Composta por Marília Mendonça em junho de 2018, a música “Segundo Amor de Sua Vida” surgiu na web e encantou os fãs da eterna e saudosa Rainha da Sofrência. A artista, que foi uma das cinco vítimas fatais de um acidente de avião em 05 de novembro do ano passado, em Minas Gerais, não chegou a lançar a canção. Show
No vídeo do trecho que viralizou na web, é possível observar uma tela de um telefone celular que reproduz o áudio, registrado por Marília em 29 de junho de 2018. Ela canta o refrão: “Que azar o meu/ E que sorte a dela/ Eu amando você, você amando ela/ Eu só quero você, você só quer conselho/ Porque será que ela te trata desse jeito/ Que azar o meu/ E que sorte a dela/ Eu amando você, você amando ela/ Tenta lá, se não der certo me avisa/ Posso ser o segundo, terceiro ou quarto/ Amor da sua vida”. O resgate da gravação feito por um fã-clube no último dia 29 de janeiro, no entanto, tem causado comoção por conta da ausência da cantora, que vai completar três meses de morte no próximo dia 5. A gravação caseira foi um guia para a melodia da música, que acabou sendo gravada pela dupla Rayane & Rafaela com algumas adaptações. Elas ainda mudaram o nome da música para “Amor da Sua Vida”. A faixa passou a fazer parte do DVD “Amando e Sofrendo Vol. 1”, lançado em janeiro de 2021. A letra da canção retrata uma paixão não correspondida entre amigos. Enquanto ele está apaixonado por outra pessoa e só pede conselhos à autora da sofrência, ela espera que ele enxergue seu sentimento e desista do outro amor. Veja : Linn da Quebrada elogia Marília Mendonça Após áudio de música inédita de Marília Mendonça circular na internet na quarta-feira, 02 de fevereiro, a gravadora Som Livre exigiu que o conteúdo fosse retirado do Instagram. A decisão partiu do escritório Workshow, que administra o catálogo da cantora.
FÃS RECUPERAM OUTROS TRECHOSNo YouTube, é possível encontrar o mesmo vídeo com a gravação de Marília Mendonça publicado por outros fãs em abril e junho de 2020. Nele, a artista também canta o trecho de uma outra composição, chamada “Prejuízo dividido”, com os versos “Pra você traição parece uma besteira/ Foi pouco amor ou foi muito grande a rasteira/ Eu perdoei da boca pra fora/ Porque você se desculpou mentindo/ Se da minha parte faltou confiança/ Da sua parte faltou compromisso”.
Confira a letra de “Amor da sua vida” na íntegra:Essa é forte, viu? Mas qualquer coisa eu tô aqui Que azar o meu e que sorte a dela Que azar o meu e que sorte a dela Ela não tem culpa Se ela não quiser, já tem quem vai querer, viu? Que azar o meu, que sorte a dela
Siga OFuxico no Google News e receba alertas sobre as principais notícias sobre famosos, novelas, séries, entretenimento e mais! Quem não conhece pelo menos uma canção do Chico Buarque (1944) de cor? Um dos maiores nomes da música popular brasileira, Chico é autor de grandes clássicos que marcaram gerações. Compositor de mãos cheias, Chico Buarque é criador desde canções de amor a composições engajadas que teciam duras críticas à ditadura militar. Relembre conosco doze dos seus grandes trabalhos musicais. 1. Construção (1971)Gravada pela primeira vez em 1971, Construção é tão importante que virou título do álbum em que está inserida. Além de ser um dos maiores sucessos de Chico Buarque, a música tornou-se também um dos grandes clássicos da MPB. A composição foi criada durante os duros anos de chumbo da ditadura militar. A letra da canção é um verdadeiro poema que conta a história de um trabalhador da construção civil que sai de casa pela manhã, enfrenta toda a dureza cotidiana e caminha em direção ao seu tráfico fim.
Vamos com o eu-lírico acompanhando os detalhes do dia-a-dia do homem não nomeado. Com um tom dramático, o trabalhador acaba morrendo no anonimato, se resumindo a atrapalhar o tráfego. A letra é uma espécie de poema-protesto e pretende, através da narração da breve história, tecer uma forte crítica social. Saiba mais sobre a Música Construção, de Chico Buarque. 2. Cálice (1973)Escrita em 1973 e lançada cinco anos mais tarde devido à censura, Cálice faz uma crítica escancarada à ditadura militar ("Como é difícil acordar calado"). Chico Buarque foi um dos artistas que mais compôs canções contra o regime militar que se encontrava no poder na época. Cálice é uma dessas criações engajadas, que proclama a resistência e convida o ouvinte a pensar na então condição política e social do país.
