A contribuição de Roma para o mundo do seu tempo e para o que hoje constitui a civilização que conhecemos foi bastante relevante. Show
O Império Romano é um épico na história do Ocidente. Ele surge 27 anos do nascimento de Cristo, e chegou a ocupar praticamente toda a Europa Ocidental, inclusive a Bretanha, o Norte da África, e o Leste do Oriente Médio. Durou até o ano de 476 da era atual. O legado cultural está até hoje influenciando as nossas vidas.A Origem da Civilização Romana – O nascimento de Roma ocorreu por volta do ano 1000 a.C. quando povos sabinos e latinos ergueram uma fortificações, onde futuramente se localizaria a cidade, com o intuito de deter invasões etruscas. Foi a origem do que viria a ser o Império Romano. A história conta uma origem mítica para a criação da cidade, a partir da lenda dos irmãos gêmeos Rômulo e Remo. Eles teriam sido abandonados ao nascer, e foram salvos graças a uma loba que os acolheu e amamentou. Diz a lenda que após crescerem, teriam derrotado o usurpador do trono de sua avô e fundado Roma. Rômulo teria sido o primeiro rei de Roma, dando origem a uma Monarquia. Depois, sucedida por uma República conquistadora, sendo esta, por sua vez, sucedida por um Império. Toda esta história do “Império Romano” você vai aprender nesta aula agora. Para que você possa ter uma dimensão territorial do que foi o Império Romano, olhe atentamente para o mapa abaixo. Observe no mapa da Itália (em forma de uma bota). Ali está indicada a capital, “Roma”. Agora, examine toda a área em verde ao Sul, ao Norte, ao Leste e a Oeste. Esta extensa área com aproximadamente 6 milhões de quilômetros quadrados esteve sob o domínio da civilização romana, que se originou de um pequeno povoado da Península Itálica. A MonarquiaEntão a primeira forma de governo em Roma, que vocês devem entender para este conteúdo do Enem, foi a Monarquia. Durante a Monarquia a sociedade estava dividida entre patrícios (grande proprietários rurais) e plebeus (comerciantes, camponeses e pequenos proprietários de terras). O senado era formado exclusivamente por patrícios. Esta corte era uma instituição importante, sendo que o rei acumulava funções executivas judiciais e religiosas. O último rei de Roma foi Tarquínio, expulso de Roma pelo senado. A República RomanaO senado, então, aboliu a monarquia e implantou a república. Dentre os períodos que normalmente se divide a história de Roma, a República é um dos pontos fortes para estudar para a prova do Enem. As maiores conquistas territoriais de Roma ocorreram durante a república, mas a hegemonia patrícia foi pouco a pouco combatida pelos plebeus. Além de ocupavam as fileiras do exército e garantirem a segurança dos domínios de Roma, os plebeus começaram a exigir leis que lhes garantissem maiores direitos. Embora reformas tenham sido feitas para amenizar a tensão entre estes dois grupos, elas nunca deixaram de existir, pois a desigualdade social era muito grande. A Civilização RomanaVeja com o professor Felipe Oliveira, do Curso Enem Gratuito, os principais aspectos da Civilização Romana durante as fases da Monarquia e da República. As dicas sobre a Monarquia e a República:
A Escravidão na Civilização RomanaNa sociedade romana uma classe que aumentou muito seus números, durante a republica, foram os escravos. Estes eram capturados em guerras durante a expansão e a produção começou a depender cada vez mais de sua força de trabalho. Com o prestígio adquirido nas guerras e as tensões sociais entre os grupos, alguns líderes militares (generais) tomaram o poder. Os vários golpes militares sinalizaram a ruína em que se encontrara o poder republicano e abriram espaço para o Império. O Império no século I a.C.Esta foi à última forma de governo em Roma. No século I a.C. o general Otávio se tornou o primeiro imperador. Mas imenso império conquistado pelos romanos iria ruir por diversos fatores, entre eles a dificuldade de manutenção e controle de suas fronteiras. Foi durante o império que a religião oficial de Roma se modificou. O antigo culto aos deuses e seus rituais deram lugar a uma religião monoteísta nascida no oriente; o cristianismo. No início os imperadores romanos perseguiram os cristãos e condenaram a morte seus seguidores. Mas, acabaram por se converter e disseminar a nova religião dentro das fronteiras do império. Porém, o império romano já estava fragilizado. A vasta extensão de seu território e seus inúmeros problemas internos acabariam por levá-lo a ruína. Nem mesmo a divisão do império em duas partes foi capaz de evitar sua queda. Por volta do século III as invasões bárbaras deram o último golpe que dissolveu o império romano do ocidente. Apesar dos romanos terem sido derrotados – preste atenção nessa parte importante, para você mandar bem na nas provas do Enem, suas práticas, conceitos, saberes e a religião cristã ajudaram a moldaram a feição do mundo ocidental que estava por surgir. Da junção entre saberes bárbaros e romanos se formou a Europa Feudal. Resumo sobre o Império RomanoConfira com o professor Felipe Oliveira, do canal do Curso Enem Gratuito, os principais aspectos da constituição, da expansão, apogeu e declínio do Império Romano. As dicas do professor Felipe:
O Legado de RomaNo campo religioso os romanos foram politeístas até a ascensão cristã, ao fim do império. Suas divindades eram ligadas ao cotidiano geral da civilização, e suas cerimônias estavam inseridas em assuntos militares, agrícolas, artes e mesmo o comércio. Desta maneira, as divindades se assemelhavam ou assimilavam as divindades gregas com outros nomes e/ou representações (Júpiter é Zeus/ Minerva é Atenas, entre outros). A aproximação a cultura grega ocorreu também nas artes. O teatro foi intensamente explorado pelos romanos, as obras de Homero e outros grandes autores gregos foram traduzidas para o latim. Nomes como Políbio, Tito Lívio e Plutarco figuram como grandes historiadores, algumas das principais obras biográficas de governantes, generais, entre outros próceres da antiguidade são de autoria de Plutarco. Tito Lívio escreveu a obra História de Roma, composta por 142 volumes. Durante o governo de Otávio Augusto Roma viveu o período de ouro de sua cultura. Por todo o império, sobremaneira a capital, recebeu um grande numero de obras arquitetônicas com influências variadas, como por exemplo, o arco e a abóboda. Em se tratando de entretenimento, considerando o grande número de escravos, grande parte da população livre possuía muito tempo de ócio, elemento perigoso para a manutenção da paz. Assim sendo, diversas formas de entretenimento foram criadas, entre elas as arenas de gladiadores. Pão e Circo no ColiseuO Coliseu, certamente a mais famosa, era palco de confrontos, muitas vezes até a morte entre gladiadores e mesmo homens contra animais ferozes capturados em todas as partes do império. A política do pão e circo foi justamente criada e aplicada para evitar que o grande numero de homens livres se revolta-se contra o Estado. A filosofia latina foi profundamente marcada pela filosofia grega e correntes filosóficas como estoicismo, epicurismo, ceticismo e cinismo marcaram o período de hegemonia romana. O imperador Marco Aurélio foi considerado um grande filósofo estóico. Outra grande contribuição cultural romana foi o direito romano. Para se ter uma ideia, o direito praticado hoje em nosso país deriva de tradições e códigos de leis romanos. O direito em Roma era dividido em três áreas distintas, privado, estrangeiro e público. As leis romanas, a partir do período republicano seriam compiladas no “Jus Civile” (código civil). Além disso, algumas expressões comuns no mundo jurídico provem de Roma e seu idioma, o Latim. (ex: Habeas Corpus, Habeas Data, stricto sensu). Além disso, o português, o francês, o italiano e o espanhol, entre outros idiomas, derivam diretamente do latim. Por fim, desde o início do império, a partir do governo dos primeiros imperadores, o cristianismo, doutrina baseada nas pregações e vida de cristo foi proibida e perseguida pelo Estado romano. No entanto, já no ocaso do grande império, Constantino (imperador) liberou e ajudou a organizar a religião, e por fim, de proibido, o cristianismo viria a se tornar um dos maiores legados da cultura e período de dominação romana para as civilizações ocidentais. Basta observar que a própria hierarquia católica segue o padrão do império, sendo o papa (dentro da doutrina católica) comparado à figura do imperador. O fim do Império RomanoAo fim da Idade Antiga, segundo a divisão clássica da história ocidental, e início da dita Idade Média, por volta do século IV, o Império Romano do Ocidente sofria com as diversas invasões dos povos bárbaros. Já sua sede no oriente, conhecida como Império Bizantino, sendo sua capital Constantinopla (hoje Istambul). Esta dimensão oriental do Império Romano foi aos poucos tornando-se uma das potências mais influentes na região entre Europa e Ásia da época. Após uma série de invasões bárbaras, saques e destruição, Roma, que liderava o Império do Ocidente, foi definitivamente tomada em 476 d.C. Esse foi o fim do Império Romano do Ocidente e, a partir de então, existiu apenas o Império Romano do Oriente, chamado posteriormente de Império Bizantino. Veja como foi o ciclo do Império Bizantino, que perdurou por mil anos, até o final da Idade Média. Dicas de filmes sobre o Império Romano: Duas dicas de filmes que podem ajudar na compreensão deste conteúdo de história para Enem são: Gladiador e Roma. Ao assistir o filme Gladiador, pense na