Que atividade o professor pode realizar para ajudar as crianças com disgrafia?

30 jun Categoria: Crescimento

Que atividade o professor pode realizar para ajudar as crianças com disgrafia?

A escrita é uma forma de comunicação que irá acompanhar a criança para o resto da vida, inclusive na vida adulta. Ter uma caligrafia legível irá influenciar todo o histórico escolar da criança, desde o ensino infantil até à faculdade. Sem contar na vida profissional, na qual, muitas vezes, ter uma caligrafia agradável é de extrema importância.
Entretanto, muitas crianças apresentam características de disgrafia, e muitas vezes pode ser confundida com a dislexia (mas não são o mesmo transtorno). A disgrafia não é só ter uma letra ilegível, mas pode apresentar outras deficiências na escrita, como a coerência.
A disgrafia é considerada um transtorno da escrita. Ela possui relação com o desenvolvimento emocional e afetivo da criança. Dessa maneira, não há relação com lesões cerebrais ou ensino falho do colégio.

O que caracteriza disgrafia e suas causas

Ter uma letra feia não é apenas questão de estética, o texto ilegível pode sim ser um transtorno na criança. Essa deficiência na escrita pode estar relacionada a problemas emocionais, comportamentais e até físicos.
Para perceber se a criança apresenta um quadro de disgrafia os pais devem perceber alguns sinais comuns, que caracterizam a disgrafia na caligrafia da criança. Por exemplo, a formação irregular e pobre das letras, ou com tamanhos inadequados e que variam: letras largas, pequenas, grandes.
Outros fatores que demonstram a disgrafia é a sobreposição de letras, espaçamento irregular, ausência de alinhamento, e erros na utilização de letras maiúsculas e minúsculas. Portanto, é recomendado que os pais acompanhem as crianças em suas tarefas de casa, e observem os cadernos escolares.
É importante entender que a caligrafia é apenas um resultado de diversos outros fatores motores e cognitivos. Por isso, a disgrafia tem relação direta com deficiência nesses fatores.
As causas da disgrafia são:

  • Pobreza nas competências motoras;
  • Instabilidade no temperamento;
  • Deficiência na percepção de imagens, principalmente de letras e palavras.

Como reverter a disgrafia?

Primeiramente, após a identificação da disgrafia, a escola e os pais devem ter uma reunião para acertar certos procedimentos. É importante que o professor diminua a influência da escrita no aprendizado daquele aluno, ou seja, substituir e adaptar exercícios sem que haja perda de conhecimento.
A escola também deve oferecer materiais e instrumentos para que o aluno melhore a caligrafia. Essa atenção especial será importante para reverter o quadro do aluno, que não deve se sentir pressionado, culpado ou inferiorizado. Mas sim estimulado.
Uma dica é criar horários para treinos ao longo da semana, isolados do horário de aula. O aluno pode exercer atividades em casa, por exemplo. E, depois disso, aplicar aos poucos no cotidiano e nas atividades escolares.
Outra recomendação importante é estimular o aluno a analisar a própria escrita. Entre outras palavras, por meio de atividades de autocorreção, o aluno irá rever os próprios erros e julgar a estética da letra, comparando com um modelo. Isso irá despertar o senso crítico, que deve ser desenvolvido.
Aos poucos, a atividade pode abranger a letra de outras pessoas, como a letra de familiares. É importante não estimular a correção da caligrafia de colegas, isso pode gerar uma disputa e até mesmo exclusão ou bullying.

Que atividade o professor pode realizar para ajudar as crianças com disgrafia?

A disgrafia é uma dificuldade de aprendizagem que afeta as crianças.  Saiba como diagnosticar a Disgrafia infantil e identificar as suas possíveis causas e os diversos sintomas. Aprenda dicas para tratar a trabalhar a disgrafia em casa e no contexto escolar.

Disgrafia é um transtorno da escrita, uma dificuldade motora no ato de escrever, que afeta a qualidade da escrita.  A criança com esta dificuldade apresenta uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas proporcionadas, a típica “má letra”.

Esta dificuldade surge nas crianças com adequado desenvolvimento emocional e afectivo, onde não existem problemas de lesão cerebral, alterações sensoriais ou história de ensino deficiente do grafismo da escrita.

Exemplo de Disgrafia

Que atividade o professor pode realizar para ajudar as crianças com disgrafia?

Quais os Sintomas de Disgrafia?