A letra faz uma menção à uma passagem bíblica presente em Marcos: "Pai, se queres, afasta de mim este cálice". A escolha da palavra foi precisa porque, para além de fazer referência ao trecho sagrado, o título da canção também se confunde com a palavra "cale-se", que era bastante sensível tendo em conta a repressão derivada dos anos de chumbo no país. Descubra mais sobre a Música Cálice de Chico Buarque. 3. Apesar de Você (1970)Outra música que é um registro do tempo histórico em que foi concebida é Apesar de Você, uma das poucas criações que o cantor assumiu ter inventado para fazer frente ao regime militar. A canção foi concebida num ano muito sensível para o país: ao mesmo tempo que a seleção conquistava o tricampeonato mundial, a censura e a repressão durante o governo Médici se tornavam cada vez mais duras.
Era para o então presidente Médici que a composição se dirigia. Praticamente por um milagre os censores não viram a crítica social por trás da letra e aprovaram a música, que foi gravada e divulgada. Depois de ter feito enorme sucesso, um jornal publicou que Apesar de você seria uma homenagem ao presidente. Com a revelação feita, a gravadora foi invadida e muitos exemplares do disco foram destruídos. Como consequência também Chico Buarque foi convocado pelos censores para esclarecer se a música era ou não era uma crítica ao regime. O compositor negou se tratar de uma canção política, mas já com a instituição do regime democrático assumiu que era, sim, uma música de combate às ideologias militares. 4. A Banda (1966)A canção criada em 1966 venceu o II Festival de Música Popular Brasileira, realizado também em 1966. A Banda foi a música que projetou o então pouco conhecido cantor carioca para todo o país. Criada no princípio da ditadura militar, A Banda, com o seu ritmo alegre e festivo, não tinha o tom combativo das canções que eram suas contemporâneas. Em termos de estrutura, ela se constrói como uma espécie de crônica do bairro, enfocando em figuras cotidianas, personagens vulgares. A letra narra como a banda, ao passar, distrai e entretém as pessoas ao redor. Ao longo dos versos vamos reparando como o estado de espírito das pessoas muda radicalmente quando elas são tocadas pela música.
5. João e Maria (1976)Composta numa parceria entre Sivuca (música) e Chico Buarque (letra), a valsinha João e Maria é, antes de mais nada, uma canção de amor que narra os encontros e desencontros de um casal apaixonado. A melodia foi criada em 1947 por Sivuca e só foi letrada quase trinta anos mais tarde, em 1976. O olhar do eu-lírico parte de um ponto de vista quase infantil (vale lembrar que o próprio título da canção faz uma alusão ao clássico conto de fada). A letra é baseada numa hipotética conversa de crianças, vemos, por exemplo, a amada ser comparada à uma princesa. Observamos, ao longo da letra, diversas imagens características da psique da criança: a figura do cowboy, a presença dos canhões, a imponência do rei. Aliás, a letra de Chico é profundamente imagética e ergue e destrói cenários rapidamente.
6. Vai Passar (1984)Composta em meados da década de oitenta (para ser mais precisa, a canção foi lançada em 1984), em parceria com Francis Hime, Vai Passar é um samba animado que faz referência a um momento específico da história do Brasil. Grande crítico da ditadura militar, Chico Buarque usava as suas letras para se posicionar politicamente, divulgando uma espécie de manifesto anti-regime.
Ao longa dos versos o eu-lírico visita períodos da história do nosso país, lembramos, por exemplo, os saqueamentos que o Brasil sofreu enquanto ainda era colônia de Portugal. Vemos também personagens como os barões e os escravos (aqui aludidos pela menção as construções: "levavam pedras feito penitentes"). A canção é construída de modo a termos a sensação que assistimos a um desfile de carnaval. Durante o percurso vemos cenas da história colonial brasileira mescladas com referências ao período da ditadura militar. A música celebra a esperança em dias melhores e estimula a resistência, tentando deixar para trás os anos de chumbo. 7. Futuros Amantes (1993)Uma linda canção de amor, assim poderia ser caracterizada Futuros Amantes, composta por Chico Buarque em 1993. Procurando transmitir a noção de que tudo tem o seu tempo, o eu-lírico celebra um amor paciente, adiado, que permanece através dos anos a espera do momento certo para desabrochar.
O amor aqui é tido como o avesso da paixão juvenil, que corrói e rapidamente se mostra perecível. Na letra de Chico Buarque os versos invocam um amor atemporal - não apenas carnal -, que vence todas as dificuldades supera todas as barreiras. A imagem do Rio de Janeiro submerso é também poderosíssima, com a figura do mergulhador (o escafandrista) a procura de registros de como foi a vida naquele espaço e durante aquele tempo. A cidade resiste com os seus objetos e mistérios, assim como o amor paciente do eu-lírico. 8. Roda Viva (1967)Composta em 1967, a canção faz parte da peça Roda Viva, que contou com a direção de José Celso Martinez, do Teatro Oficina, e foi a primeira peça de teatro escrita por Chico Buarque. A montagem original ficou conhecida porque houve forte perseguição e censura à produção. Em 1968 o Teatro Ruth Escobar (em São Paulo) foi invadido durante a encenação. Homens depredaram o espaço e agrediram com cassetetes e socos-ingleses os atores e a equipe técnica da peça. A letra de Roda Viva está intimamente ligada ao período em que foi composta e faz uma crítica à ditadura militar.
