Qual das seguintes estruturas é importante na manutenção do equilíbrio corporal informações visuais?

Canais semicirculares e percepção de movimento

Os canais semicirculares estão relacionados com a percepção dos movimentos que o corpo executa.

Índice Show

• Canais semicirculares e percepção de movimento
• Sáculo, utrículo e percepção da força gravitacional
• Outros órgãos que contribuem para o equilíbrio
• O ouvido interno proporciona ao sistema nervoso central uma informa��o essencial para que, juntamente com a informa��o fornecida pela vis�o e pelo aparelho locomotor, possa manter-se o equil�brio corporal.
• Generalidades
• Fun��o do aparelho vestibular
• O m�dico responde
• O papel da vis�o
• Quais são as estruturas importantes na manutenção do equilíbrio corporal?
• O que é importante para a manutenção do equilíbrio?
• O que mantém o equilíbrio do corpo humano?
• Qual o músculo responsável pelo equilíbrio?

Quando a cabeça de um vertebrado se movimenta, a inércia do líquido no interior dos canais semicirculares exerce pressão sobre a massa gelatinosa que envolve os cílios das células sensoriais, localizadas nas ampolas. A pressão faz com que os cílios se curvem, estimulando as células sensoriais a gerar impulsos nervosos e transmiti-los ao encéfalo.

Se rodarmos a cabeça a uma velocidade constante, o líquido no interior dos canais semicirculares vai passando a se mover em consonância com os canais, o que diminui a pressão sobre as células sensoriais. Se pararmos bruscamente de rodopiar, porém, o liquido dos canais semicirculares continua a se mover devido a inércia estimulando as células sensoriais. A sensação de tontura que sentimos resulta do conflito de duas percepções: os olhos informam ao sistema nervoso que paramos de rodopiar, mas o movimento inercial do líquido nos canais semicirculares do ouvido interno informam que a nossa cabeça ainda está em movimento.

Sáculo, utrículo e percepção da força gravitacional

O sáculo e o utrículo informam ao encéfalo a posição da cabeça em relação a força da gravidade. Esses órgãos, porém, também detectam movimentação, informando ao encéfalo sobre as mudanças na posição da cabeça , quando o animal se desloca.

As células sensoriais do sacúolo e do utrículo estão agrupadas em estruturas denominadas máculas. Estas são recobertas por uma camada de gelatina, sobre a qual ficam aderidas pedrinhas de carbonato de cálcio, os otólios. As máculas ficam posicionadas em diferentes graus de inclinação em relação ao corpo, de tal forma que, quando uma está em posição horizontal, uma outra fica em posição vertical. Mudanças na posição da cabeça fazem com que a força da gravidade, atraindo os otólitos, estimule os cílios das células sensoriais. Os impulsos nervosos produzidos nas máculas permitem ao sistema nervoso central calcular a orientação da força gravitacional. Assim, o animal percebe se está de cabeça para cima ou para baixo e em que velocidade está se deslocando.

Outros órgãos que contribuem para o equilíbrio

A manutenção do equilíbrio do corpo não depende apenas do ouvido interno. Além da posição da cabeça, o encéfalo também calcula as posições relativas do pescoço, das pernas e dos braços. Isso é feito a partir de informações transmitidas por células propriorreceptoras, localizadas nos músculos, nos tendões e em órgãos internos.

Os olhos também participam do sentido do equilíbrio. As imagens captadas pela visão são combinadas no encéfalo com as informações provenientes do ouvido interno. Em geral essas informações são coincidentes, isto é, quando o ouvido informa ao encéfalo que estamos de cabeça para baixo, as imagens virtuais confirmam a informação auditiva.

O ouvido interno proporciona ao sistema nervoso central uma informa��o essencial para que, juntamente com a informa��o fornecida pela vis�o e pelo aparelho locomotor, possa manter-se o equil�brio corporal.

Generalidades

Topo

O equil�brio corporal depende de um delicado controlo efectuado pelo sistema nervoso central sobre o estado dos m�sculos e das articula��es, de tal forma que o corpo possa manter-se em determinadas posi��es est�ticas sem ceder � for�a da gravidade ou ainda deslocar-se harmoniosamente resistindo � in�rcia dos movimentos, � for�a da gravidade, � for�a centr�fuga, etc. Trata-se de um controlo inconsciente, mas constante e din�mico, excepto quando estamos deitados, pois para n�o cairmos � necess�rio que se mantenha sempre uma certa tens�o muscular, que uns m�sculos estejam mais contra�dos e outros mais relaxados, que ao efectuarmos cada movimento sejam feitos os ajustes adequados dessa tens�o. Trata-se de algo fundamental, tendo em conta que o ser humano, ao contr�rio da grande maioria dos animais terrestres, utiliza apenas dois membros para andar - por isso, para conservar o equil�brio, � preciso que as for�as produzidas pelos m�sculos se equilibrem continuamente, que a sua ac��o seja de tal forma coordenada que enquanto uns se contraem, outros se relaxem.

Para poder ordenar os devidos ajustes, o sistema nervoso central deve contar permanentemente com a informa��o precisa sobre a posi��o de cada uma das partes do nosso corpo. Esta informa��o prov�m de v�rias fontes. Por um lado, os receptores sensitivos localizados na pele e mais profundamente, sobretudo nas articula��es, proporcionam ao enc�falo, atrav�s dos nervos, uma valiosa informa��o sobre a situa��o do corpo no espa�o e sobre a posi��o relativa de todas as partes do corpo. Por outro lado, a vis�o proporciona uma ideia global da situa��o do corpo relativamente ao espa�o envolvente e pontos de refer�ncia de grande import�ncia. Por �ltimo, t�o valiosas como as anteriores informa��es s�o as que oferece o aparelho vestibular do ouvido interno sobre a posi��o e os movimentos da cabe�a.

