Qual o melhor classificação do Brasil na história dos Jogos Olímpicos em qual edição?

Beijing 2022 será a nona edição do Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno. Uma trajetória que começou em 1992, através de nove pioneiros que estiveram em Albertville. Carregaram a bandeira de um país cujas condições climáticas e de relevo do seu território não permitem uma íntima aproximação às modalidades que demandam por baixas temperaturas. Tampouco é reconhecido internacionalmente por eles.

Todavia, é uma caminhada de décadas, com obstinados brasileiros - apaixonados pelo esporte e longes dos holofotes - que pouco a pouco têm aberto uma estrada em meio ao gelo e à neve e construído uma bela história Olímpica.

Em oito edições de Jogos desde 1992, foram 35 atletas (10 mulheres e 25 homens) que representaram o Brasil em oito esportes. Desde então, os números crescem ao passo que os resultados, também. Isabel Clark terminou em nono lugar no snowboard em Turim 2006. Em Sochi 2014 o país teve sua maior delegação de sempre: 13 competidores em sete modalidades. Em PyeongChang 2018 o Brasil participou da final na patinação artística com Isadora Williams, para além da terceira maior delegação das Américas, atrás do Canadá e dos Estados Unidos.

O Olympics.com convida você a viajar nos anos e relembrar um pouco da história Olímpica de Inverno do Brasil e seus pontos altos.

Primeiras edições

A primeira participação do país em Jogos de Inverno também foi a primeira vez em que eles foram transmitidos ao vivo para o Brasil, pela extinta "Rede Manchete"- quatro anos antes boletins dos Jogos Calgary 1988 foram exibidos.

Christian Mundar (BRA) em ação no downhill do esqui alpino durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Albertville, em foto de 8 de fevereiro de 1992.

Na última vez em que Jogos de Verão e de Inverno aconteceram no mesmo ano - 1992 -, sete brasileiros representaram o país (uma mulher e seis homens) em Albertville, todos no esqui alpino. Uma parte da participação do Brasil foi financiada pelo programa Solidariedade Olímpica, do Comitê Olímpico Internacional (COI). A outra parte saiu do bolso dos próprios atletas.

O melhor resultado obtido foi com Christian Munder, que ficou na 41ª posição na disciplina do downhill. Evelyn Schuler terminou em 40º lugar entre 44 competidoras no slalom gigante. Na prova masculina da mesma disciplina, Sérgio Schuler chegou em 64º e Marcelo Apovian, em 73º.

Dois anos depois, Munder foi o único representante do Brasil nos Jogos Lillehammer 1994 e terminou na 50ª colocação no downhill do esqui alpino.

Nos Jogos de Nagano 1998, o único brasileiro que participou foi Marcelo Apovian, no Super-G do esqui alpino.

Salt Lake City 2002

Bem maior foi a delegação brasileira para esses Jogos, nos Estados Unidos. O país esteve representado no bobsled, no luge, no esqui alpino e no esqui cross-country.

Equipe Brasil-1 com Eric Maleson, Matheus Inocêncio, Edson Bindilatti e Cristiano Paes no bobsled de 4 atletas durante os Jogos Olímpicos de Inverno Salt Lake City 2002

O Brasil esteve presente com 10 atletas, sendo oito homens e duas mulheres. A edição de 2002 foi a primeira em que o país participou do bobsled (com Cristiano Rogério Paes, Edson Bindilatti, Eric Maleson e Matheus Inocêncio), tendo finalizado na 27ª posição. Bindilatti tinha 21 anos na época e até hoje faz parte da equipe nacional da modalidade, em busca da quinta participação em Jogos de Inverno.

Turim 2006

Com nove representantes (três mulheres e seis homens) em quatro modalidades (bobsled, esqui alpino, esqui cross-country e snowboard), foi a edição com a melhor participação do Brasil na história.

A carioca Isabel Clark obteve o nono lugar na disciplina do snowboard cross. Na fase de classificação ficou na sexta posição. Nas quartas de final, por pouco não obteve o segundo lugar e a classificação para a semifinal. Na bateria que definiu as posições finais de nove a doze, chegou na frente e terminou em nono. Clark havia acabado de dar ao Brasil o melhor resultado de sempre em uma modalidade nos Jogos de Inverno.

"Estou muito contente pelas descidas que eu fiz, mais até do que pelo resultado. Estou muito emocionada. Espero que isso sirva de exemplo para todos os brasileiros que gostam do esporte."

