Qual o principal critério utilizado por Geiger na regionalização do Brasil em complexos geoeconômicos?

No ano de 1964, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger elaborou uma divisão regional do Brasil com o propósito de compreender as principais mudanças ocorridas na época, como os efeitos do processo de industrialização e urbanização. Sua regionalização é utilizada até hoje para fins didáticos.

Como critérios, além de utilizar os aspectos socioeconômicos, considerou os fatores históricos de formação do território brasileiro em coesão com a economia. Com base nessas escolhas, Pedro Pinchas Geiger dividiu o Brasil em três complexos regionais ou geoeconômicos: Centro-Sul, Nordeste e Amazônia.

Diferentemente da regionalização oficial do IBGE, as divisões dos Complexos Regionais não seguem os limites das fronteiras estaduais, ou seja, um estado pode estar em mais de uma região de acordo com suas características econômicas e históricas, como é o caso de Minas Gerais, onde a porção norte se encontra no complexo regional Nordeste e a porção sul no Centro-Sul.

Complexo Regional Centro-Sul

O Complexo Regional Centro-Sul corresponde ao espaço mais industrializado e urbanizado do país, apresentando modernas empresas agrícolas e os dois principais pólos econômicos nacionais, São Paulo e Rio de Janeiro, que subordinam e polarizam as demais partes do país. Sendo responsável pela maior parte do PIB (Produto Interno Bruto), possui atividades diversificadas que intensificam o fluxo migratório para esta região, concentrando 70% da população brasileira.

Complexo Regional do Nordeste

O Complexo Regional do Nordeste é resultado de seu processo histórico de formação, onde se encontram espaços econômicos tradicionais como o da Zona da Mata açucareira, com áreas mais novas como a Zona da Mata Cacaueira, causando uma intensa ocupação na faixa litorânea. Essa região apresenta os piores índices socioeconômicos de mortalidade infantil e analfabetismo, principalmente nas áreas menos habitadas do interior, onde algumas delas, sofrem com a seca.

Complexo Regional da Amazônia

Este Complexo Regional é marcado pelo seu grande vazio populacional, apresentando porém uma grande concentração populacional nas cidades de Manaus e Belém. As atividades agrícolas e de extrativismo animal, vegetal e mineral, ainda mobilizam grande parte da população dessa região. Possui atualmente uma grande importância na fabricação de motocicletas e aparelhos eletrônicos na Zona Franca de Manaus.

Table of Contents

  • Complexo Regional Centro-Sul
  • Complexo Regional do Nordeste
  • Complexo Regional da Amazônia
  • 1. Região geoeconômica da Amazônia
  • 2. Região geoeconômica do Centro-sul
  • 3. Região geoeconômica do Nordeste
  • Regiões geoeconômicas e Divisão regional do Brasil

Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país, em três Regiões Geoeconômicas ou Complexos Regionais. ... De acordo com Geiger, são três as regiões geoeconômicas: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste. Os Complexos Regionais do Brasil ou Regiões Geoeconômicas do Brasil são uma regionalização criada pelo geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger, na década de 1960. Essa divisão levou em consideração não apenas a localização dos estados, mas seus aspectos naturais e socioeconômicos. A divisão do Brasil em regiões geoeconômicas obedeceu à dinâmica estrutural da economia brasileira, envolvendo as diferenças industriais, comerciais e financeiras do território nacional, fatores que não necessariamente coincidem com as divisas estaduais. Existe outra forma de regionalizar o Brasil, de uma maneira que capta melhor a situação sócieconômica e as relações entre sociedade e o espaço natural. Trata-se da divisão geoeconômica do país em três grandes complexos regionais: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia. Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país em regiões geoeconômicas ou complexos regionais. Essa divisão baseia-se no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. São elas: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Essa classificação foi elaborada em 1967 pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, considerando que essas regiões possuem aspectos naturais, históricos, humanos, sociais e econômicos bem distintos. A divisão do Brasil em regiões geoeconômicas segue, principalmente, critérios socioeconômicos, mas não é ainda oficial. ... Essa outra proposta de regionalização tem como critérios os aspectos naturais e, principalmente, os socioeconômicos, são as chamadas regiões geoeconômicas do Brasil. No entanto, além dessa regionalização do território nacional, existe outra divisão regional (não oficial), conhecida como regiões geoeconômicas do Brasil: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. De acordo com Geiger, são três as regiões geoeconômicas: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste. Essa organização regional favorece a compreensão das relações sociais e políticas do país, pois associa os espaços de acordo com suas semelhanças econômicas, históricas e culturais. Regionalizar é dividir ou classificar o espaço geográfico a partir de critérios específicos. Assim sendo, eu posso classificar qualquer porção do espaço em várias áreas conforme uma característica que eu tenha escolhido antes. Por exemplo: vou regionalizar a área da minha casa. A regionalização é importante, pois ela facilita os estudos, análises, intervenções dos poderes públicos e ações governamentais em um determinado espaço, que foi delimitado por alguns critérios, como: renda, aspectos sociais, características regionais e naturais, formação social, economia, setor econômico, dentre ... O Brasil possui 3 regiões geoeconômicas, também chamadas de macrorregiões econômicas ou complexos regionais. São elas: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Além da divisão regional oficial do Brasil realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existe outra regionalização brasileira (não oficial), a geoeconômica. Essa regionalização divide o território do Brasil em três macrorregiões: a Amazônica, o Nordeste e o Centro-Sul. O principal critério utilizado nessa regionalização é o “meio técnico-científico-informacional”. Como a informação e as finanças são diferentemente irradiadas pelo território brasileiro, formam “quatro brasis”, representados pela Região Amazônica, Região Nordeste, Região Centro-Oeste e Região Concentrada.

Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país em regiões geoeconômicas ou complexos regionais. Essa divisão baseia-se no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. Dessa forma, busca-se refletir a realidade do país e compreender seus mais profundos contrastes.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br. Acesso em: 23ago. 2012 (adaptado).

No ano de 1964, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger elaborou uma divisão regional do Brasil com o propósito de compreender as principais mudanças ocorridas na época, como os efeitos do processo de industrialização e urbanização. Sua regionalização é utilizada até hoje para fins didáticos.

Como critérios, além de utilizar os aspectos socioeconômicos, considerou os fatores históricos de formação do território brasileiro em coesão com a economia. Com base nessas escolhas, Pedro Pinchas Geiger dividiu o Brasil em três complexos regionais ou geoeconômicos: Centro-Sul, Nordeste e Amazônia.

Mapa dos Complexos Regionais ou Geoeconômicos de Pedro Pinchas Geiger – (sem a sigla dos estados)

Mapa dos Complexos Regionais ou Geoeconômicos de Pedro Pinchas Geiger – (com a sigla dos estados)

Diferentemente da regionalização oficial do IBGE, as divisões dos Complexos Regionais não seguem os limites das fronteiras estaduais, ou seja, um estado pode estar em mais de uma região de acordo com suas características econômicas e históricas, como é o caso de Minas Gerais, onde a porção norte se encontra no complexo regional Nordeste e a porção sul no Centro-Sul.

Complexo Regional Centro-Sul

O Complexo Regional Centro-Sul corresponde ao espaço mais industrializado e urbanizado do país, apresentando modernas empresas agrícolas e os dois principais pólos econômicos nacionais, São Paulo e Rio de Janeiro, que subordinam e polarizam as demais partes do país. Sendo responsável pela maior parte do PIB (Produto Interno Bruto), possui atividades diversificadas que intensificam o fluxo migratório para esta região, concentrando 70% da população brasileira.

Complexo Regional do Nordeste

O Complexo Regional do Nordeste é resultado de seu processo histórico de formação, onde se encontram espaços econômicos tradicionais como o da Zona da Mata açucareira, com áreas mais novas como a Zona da Mata Cacaueira, causando uma intensa ocupação na faixa litorânea. Essa região apresenta os piores índices socioeconômicos de mortalidade infantil e analfabetismo, principalmente nas áreas menos habitadas do interior, onde algumas delas, sofrem com a seca.

Complexo Regional da Amazônia

Este Complexo Regional é marcado pelo seu grande vazio populacional, apresentando porém uma grande concentração populacional nas cidades de Manaus e Belém. As atividades agrícolas e de extrativismo animal, vegetal e mineral, ainda mobilizam grande parte da população dessa região. Possui atualmente uma grande importância na fabricação de motocicletas e aparelhos eletrônicos na Zona Franca de Manaus.

O Brasil possui 3 regiões geoeconômicas, também chamadas de macrorregiões econômicas ou complexos regionais. São elas: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul.