Toda a informa��o chega de forma constante ao enc�falo, em especial aos centros nervosos localizados no tronco cerebral e no cerebelo, onde � analisada automaticamente para que, a seguir, surjam as ordens correspondentes para os diversos m�sculos corporais, de modo a relaxarem ou contra�rem, dependendo das necessidades.

Fun��o do aparelho vestibular

Topo

No aparelho vestibular do ouvido interno, encontra-se o aut�ntico �rg�o do equil�brio: uma s�rie de estruturas dotadas de c�lulas sensoriais especializadas que, em conjunto, detectam constantemente a posi��o da cabe�a em estado de repouso e os movimentos que realiza. Nestas c�lulas sensoriais, distinguem-se dois p�los: o superficial, provido de c�lios, esp�cie de p�los muito reduzidos, cobertos por uma massa gelatinosa imersa no l�quido que ocupa todo o aparelho vestibular (endolinfa); no outro polo, correspondente � base, surge um fino prolongamento que passa a constituir uma fibra do nervo vestibular, o qual, juntamente com o nervo coclear, forma o nervo estato-ac�stico que leva a informa��o sobre o equil�brio e a audi��o ao enc�falo. Para compreender a actividade do aparelho vestibular, conv�m diferenciar a fun��o dos dois sectores que o formam: por um lado, a fun��o dos dois sacos membranosos denominados utr�culo e s�culo; por outro, a dos canais semicirculares.

Fun��o do s�culo e do utr�culo. Nestas duas estruturas, esp�cie de bolsas membranosas cheias de l�quido endolinf�tico, encontram-se grandes m�culas otol�ticas que cont�m c�lulas sensoriais espec�ficas, uma disposta no plano horizontal, situada no utr�culo, e outra no plano vertical, localizada no s�culo. Estas c�lulas sensoriais, cujos prolongamentos formam as fibras do nervo vestibular, possuem na sua face superficial c�lios muito reduzidos, pequenas pestanas imersas numa massa gelatinosa, que cont�m min�sculos cristais de carbonato de c�lcio. O peso destes gr�nulos curva os c�lios das c�lulas sensoriais e, dependendo do grau de distor��o, gera os est�mulos nervosos que, atrav�s dos nervos vestibular e auditivo, informam o enc�falo sobre a posi��o da cabe�a no espa�o, mesmo com os olhos fechados. Al�m disso, quando se produz um movimento linear e progressivo da cabe�a, os gr�nulos atrasam o seu movimento e torcem os c�lios das c�lulas sensoriais na direc��o contr�ria, gerando assim uma informa��o sobre as acelera��es lineares da cabe�a.

Fun��o dos canais semicirculares. Os tr�s canais semicirculares nascem e desembocam no utr�culo, t�m forma de arco e cada um est� disposto num dos tr�s planos do espa�o. Cada canal situa-se num extremo de uma pequena dilata��o, denominada ampola, onde existe uma crista ampolar que cont�m c�lulas sensoriais. Os pequenos c�lios superficiais dessas c�lulas est�o englobados numa massa gelatinosa que forma uma c�pula e que, com os movimentos da cabe�a, se desloca pela endolinfa, a qual ocupa todas estas estruturas. Desta forma, ao efectuar um movimento angular ou de rota��o da cabe�a, as c�lulas sensoriais geram est�mulos nervosos, dependendo do grau de tor��o dos seus c�lios, e enviam a informa��o ao enc�falo. Visto que cada canal semicircular est� situado num plano do espa�o, com a informa��o que recebe de todos eles, o c�rebro � capaz de distinguir o sentido e a intensidade quer dos movimentos rotativos, quer das acelera��es angulares em qualquer plano do espa�o.

Informa��es adicionais

O m�dico responde

Topo

Pergunto-me como � poss�vel que alguns acrobatas possam manter o equil�brio em posi��es inusitadas ou andar num cabo suspenso a grande altura sem cair... Ter�o alguma aptid�o especial para o conseguir?

N�o exactamente. Embora algumas pessoas tenham mais facilidade que outras, o requisito b�sico � seguir um treino especifico, sem d�vida trabalhoso. Significa que, tal como acontece com outras habilidades motoras, � poss�vel desenvolver equil�brio de uma forma not�ria com o treino adequado. Aprende-se a efectuar de maneira autom�tica trocas m�nimas de atitude do corpo relativamente �s posi��es adoptadas, de forma a modificar o centro de gravidade, com o qual se pode chegar a manter o equil�brio em posi��es que, para as pessoas n�o treinadas, seriam completamente inst�veis.

O papel da vis�o

Topo

A informa��o que a vis�o proporciona cumpre um papel relevante na manuten��o do equil�brio, pois permite ao sistema nervoso central conhecer a posi��o ocupada pelo corpo no espa�o. N�o se trata de uma informa��o indispens�vel, como o demonstra o facto de as pessoas cegas serem capazes de manter o seu equil�brio, mas complementa a informa��o proveniente da sensibilidade e do ouvido interno. Por exemplo, quando o m�dico pretende avaliar o estado do ouvido interno costuma pedir ao paciente que feche os olhos, podendo at� ser ele a tap�-los, para suprimir a informa��o visual: h� casos em que existe uma altera��o no ouvido interno que apenas se manifesta nestas condi��es, fazendo com que o paciente, privado de pontos de refer�ncia visuais, cambaleie ou chegue mesmo a cair.

Quais são as estruturas importantes na manutenção do equilíbrio corporal?

O que é importante para a manutenção do equilíbrio?

O que mantém o equilíbrio do corpo humano?

Qual o músculo responsável pelo equilíbrio?