Qual e o papel da família no processo de inclusão?

Estamos em uma busca constante para que tenhamos uma sociedade totalmente inclusiva, em que as diferenças sejam utilizadas para o enriquecimento das aprendizagens e interações entre os seres humanos. Estimular e promover a compreensão da diversidade é a melhor forma de favorecer a aprendizagem e inclusão social destas pessoas. Para que isto aconteça, é indispensável o envolvimento direto das famílias.

É em casa que se desenvolvem hábitos, valores e ideias. É na família que aprendemos a nos relacionar com os outros, com diferenças, diversidades e limitações de cada um. Portanto, a inclusão começa a ser construída em casa, pois as pessoas com deficiência e sua família são os principais agentes para que esta aconteça.

Vale ressaltar que, quando falamos em alunos com necessidades educativas especiais, não estamos nos referindo somente a educandos com alguma deficiência física ou mental, segundo Lebedeff, Pereira et al (2005)

O conceito de alunos com necessidades educativas especiais não se limita a um grupo de crianças, jovens ou adultos que tenham algum tipo de deficiência mental, limitações sensoriais ou neurológicas, é um conceito que abrange qualquer diferenciação ou necessidade de recursos pedagógicos diferenciados no processo de aprendizagem escolar. Podem-se incluir nesse conceito, ou grupo, as crianças com atraso na escolarização, com dificuldades escolares não permanentes, com um “simples” atraso ou disfunção na fala, com menor possibilidade de atenção concentrada nas atividades escolares, com dificuldade de relacionamento com os colegas, bem como aquelas que não participam das atividades e as que apresentam condutas agressivas. (p.44)

A participação da família juntamente com a sociedade é decisiva neste processo. Porém, muitos pais sentem-se inseguros e ficam sem saber como agir e decidir o que é melhor para seu filho, esquecendo que sua participação é fundamental para a qualidade de vida da criança.

Em uma sociedade inclusiva, a relação FAMÍLIA x ESCOLA deve ser de cooperação e interação, ambas caminhando juntas na direção do atendimento adequado as necessidades especiais da criança. Os objetivos a serem alcançados e as decisões a serem tomadas, devem ser discutidas e trabalhadas entre todos os envolvidos. É muito importante que a família esteja presente em todos os momentos, principalmente na escola, participando de decisões e fazendo valer os seus direitos, lutando por melhores condições de vida para todos.

A escola tem um papel muito importante na vida de cada cidadão. Com a vida escolar, temos a oportunidade de conviver com diferentes pessoas, reconhecendo e aprendendo, que todos nós temos características próprias. Com estas experiências, a criança vai agindo e construindo sua forma de pensar, criando um jeito próprio de se relacionar com o mundo.

Através do processo de inclusão todos aprendem e se beneficiam, crianças que não possuem deficiência aprendem a reconhecer e valorizar as diferenças, e crianças com deficiência aprendem a conviver e lidar com sua deficiência em um novo ambiente, fora do círculo familiar, ao qual estão acostumados. Essa convivência trará muitos benefícios ao seu desenvolvimento e ao futuro, pois a escola é um recurso de toda a comunidade e a representa tal como ela é.

Assim, a escola deve garantir condições para que os alunos possam se relacionar e se locomoverem em todos os ambientes da escola, e quando necessário, uma pessoa para auxiliá-los (monitora), dando oportunidades iguais para todos, pois a constituição de 1988 assegura a igualdade de condições de acesso e permanência no sistema educacional a todos.

É importante valorizar cada aluno dentro de suas individualidades e tempo de aprendizagem. Escolas exclusivas e com um único método de ensino já estão mais que ultrapassadas, pois todas as escolas tem o compromisso de utilizarem métodos diferenciados para atender todos os alunos, e assim oferecerem educação de qualidade para todos.

Com a diversidade na escola, os alunos colaboram e juntos constroem o conhecimento, através de suas experiências e diferenças. Sendo assim, as aulas tornam-se mais ricas e diversificadas e com mais possibilidades de garantir o aprendizado do aluno.

Quando nos deparamos com uma pessoa com deficiência que se encaminhou bem na vida, logo temos a certeza que por trás desta, há uma família que ao invés de se deixar abater e acomodar-se diante das dificuldades lutou sem desanimar, reuniu apoio e incentivo, buscando soluções juntamente com a escola. O sucesso da educação inclusiva depende desta aliança participativa entre família e escola, pois para que qualquer mudança obtenha sucesso, é preciso que haja um grande esforço em conjunto e pessoas unidas pelo mesmo objetivo.

Ana Paula Rodrigues da Silva

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília : 1996.

LEBEDEFF, Tatiana Bolivar; PEREIRA, Isabella Lima e Silva (Ed.). Educação especial: olhares interdisciplinares. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2005.

SILVA, Sonia Das Graças Oliveira. A relação família/escola, 2008.

Qual é o papel da família no processo de inclusão?

A família, por sua vez, fica empoderada e se mantém informada em relação à deficiência e com relação aos seus direitos e responsabilidades, podendo colaborar com informações e ideias, participar de decisões, contribuindo, portanto, para a mudança de hábitos e aprimoramento de técnicas para efetivar o processo de ensino ...

Qual o papel da família na construção de uma sociedade mais inclusiva?

É na família que são desenvolvidos valores, hábitos e ideias sobre as coisas e o mundo, e é nela que aprendemos a nos relacionar com os outros. Portanto, a construção dessa sociedade inclusiva começa em casa. Os pais e as próprias pessoas com deficiência são seus principais agentes.

Qual o papel da família no processo de inclusão e aprendizagem de seus filhos de suas crianças?

A família é a instituição mais importante onde a criança está inserida, sendo ela responsável pelo cuidado e plena formação deste cidadão. É na família que ela encontrará apoio para se desenvolver nos aspectos cognitivo, social, entre outros.

Como a família pode contribuir para a inclusão social das pessoas com deficiência?

– Buscar estimulações específicas, atendimento especializado e programas de atendimento com enfoque em diferentes formas de comunicação e envolvimento da família; – Procurar atividades estruturadas, claras e sistemáticas e estilo de aprendizagem individual para proporcionar experiências significativas e funcionais.