Identificar os sintomas de disgrafia ajuda a diagnosticar a criança com esta dificuldade de escrita. Listamos os sintomas mais comuns desta dificuldade de aprendizagem:

  • Má organização da página;
  • Texto sem unidade, desordenado;
  • Aspeto do conjunto “sujo”;
  • Letras deformadas;
  • Choques entre as letras;
  • Traços de má qualidade;
  • Letras corrigidas diversas vezes;
  • Enlaces mal feitos;
  • Espaços entre as linhas e palavras irregulares, linhas mal mantidas;
  • Pouco grau de nitidez entre as letras;
  • Dimensões exageradas (muito grandes ou pequenas);
  • Desproporção entre pernas e hastes;
  • Postura gráfica incorrecta;
  • Preensão e suporte inadequados dos instrumentos de escrita;
  • Ritmo de escrita muito lento ou muito rápido;
  • Dificuldades na escrita de números e letras;
  • Dificuldades de imitar o que vê (martelar, amarrar sapatos, fazer mímicas);
  • Fenómenos dolorosos geralmente por hipertonia de mão e dedos;
  • Dificuldades para copiar letras e outros símbolos pois não oferecem pista dos padrões motores que se deve usar;
  • Desenhos distorcidos, mal colocados na folha, sem proporção ou planeamento e pobres em detalhes;
  • Excessiva inclinação da folha ou ausência de inclinação.

Quais as Causas da Disgrafia?

Identificar as causas da disgrafia pode ser complexo, pois os fatores que a determinam são diversos:

Causas Maturativas – relacionadas com alterações da lateralidade e da eficiência psicomotora (motricidade e equilíbrio). Normalmente, estas crianças são desajeitadas do ponto de vista motor, apresentam uma escrita irregular ao nível da pressão, velocidade e traçado e perturbações na orientação espacial.

Causas Caracteriais – associadas à personalidade da criança, influenciam o aspeto do grafismo da criança (estável/instável, lento/rápido). Esta causa também está relacionada com fatores psicoafectivos, pois a criança vai refletir na escrita o seu estado e tensão emocional.

Causas Pedagógicas –  a forma de ensinar e mesmo a velocidade da aprendizagem pode causar transtornos na escrita:

  • Instrução rígida e inflexível, sem respeito pelas características individuais;
  • Erro no diagnóstico do grafismo;
  • Deficiente orientação no processo de aquisição da mestria motora;
  • Orientação inadequada na mudança de “letra à máquina” para “letra à mão”
  • Objectivos demasiado ambiciosos;
  • Materiais inadequados ao ensino;
  • Incapacidade para ensinar a posição correcta do papel e dos movimentos base da escrita.

Qual a melhor forma de tratar a Disgrafia?

O primeiro passo para ajudar uma criança com disgrafia é estabelecer um relacionamento genuíno, assegurando que se sente segura e apoiada. Tanto em casa como na escola, algumas estratégias podem ajudar a criança com disgrafia a melhorar a sua escrita, trabalhando o desenvolvimento psicomotor e o grafismo:

  • Ensinar uma postura correta na cadeira e secretária;
  • Fazer exercícios gráficos, como labirintos e cadernos pontilhados;
  • Realizar exercícios de motricidade fina;
  • Dedicar momentos apenas à escrita (caligrafia);
  • Realizar atividades pictográficas (pintura, desenho, modelagem);
  • Fazer exercícios para trabalhar a forma, tamanho, inclinação das letras, o aspeto do texto, a inclinação da folha e a manutenção das margens e das linhas;
  • Ensinar a criança a auto-verbalizar a forma das letras;
  • Utilizar ajudas físicas ou verbais, movendo a mão do aluno, ou providenciando indicadores tais como pontos ou setas nas letras.

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Sobre o Autor

Que atividade o professor pode realizar para ajudar as crianças com disgrafia?

Cláudia Pereira

Educadora Social, formadora certificada, especialista em educação, dificuldades de aprendizagem e necessidades educativas especiais.
Empreendedora digital, criativa e apaixonada por implementar novas ideias!

Que atividades o professor pode realizar para ajudar as crianças com disgrafia?

7 Selecione quais destas atividades são importantes para ajudar crianças com disgrafia na legibilidade: Explicitar e treinar a melhor forma de segurar no lápis. Utilizar formas de ensino do alfabeto que explicitem a direção correta das letras. Reforçar a aprendizagem das letras com orientação espacial semelhante.

Qual atividade realizada em sala de aula é difícil para uma criança com disgrafia?

As atividades realizadas em sala de aula que são difíceis de serem feitas por crianças com disgrafia são desenho, recorte e pintura, ou seja, todas as opções estão corretas (letra D).

Qual a melhor forma de tratar a disgrafia?

O tratamento para disgrafia varia e pode incluir terapia para controlar os movimentos de escrita e ajudar na memória. Para algumas pessoas com disgrafia, a terapia ocupacional e treinamento de habilidades motoras podem melhorar a capacidade de escrever.

Como trabalhar Disortografia em sala de aula?

Conheça algumas estratégias eficazes para auxiliar essas pessoas:.
Incentivar a percepção e memória visual do aprendente;.
Elogiar as produções do educando, principalmente quando ele escrever corretamente, isso levantará sua autoestima;.
Observe as trocas mais frequentes que o aluno apresenta;.