-Isabel Clark, para o canal Sportv, após a prova

Vancouver 2010

Na sexta participação do Brasil em Jogos de Inverno, cinco atletas representaram o país em três esportes: Esqui alpino, esqui corss-country e snowboard.

No slalom gigante do esqui alpino, a fluminense Maya Harrisson terminou na 48ª colocação e o paulista Jhonathan Longhi em 56º. No cross-country, Jacqueline Mourão disputava a sua segunda edição de Jogos e terminou em 67º, enquanto que Leandro Ribela, no masculino, em 90º. Já no snowboard, Isabel Clark não avançou da fase de classificação.

Sochi 2014

Foi a maior delegação brasileira na história dos Jogos de Inverno, com 13 participantes em sete esportes. Foi a edição em que o Brasil fez a sua estreia na patinação artística, com Isadora Williams. Além dela, Jaqueline Mourão participou no biatlo e no esqui cross-country. Isabel Clark, pela terceira vez, no snowboard, enquanto que Josi Santos esteve na disciplina dos aéreos do esqui estilo livre.

Maya Harrisson, em sua segunda participação Olímpica, esteve no slalom e slalom gigante do esqui alpino. Compuseram a dupla feminina de bobsled: Fabiana dos Santos e Sally da Silva, obtendo a 19ª colocação.

Isabel Clark (BRA) durante a competição de snowboard cross dos Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014

Foto: 2014 Getty Images

Entre os homens, Jhonathan Longhi desceu as montanhas do Cáucaso no slalom gigante do esqui alpino. O paulista Leandro Ribela uma vez mais marcou a presença do Brasil no esqui cross-country. Depois de ter ficado de fora da edição de Vancouver, um quarteto brasileiro no bobsled esteve em Sochi, com Edson Bindilatti, Edson Martins, Fábio Silva e Odirlei Pessoni.

Isadora Williams (BRA) durante a patinação artística dos Jogos Olímpicos PyeongChang 2018

Foto: 2018 Getty Images

PyeongChang 2018

Na participação mais recente do Time Brasil em Jogos de Inverno, foram nove os brasileiros na República da Coreia, em cinco esportes: bobsled, esqui alpino, esqui cross-country, patinação artística e snowboard.

Resultado histórico para o país. O grande destaque verde-e-amarelo nesses Jogos foi Isadora Williams, na patinação artística. Com mãe brasileira e pai estadunidense, Isadora nasceu em uma cidade perto de Atlanta, na Geórgia, em 1996, tem a dupla cidadania, patina desde os cinco anos de idade e compete pelo Brasil desde os 13. Depois de participar da edição em Sochi 2014, decidiu se dedicar ao sonho de estar presente em PyeongChang 2018. O trabalho valeu a pena, e Isadora obteve a classificação para a final Olímpica, a primeira sul-americana a conseguir a vaga.

"O apoio dos torcedores brasileiros me ajudou muito, é muito gratificante. Realmente espero que surjam novos talentos no Brasil depois de verem uma atleta representar o país em um palco Olímpico."

-Isadora Williams, para a "Rede do Esporte"

Beijing 2022

O Brasil terá 11 atletas (um deles reserva no bobsled) nos Jogos de Inverno. Veja a lista completa aqui. Quem fará história desta vez?

Edson Bindilatti, Edson Martins, Jefferson Sabino e Erick Vianna durante treino da equipe brasileira de bobsled em São Caetano do Sul/SP

Foto: Buda Mendes

Qual a melhor classificação do Brasil durante a história dos Jogos Olímpicos?

Melhores Conquistas Na edição de 1920 das Olimpíadas, onde participou pela primeira vez, o Brasil teve a melhor colocação no Quadro de Medalhas, ficando na 15ª posição. Em Atlanta, na Olimpíada de 1996 foram conquistadas 15 medalhas, sendo 3 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze, o maior total de medalhas conseguidas.

Qual é o melhor resultado olímpico no Brasil?

As brasileiras bateram as russas Veronika Kudermetova e Elena Vesnina por 2 sets a 1, parciais de 4-6, 6-4 e 11-9 no super tie-break. A vitória estabelece o melhor resultado do tênis brasileiro em toda a história das Olimpíadas.

Qual foi a melhor participação do Brasil nas Olimpíadas de Inverno?

Turim 2006 Com nove representantes (três mulheres e seis homens) em quatro modalidades (bobsled, esqui alpino, esqui cross-country e snowboard), foi a edição com a melhor participação do Brasil na história.