Ao longo dos versos, o eu-lírico aborda a passagem do tempo e reflete sobre a fugacidade da vida. Mas, acima de tudo, a canção se revela como um hino contra os anos de chumbo e a repressão. Percebemos como o sujeito poético deseja ser ativo na luta e ter a sua voz ouvida. A letra representa todos aqueles que queriam participar de um jogo democrático e serem cidadãos com direito à questionamentos e à liberdade. 9. Geni e o Zepelim (1978)A extensa música Geni e o Zepelim fez parte do musical Ópera do Malandro. A protagonista da letra é uma mulher que escolhe se relacionar com muitos homens e, por ter tomado essa decisão, acaba por ser julgada socialmente. Apesar da letra ter sido composta no final dos anos setenta, infelizmente ela ainda toca em questões bastante contemporâneas como o sexismo e o preconceito contra as mulheres.
A mulher que protagoniza a composição tem a sua moral questionada e a sua reputação se consagra única e exclusivamente pelo número de homens com quem esteve. Vemos na letra de Chico como a escolha pessoal de Geni de se deitar com diversos parceiros faz com que quem está ao seu redor a condene, a agrida, a marginalize e a julgue sem dó nem piedade. O caráter de Geni é posto à prova pela sua conduta sexual liberta. 10. O Que Será (À Flor da Pele) (1976)A canção O que será foi composta para o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, baseado no romance de Jorge Amado. Apesar de carregar esse título, a música ficou conhecida por muitos como À Flor da Pele.
Aqui também Chico faz menção aos anos de chumbo e ao regime de medo e repressão provocado pela censura. Ao longo dos versos assistimos ao mistério e a dúvida que pairavam naquele momento sobre o país. As informações não eram transmitidas, os conteúdos precisavam ser aprovados por censores e a população não tinha acesso ao que de fato se passava. Por outro lado, O Que Será também pode ser interpretada sob o ponto de vista de uma relação amorosa. A letra serve como pano de fundo para ilustrar a vida boêmia e as preocupações que o amado dava à Dona Flor, protagonista do filme. A canção se encerra com um certo conformismo e com a constatação de que o parceiro, Vadinho não se regeneraria. 11. Cotidiano (1971)A canção composta por Chico no princípio dos anos setenta fala da rotina de um casal a partir do olhar do amado. A letra se inicia com o raiar do dia e se encerra com o beijo dado na hora de dormir. Os versos dão conta dos hábitos e costumes presentes numa vida à dois.
Observamos ao longo dos versos a dinâmica do casal, desde as frases que são cotidianamente trocadas aos pequenos gestos de amor que parecem se perder na rotina. Assistimos, inclusive, as dinâmicas em termos de horários. Está presente na letra a noção da repetição e da monotonia presente na vida a dois, mas também ganha relevo o sentimento de companheirismo e cumplicidade que brotam de um relacionamento de longo prazo. 12. O meu amor (1978)Conhecido por ter uma sensibilidade ímpar capaz de traduzir os sentimentos das mulheres, Chico Buarque em uma série de letras usa um eu-lírico feminino para se expressar. O meu amor é um exemplo desse gênero de canção onde o sujeito poético explora as hesitações consideradas típicas do lado feminino do casal.
A letra trata de um relacionamento amoroso a partir da perspectiva da mulher. O olhar sobre o amado mostra a multiplicidade de afetos envolvidos numa relação de casal. Os sentimentos variam desde a paixão fulminante, passa pela luxúria até alcançar o afeto puro e a constância da cumplicidade. Em O meu amor a parceira fala não só da personalidade do amado como também da relação de amor que os dois desenvolveram com o passar do tempo. Cultura Genial no SpotifyGostou de relembrar algumas das músicas mais encantadoras do Chico? Então experimente também ouvir essas composições preciosas na playlist que preparamos especialmente para você! Conheça também
Quem compôs a música uma vida a mais?Composição: Gabriel Agra / Juliano Tchula / Maraisa / Marília Mendonça.
Quantas músicas Marília Mendonça deixa?Antes de morrer, Marília Mendonça deixou uma série de trabalhos prontos. De acordo com informações do Ecad, Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, a cantora deixou 324 músicas e 391 gravações dela e de parceiros cadastradas.
Quem escreveu a música Eu Sei de cor?Apresentada esta semana no YouTube, a primeira faixa do DVD Realidade é a música Eu sei de cor, composição de autoria de Danillo Davilla, Elcio di Carvalho, Lari Ferreira e Junior Pepato.
De quem é letra da música estrelinha?Estrelinha (part. Di Paullo e Paulino) - Marília Mendonça - LETRAS.MUS.BR.
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