política do “pão e circo” para entreter a população. E veja que ela surtia efeito. Já Roma é uma série da HBO, muito bem produzida e que retrata o final da República e início do Império. EXERCÍCIOS sobre a Civilização Romana1. (CPS 2011) Os combates de gladiadores surgiram no sul da Itália, chegaram a Roma no meio século III a.C. e foram oficializados pelo Senado, em 105 a.C. Inicialmente realizados durante as cerimônias fúnebres, pouco a pouco eles foram perdendo seu caráter sagrado e se transformaram em manifestações laicas, no início da era cristã. Apesar de escravos, os gladiadores eram esportistas de alto nível, pois cabia aos promotores das lutas oferecerem um espetáculo de qualidade. Esses combates representavam, para os gladiadores, cair nas graças da multidão, fato que os levava à fama. Para conquistar o reconhecimento do povo, cidadãos importantes, desde líderes locais até o próprio imperador, ofereciam esses espetáculos ao público. O governo de Otávio
Augusto (30 a.C.- 14 d.C.), visando aumentar a popularidade e diminuir as revoltas dos pobres da cidade de Roma, ampliou a “política do pão e circo”. Sobre esse momento da história romana, é válido afirmar que 2. (Ufpr 2011) O cristianismo católico tornou-se religião oficial do Império Romano no ano de 380 d.C., data da edição do famoso édito de Tessalônica, outorgado pelo Imperador Teodósio. Desde a sua criação até este momento, a caminhada foi dura e difícil para os seguidores de Cristo. Exemplo disso foram as perseguições movidas por alguns imperadores romanos, eternizadas pelos relatos fantásticos e emotivos de vários escritores e
historiadores cristãos. a) O ódio e a intolerância tanto das autoridades como da população pagã do mundo romano, que viam na figura de Cristo e na comunidade cristã uma ameaça ao poder do Imperador. 3 .(Fuvest) A expansão de Roma durante a República, com o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais: a) marcado processo de industrialização, êxodo urbano, endividamento do Estado. 4. (Ufv) A respeito das classes que compunham a sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afirmar que: a) os “plebeus” podiam casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conseguiam quitar suas
pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão social. RESPOSTAS 1. D No governo de Otávio Augusto, as lutas de gladiadores faziam parte do que denominamos política do “pão e circo”. Ou seja, para aliviar as tensões sociais, eram promovidos espetáculos de luta com distribuição de comida na entrada dos jogos. Isto servia para distrair a população e impedir maiores revoltas. 2. D Os cristãos, devido a suas crenças, não consideravam o Imperador um deus, e se recusavam a adorá-lo. Foram identificados por esse motivo com os “bárbaros” e considerados uma ameaça a estabilidade política e religiosa do império. 3. D Durante a República, Roma expandiu muito suas fronteiras e isto significou um enriquecimento do Estado romano, devido as riquezas obtidas das novas regiões conquistadas. Além disso a expansão fez aumentar muito o numero de escravos e aparecer uma rica classe de comerciantes. 4. B Os plebeus eram formados por camponeses, artesãos, comerciantes e pequenos proprietários rurais. Dica: Revise também o período monárquico de Roma! Veja este excelente post do professor Bruno: https://blogdoenem.com.br/roma-antiga-monarquia-e-republica/ Qual foi o principal legado dos romanos para o Ocidente?Por fim cabe destacar que o principal legado deixado pelos romanos foi o cristianismo, uma religião nascida no Império Romano, que tinha nas suas bases a tradição judaica que pregava a crença na chegada de um messias à Terra, aquele que seria responsável por salvar os pecadores.
Qual o legado GregoLegado grego: Artes, literatura e filosofia.
Sem dúvida as contribuições que o mundo grego fez ao conceito de sociedade ocidental são inúmeras, dentre elas destacam-se as artes, que detém grandes expoentes em obras arquitetônicas como o panteão grego abaixo e as manifestações religiosas em vasilhames e vitrais.
O que os romanos deixaram para nós?A civilização romana influenciou e influencia diversos povos, é inegável o legado romano para humanidade. Cultos religiosos públicos realizados pelos romanos. Ao longo de sua história, a cultura romana foi nitidamente influenciada por diferentes povos.
Qual a importância do Direito Romano para o mundo ocidental?A importância do direito romano concentra-se no fantástico desenvolvimento e refinamento atingidos principalmente no campo do direito civil. O que chamamos hoje de direito romano representa um milênio de desenvolvimento do pensamento e dos sistemas jurídicos, que atingiu o seu auge no direito clássico.
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