Essa classificação foi elaborada em 1967 pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, considerando que essas regiões possuem aspectos naturais, históricos, humanos, sociais e econômicos bem distintos.

Para compreender melhor a localização de cada uma delas, veja o mapa abaixo:

Mapa das regiões geoeconômicas do Brasil: Amazônia (1), Centro-Sul (2) e Nordeste (3)

1. Região geoeconômica da Amazônia

Estados abrangidos: Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, parte oeste do Maranhão e grande parte do Mato Grosso.

Informações gerais: maior região macroeconômica e que abrange cerca de 60% do território nacional. Possui baixa densidade populacional abrigando menos de 10% da população do país, sendo a região menos desenvolvida de todas. Nesse complexo regional está localizada a Floresta Amazônia, a maior floresta tropical do mundo.

Problemas Sociais e econômicos: má distribuição de renda e falta de acesso à saúde e a educação.

Cidades de maior destaque: Manaus e Belém.

Principais atividades econômicas: agropecuária, extrativismo vegetal, mineração, indústria (com destaque para a zona franca de Manaus).

2. Região geoeconômica do Centro-sul

Estados abrangidos: pequena parte do sul do Mato Grosso e do sul de Tocantins, Mato Grosso do Sul, Goiás, grande parte de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Informações gerais: segunda maior região macroeconômica que abrange cerca de 25% do território nacional. É a região mais urbanizada e populosa de todas, abrigando cerca de 70% da população brasileira. Dos complexos regionais é o mais desenvolvido, apresentando altos índices de desenvolvimento social e econômico com bons acessos à saúde e a educação.

Problemas sociais e econômicos: má distribuição de renda, altos índices de desemprego, favelização e desigualdade social.

Cidades de maior destaque: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte.

Principais atividades econômicas: agropecuária, mineração, exploração petrolífera e indústria.

3. Região geoeconômica do Nordeste

Estados abrangidos: parte leste do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e uma parcela do norte de Minas Gerais.

Informações gerais: menor região macroeconômica que abrange cerca de 15% do território nacional e abriga 20% da população brasileira. Dos três complexos regionais é o único que está dividido em 4 sub-regiões devido aos contrastes existentes em cada uma delas. São elas: Meio norte, Sertão, Agreste e Zona da Mata.

Mapa das sub-regiões nordestinas: Meio norte (1), Sertão (2), Agreste (3) e Zona da Mata (4)

Problemas sociais e econômicos: má distribuição de renda, que gera diversos problemas sociais, tais como a pobreza, o analfabetismo, a favelização e a violência.

Cidades de maior destaque: Fortaleza, Salvador, Recife e São Luís.

Principais atividades econômicas de cada sub-região:

  • Meio norte: agricultura, pecuária e extrativismo vegetal.
  • Sertão: agricultura e pecuária.
  • Agreste: agricultura, pecuária e indústria.
  • Zona da Mata: agricultura, exploração de petróleo e indústria.

Regiões geoeconômicas e Divisão regional do Brasil

Diferente da classificação das regiões geoeconômicas, que desconsidera os limites estaduais, a oficial divisão regional do Brasil engloba 5 regiões: norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul. Estas são determinadas pelos limites políticos-administrativos das unidades da federação.

Mapa das regiões do Brasil: norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul

Leia também:

  • Regiões Brasileiras
  • Estados do Brasil
  • Mapa do Brasil

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2002.

Quais foram os critérios utilizados pelo geógrafo brasileiro Pedro Geiger para regionalizar o Brasil?

Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país em regiões geoeconômicas ou complexos regionais. Essa divisão baseia-se no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização.

Que critério é definido na regionalização de Geiger para delimitar os complexos regionais?

Os critérios adotados para a delimitação dessas três regiões foram os aspectos naturais e, principalmente, as características socioeconômicas.

Quais são os principais critérios de regionalização das regiões geoeconômicas?

A divisão regional geoeconômica do Brasil utilizou como critérios os aspectos naturais, sociais e, principalmente, os econômicos. Essa divisão proporciona uma melhor análise do desenvolvimento econômico do Brasil, além de permitir um estudo mais aprofundado das causas da desigualdade social no país.

Quais são os complexos regionais da regionalização de Geiger?

De acordo com Geiger, são três as regiões geoeconômicas: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste. Essa organização regional favorece a compreensão das relações sociais e políticas do país, pois associa os espaços de acordo com suas semelhanças econômicas, históricas e culturais.