cidos.
Os monossac�ridos que formam um oligossac�rido unem-se entre si atrav�s de liga��es glicos�dicas, donde resulta a forma��o de uma mol�cula de �gua. Os dissac�ridos mais importantes, como j� foi referido, s�o:
Polissac�ridos Os gl�cidos resultantes da uni�o, atrav�s de liga��es glicos�dicas, de n�mero elevado de monossac�ridos (pelo menos v�rias centenas) designam-se polissac�ridos e t�m solubilidade reduzida na �gua, n�o sendo doces. Os polissac�ridos podem ser agrupados em dois conjuntos, ainda que ambos possam ter uma estrutura simples ou ramificada:
Dada a grande complexidade de alguns dos polissacar�deos, a sua classifica��o faz-se com base na sua fun��o celular: polissac�ridos de reserva, onde se incluem o amido ou o glicog�nio, e polissac�ridos estruturais, como a celulose ou a quitina. Vejamos alguns exemplos:
L�pidos A designa��o l�pido utiliza-se para designar um conjunto bastante heterog�neo de compostos, extremamente diferentes entre si em termos de estrutura qu�mica e fun��o biol�gica, que pouco mais t�m comum que uma reduzida solubilidade em �gua e uma solubilidade em solventes org�nicos (�ter, clorof�rmio, benzeno, acetona, �lcool, etc.). O termo l�pido tamb�m implica, muitas vezes, o facto de poder ser utilizado pelos animais como fonte de energia. A reduzida solubilidade dos l�pidos em �gua resulta de as suas mol�culas serem essencialmente hidrocarbonadas, ou seja, altamente hidrof�bicas. Tal como os gl�cidos, tamb�m os l�pidos s�o formados apenas por carbono, oxig�nio e hidrog�nio. Existem v�rias categorias de l�pidos, de acordo com a fun��o que desempenham:
Pr�tidos Os pr�tidos s�o os constituintes essenciais de numerosos tecidos vivos e estruturas por eles produzidas, sejam vegetais ou animais, como a pele, os m�sculos, cabelos, seda, l�, etc., para al�m de terem um importante papel nos processos metab�licos. Ao contr�rios dos anteriores tipos de biomol�culas, cuja principal fun��o era energ�tica, os pr�tidos s�o essencialmente estruturais e enzim�ticos. Nos pr�tidos a ordem pela qual os mon�meros (que s�o bem mais numerosos que nos gl�cidos ou �cidos nucleicos) se encontram � fundamental, o que as torna capazes de desempenhar fun��es espec�ficas. Os mon�meros dos pr�tidos, os amino�cidos, cont�m carbono, oxig�nio, hidrog�nio e azoto, este �ltimo geralmente presente sob a forma de g�s na atmosfera. Apenas alguns microrganismos s�o capazes de captar o azoto gasoso e incorpor�-lo em compostos org�nicos (nitritos e nitratos) que as plantas retiram do solo. De seguida, os vegetais incorporam o azoto nos seus amino�cidos. Os animais s�o capazes de sintetizar alguns amino�cidos aproveitando o azoto retirado de prote�nas que ingerem, mas existem alguns que n�o conseguem produzir e que se dizem amino�cidos essenciais: lisina, triptofano, treonina, meteonina, fenilalanina, leucina, valina e isoleucina, no caso humano. Um amino�cido tamb�m cont�m enxofre, a ciste�na. Tal como no caso dos gl�cidos, existem tr�s categorias de pr�tidos, de acordo com a sua complexidade estrutural:
Enzimas: prote�nas com fun��o catal�tica � sabido que a maioria dos compostos org�nicos s�o altamente est�veis em solu��es aquosas, a temperaturas e pH semelhantes aos da c�lula. Por esse motivo, mesmo quando as reac��es s�o exerg�nicas, as reac��es com biomol�culas geralmente n�o ocorrem espontaneamente.
