Quantos prestadores de serviços existem no Brasil?

Entre os três setores da economia, o que vem mais crescendo no Brasil desde as últimas décadas do século XX é o setor terciário, composto pela atividade comercial e também pela prestação de serviços. Essa é, na verdade, uma tendência mundial, que ocorreu em maior grau nos países desenvolvidos e que agora também vem se manifestando nos países emergentes, entre os quais o nosso país se inclui.

O setor de serviços – como também costuma ser chamado no setor terciário –, passou a ganhar uma maior relevância na economia do Brasil a partir da década de 1970, quando se expandiu em função do crescimento da industrialização do país. Afinal, por causa da intensificação e difusão da atividade industrial, aumentaram as demandas por diversos serviços, principalmente aqueles referentes ao transporte e à comunicação.

Além da industrialização, outro fenômeno socioespacial que serve de justificativa e entendimento do crescimento do setor terciário no Brasil foi a expansão da urbanização, que também predominou a partir da segunda metade do século XX. Essa, além de ocorrer de forma acelerada, foi caracterizada pela concentração populacional nas grandes capitais, demarcando a formação e expansão das metrópoles brasileiras. Nesses espaços, a demanda por serviços e a prática do comércio comumente apresentam ritmos de crescimento exponencial.

Em 1950, o setor de serviços no Brasil era responsável por cerca de 26,4% da força de trabalho empregada no país e por 49,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 1973, esses valores passaram, respectivamente, para 39,1% e 52,2%, indicando a tendência progressiva em termos de crescimento desse setor econômico.

Atualmente, o setor terciário emprega mais de 70% da população brasileira. Entre as causas desse panorama, podemos destacar:

a) o processo de êxodo rural e diminuição proporcional do número de empregos no campo;

b) a emergência do sistema de produção flexível da indústria, gerando menos empregos nesse setor e exigindo uma maior qualificação profissional de seus trabalhadores;

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c) o crescimento do consumo da população, que fez que o setor comercial passasse a receber mais investimentos internos e estrangeiros;

d) a intensificação do processo de globalização no Brasil, que proporcionou a expansão de práticas relacionadas com o setor terciário, tais como a telecomunicação, os transportes e outros;

e) o processo de terceirização, ou seja, a designação de serviços específicos para empresas especializadas (limpeza, vigilância, entregas etc.);

Entre os aspectos negativos do crescimento do setor terciário no Brasil, destacam-se: a elevada informalidade dos empreendimentos e a redução dos direitos trabalhistas e salariais dos empregados.

Muitos dos investimentos direcionados ao setor terciário provêm de micro e pequenas empresas, embora também tenha se elevado o número de conglomerados comerciais internacionais que passaram a investir no Brasil. No entanto, boa parte dos empregos gerados nessas empresas menores não é corretamente formalizada, muito em função da elevada burocracia existente, o que faz com que uma grande quantidade de impostos não seja recolhida e que haja muitos trabalhadores não registrados.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam que 98% dos estabelecimentos do setor terciário brasileiro são de micro e pequenas empresas, mas que estas empregam apenas 52% de todos os trabalhadores contra 48% das médias e grandes marcas. Assim, além da irregularidade, crescem também os postos de trabalho caracterizados pela precaridade nas condições de exercício e também pelas baixas remunerações.

Portanto, o desafio para o governo brasileiro é tentar controlar o processo de crescimento do setor terciário em termos de geração de empregos em associação à promoção de facilidades que visem ao registro dos trabalhadores informais. Essa perspectiva precisa incluir aqueles que vivem, em muitos casos, à margem da lei, como vendedores ambulantes, camelôs improvisados e outros.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Quantos prestadores de serviços existem no Brasil?

Quantos prestadores de serviços existem no Brasil?

Setor de transportes impulsiona alta dos serviços em 2021 Douglas Rodrigues 10.fev.2022 (quinta-feira) - 9h28

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,4% em dezembro, na comparação com novembro. Com o resultado, o setor fechou 2021 com avanço de 10,9%, eliminando as perdas do ano anterior, quando começou a pandemia.

Os dados foram divulgados nesta 5ª feira (10.fev.2022) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eis a íntegra (2 MB).

Quantos prestadores de serviços existem no Brasil?

O percentual de 2021 foi a maior taxa para um fechamento de ano desde o início da séria histórica, iniciada em 2012. O número, porém, representa mais um efeito estatístico, porque o salto ocorre depois do tombo recorde de 7,8% que foi registado em 2020.

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, de 2020 para 2021 houve uma alta de 2,2% no setor.

Quantos prestadores de serviços existem no Brasil?

“Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial“, afirmou.

“Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial.”

Quantos prestadores de serviços existem no Brasil?
Lobo disse que houve alta em todas as atividades. Os segmentos que mais se destacaram no ano foram transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,1%) e informação e comunicação (9,4%). Com o aumento, as duas atividades superaram as quedas de 7,6% e 1,6%, respectivamente, registradas em 2020.

Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%); serviços prestados às famílias (18,2%); e outros serviços (5,0%).

No caso de serviços profissionais, administrativos e complementares e serviços prestados às famílias, o crescimento de 2021 não foi suficiente para compensar as perdas de 2020 (respectivamente, -11,4% e -35,6%).

Já a atividade de outros serviços vem registrando aumento desde 2018, tendo crescido 6,8% em 2020.

O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira: 73,3% do Produto Interno Bruto.

Quantos prestadores de serviços existem no Brasil?

Quantos prestadores de serviço tem no Brasil?

Além disso, o painel de empresas do Data Sebrae mostra que existem 8,64 milhões de empresas de serviços ativas no país, em comparação com 6,61 milhões de comércios, 1,90 milhão de fábricas, 1,36 milhão de empresas da construção civil e 697 mil negócios agropecuários (dados de maio de 2020).

Quantas empresas de serviço existem no Brasil?

Número de empresas segundo o segmento de serviço - Brasil - 2014.

Quais são os prestadores de serviços?

Exemplos de empresas prestadoras de serviços:.
Marketing digital..
Conserto de computadores..
Reparos de eletrodomésticos..
Contabilidade..
Assessoria de imprensa..
Banho e tosa..
Limpeza e dedetização..

Quais os serviços mais prestados no Brasil?

As atividades que mais se destacaram no ano foram transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,1%) e informação e comunicação (9,4%). Com o aumento, as duas atividades superaram as quedas de 7,6% e 1,6%, respectivamente, registradas em 2020.