Para que elas ocorram � necess�rio formar um complexo activado, obtido fornecendo energia de activa��o, ou seja, fazendo colidir com um m�nimo de energia as mol�culas envolvidas. A 20�C poucas s�o as mol�culas que colidem com energia suficiente mas se a temperatura for de 100�C muitas mais realizaram a reac��o de forma mais r�pida. � este o princ�pio por tr�s da utiliza��o de aquecimento e �cidos ou bases fortes por parte dos qu�micos para realizar as suas reac��es. No entanto, na c�lula esta situa��o n�o � vi�vel e ainda assim as reac��es r�pidas a temperaturas baixas (entre os 10 e os 40�C), com pH neutro ou perto disso, � press�o atmosf�rica, etc. O motivo porque tal � poss�vel reside no facto de existirem na c�lula catalisadores biol�gicos chamados enzimas, espec�ficas para cada reac��o e capazes de controlar a sua velocidade. Apesar de as enzimas terem uma tremenda capacidade catal�tica n�o s�o m�gicas, elas apenas aumentam a velocidade da reac��o, n�o alteram o seu ponto de equil�brio e sem desencadear reac��es que n�o fossem j� poss�veis. Enzimas: estrutura As enzimas s�o prote�nas globulares, apresentando uma estrutura terci�ria e quatern�ria. Por esse motivo, podem ser desnaturadas, revers�vel ou irreversivelmente. � sabido que nem todos os amino�cidos constituintes de uma prote�na est�o directamente envolvidos na sua actividade biol�gica. No caso das enzimas chama-se centro activo ao conjunto de amino�cidos envolvidos na cat�lise. Por este motivo, existem as chamadas isozimas, ou seja, enzimas com estrutura tridimensional diferente mas com o mesmo centro activo. Muitas enzimas necessitam de componentes n�o proteicos para actuarem, componentes esses que se designam coenzimas e grupos prost�ticos. As coenzimas s�o substratos absolutamente necess�rios � reac��o catalisada, logo, como todos os substratos alteram-se durante a reac��o. Para reverter a coenzima ao seu estado inicial � necess�ria outra reac��o, como no caso das transforma��es verificadas em mol�culas transportadoras de electr�es: NAD+ > NADH. J� os grupos prost�ticos permanecem inalterados durante a reac��o, fazendo antes parte do centro activo. Geralmente os grupos prost�ticos s�o formados por metais. Enzimas: modo de actua��oO primeiro passo da actua��o enzim�tica � a combina��o revers�vel de enzima com o substrato sobre o qual actua, originando o complexo enzima-substrato. Ap�s as transforma��es qu�micas terem sido realizadas (s�nteses ou degrada��es), os produtos separam-se da enzima, deixando-a inalterada. Esta reac��o pode ser representada pela equa��o: E + S =>ES =>E + P Dado que o substrato se liga � enzima atrav�s do centro activo, que, em �ltimo caso, � modelado pela estrutura prim�ria da prote�na, pode compreender-se a especificidade revelada pelas enzimas:
A especificidade est� pode ser relacionada com os modelos de ac��o enzim�tica, ainda que n�o se esgote neles:
Existem v�rios factores que afectam a velocidade de reac��o de uma enzima:
Classifica��o das enzimas O nome das enzimas obt�m-se acrescentando -ase ao nome do substrato sobre que actua. Seguidamente, ser�o agrupadas de acordo com o tipo de reac��o que catalisam, tendo-se:
Os �cidos nucleicos existem em todos os seres vivos, sendo os respons�veis e os coordenadores da informa��o gen�tica e heredit�ria dos organismos. Os �cidos nucleicos englobam dois tipos de mol�cula, diferen�a que deriva dos diferentes mon�meros usados na sua forma��o (desoxirribonucle�tidos ou ribonucle�tidos):
Os �cidos nucleicos s�o as maiores mol�culas presentes nas c�lulas mas s�o formadas por um n�mero espantosamente reduzido de mon�meros, ditos genericamente nucle�tidos. Nucle�tido A principal diferen�a entre os mon�meros das restantes biomol�culas e os nucle�tidos � o facto destes �ltimos ainda poderem ser hidrolisados em tr�s constituintes complexos:
Ainda assim, este facto n�o invalida a sua classifica��o como mon�meros pois estes tr�s compostos j� n�o podem ser considerados �cidos nucleicos, ainda que sejam mais do que �tomos. As principais bases azotadas constituintes dos �cidos nucleicos s�o a adenina, citosina, guanina, timina e uracilo. Estas bases s�o agrupadas em purinas (adenina e guanina) e pirim�dicas (citosina, timina e uracilo), conforme derivem da purina ou da pirimidina. Alguns animais tamb�m usam a guanina como pigmento reflector, como nas escamas dos peixes ou nas carapa�as dos insectos. Al�m destas cinco bases azotadas existem bases mais raras, delas derivadas e que geralmente t�m efeitos no SNC como venenos poderosos quando em quantidade elevada. Est�o presentes no ch�, no caf� ou no cacau mas n�o fazem parte dos �cidos nucleicos. A pentose tamb�m pode ser de dois tipos: desoxirribose ou ribose, que diferem apenas na presen�a de um grupo -OH extra no segundo caso. Ambos os monossac�ridos s�o aldoses. Quando se une um gl�cido a uma base azotada obt�m-se um nucle�sido. O nucle�tido funcional resulta da uni�o do �cido fosf�rico, atrav�s de uma liga��o �ster (�cido com carboxilo). Todos os nucle�tidos podem estar ligados n�o apenas a uma mol�cula de �cido fosf�rico mas a duas ou mesmo tr�s. Assim, teremos:
Os nucle�tidos-trifosfato desempenham importantes fun��es celulares:
Temas relacionados: �cidos nucleicos Hereditariedade C�lulas Fotoss�ntese Respira��o
Quais são os componentes químicos das células que determinam o comportamento celular?Resposta verificada por especialistas. As proteínas atuam como comportamento celular, servindo como material estrutural, catalisadores químicos e motores moleculares, sendo essenciais para o funcionamento celular e orgânico (Alternativa C).
Quais são os componentes químicos das células?Entre os elementos químicos presentes na célula, os mais abundantes são o carbono, o hidrogênio, o oxigênio e o nitrogênio. Esses e outros elementos presentes em menor quantidade fazem parte dos compostos inorgânicos e orgânicos que são utilizados pela célula.
Quais os compostos orgânicos importantes de uma célula?Dentre as substâncias orgânicas, destacam-se as proteínas, lipídios e carboidratos. As proteínas são formadas por aminoácidos — moléculas constituídas por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.
O que são aspectos químicos?Os aspectos químicos da célula dependem em boa parte dessa composição química e podem ser classificadas em dois grupos: os componentes inorgânicos e os componentes orgânicos.
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