Dor na sola do pé o que pode ser

Dor na sola do pé o que pode ser

A dor na sola dos p�s pode ser causada por diversas situa��es, sendo as principais:

  1. Espor�o do calc�neo - Uma situa��o caracterizada pela calcifica��o do ligamento do calcanhar, havendo a sensa��o de que houve uma forma��o de um pequeno ossinho no local, o que causa dor e desconforto, principalmente quando se coloca o p� no ch�o ou quando se fica muito tempo em p�.
  2. Inflama��o da f�scia - A f�scia � um tecido que reveste os tend�es na planta dos p�s e a sua inflama��o, que tamb�m recebe o nome de fascite plantar, e pode acontecer devido a longas caminhadas, uso de sapato muito apertado, uso de salto alto frequentemente ou ser consequ�ncia do excesso de peso.
  3. Entorse do p� - A entorse do p� � uma das les�es mais frequentes em atletas, sendo muito comum durante uma corrida, por exemplo. A entorse � caracterizada pela tor��o exagerada do tornozelo, o que faz com que os ligamentos da regi�o sejam esticados excessivamente, podendo romper e causar sintomas como dor na sola do p�, incha�o e dificuldade para caminhar.
  4. Excesso de atividade f�sica - O excesso de atividade f�sica tamb�m pode deixar a sola do p� dolorida, pois dependendo do exerc�cio pode levar � inflama��o dos tecidos e dos tend�es do local, resultando na dor e no desconforto.
  5. Forma de pisar errada - Dependendo de como a pessoa pisa no ch�o, pode haver sobrecarga em alguma parte do p�, podendo resultar em dor no calcanhar, nos dedos e no sola do p�.

  • André Biernath - @andre_biernath
  • Da BBC News Brasil em Londres

6 maio 2022

Dor na sola do pé o que pode ser

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A fascite plantar envolve pontadas no calcanhar, que fazem o indivíduo acometido andar na ponta dos pés

A pessoa desperta após uma boa noite de sono, se levanta da cama e, na hora em que coloca os pés no chão, sente um choque ou uma pontada no calcanhar, que vem de baixo para cima. Ela precisa, então, andar na ponta dos dedos enquanto se troca, vai ao banheiro ou prepara o café da manhã.

Essa cena, que acontece em algum momento da vida com até 10% da população, é a descrição típica de uma doença conhecida como fascite plantar.

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Ela costuma aparecer após a terceira ou quarta década de vida e é causada por uma série de fatores, que vão desde o uso de sapatos inadequados até o excesso de peso.

"Trata-se de uma dor que afeta muito a qualidade de vida da pessoa e, caso não seja tratada, pode levar a outras disfunções nos joelhos, no quadril e até na coluna", alerta a ortopedista especialista em pés Fernanda Catena, do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.

A boa notícia é que o tratamento desse problema evoluiu muito nos últimos anos — hoje em dia, existem opções de fisioterapia e intervenções no local da dor que permitem apelar para cirurgias só em último caso.

Mas, antes de saber os detalhes de todas essas opções terapêuticas, é preciso entender o que é fascite plantar.

Uma 'ponte' que liga dedos e calcanhar

A fáscia plantar é um ligamento que nós temos nos pés. Ela é responsável por conectar o calcanhar com os ossos dos dedos.

"Essa estrutura é importante para a qualidade da marcha e a propulsão dos passos. Quando tiramos os pés do solo, esse movimento depende em grande parte do trabalho da fáscia plantar", ensina Catena.

O problema é que este ligamento pode inflamar por uma série de motivos, sobre os quais falaremos mais adiante.

"E a inflamação, que geralmente se concentra na base do calcanhar e gera a dor, é o que chamamos de fascite plantar", diz o ortopedista especialista em pés e tornozelos Marco Túlio Costa, que trabalha no Instituto Cohen e no Hospital Israelita Albert Einstein, ambos na capital paulista.

Antigamente, se acreditava que a fascite estava relacionada ao aparecimento de um esporão, uma formação óssea que supostamente apertava o ligamento.

"Hoje, sabemos que a dor está relacionada com a própria inflamação", diferencia o médico, que também é chefe do Grupo de Pé e Tornozelo da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Mas, afinal, o que inflama essa estrutura tão importante para nossos movimentos?

Fatores de risco sem fim

Costa explica que uma das causas mais comuns da fascite é a falta de alongamento da musculatura que compõe as coxas e as pernas.

"Se esses músculos não estão suficientemente alongados, há uma sobrecarga para os pés, especialmente para as fáscias."

"Outro causador frequente da fascite são os impactos repetitivos que provocam microtraumas, como aqueles que aparecem nos corredores de rua", exemplifica o especialista.

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A fáscia plantar (em azul claro à esquerda e em cinza na base do pé à direita) dá sustentação e permite os movimentos das passadas

A própria formação do corpo também pode estar por trás do problema: pés chatos (sem aquela curvatura natural) ou muito arqueados também são promotores de inflamação na fáscia.

Nesse contexto, não dá pra ignorar o impacto do sobrepeso ou da obesidade — os quilos extras geram uma carga excessiva sobre ossos, articulações, tendões e ligamentos — e do uso inadequado de calçados, que tiram o balanço natural dos pés.

Por fim, Catena lembra dos fatores biológicos que instigam o quadro. "Indivíduos mais velhos, com diabetes descontrolado ou que fumam podem sofrer mais com a inflamação que afeta diferentes partes do organismo, como a fáscia", complementa.

Nem toda dor no pé é fascite

Agora que você já entendeu o básico sobre esse problema, é importante fazer um alerta: só o médico pode fazer o diagnóstico adequado e propor o melhor tratamento.

"Muitas vezes, recebemos no consultório pacientes que dizem ter fascite plantar. Daí, quando examinamos, descobrimos que a dor não é na região do calcanhar, mas, sim, no peito do pé ou na ponta dos dedos", relata Catena.

Esses outros incômodos podem ser causados por várias condições, como microfraturas, inflamação no calcanhar de aquiles, tendinites, joanetes, calos…

E, para cada uma delas, há um tratamento específico — afinal, de nada adianta ficar tomando anti-inflamatórios sem parar quando o seu problema está num osso trincado ou em dedos deformados de tanto usar salto alto de bico fino.

Para fechar o diagnóstico da fascite plantar, além da análise física, feita durante a consulta, o ortopedista pode requisitar alguns exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética.

Problema detectado, chegou a hora de conhecer as opções para resolver (ou aliviar) a situação.

Arsenal terapêutico ampliado

Foi-se o tempo que a cirurgia era a única opção disponível para lidar com as agulhadas no calcanhar.

A primeira linha de cuidados envolve sessões de fisioterapia e exercícios de alongamento ou fortalecimento muscular, com foco especial nas pernas e nos pés.

"Para aliviar a dor e a inflamação, sugerimos colocar uma garrafinha de 600 ml com água no refrigerador até congelar. Depois, o paciente fica rolando o objeto no chão com a planta dos pés", indica o ortopedista.

"O uso de calçados de boa qualidade, como tênis que tem uma boa capacidade de amortecimento, também ajuda", complementa.

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As cirurgias contra a fascite plantar só está indicada para a minoria de casos que não melhora com fisioterapia, exercício e infiltrações

Tratar possíveis fatores que promovem a inflamação — como tabagismo, excesso de peso e diabetes — é outra ação que permite cortar o mal pela raiz.

Ainda dentro das recomendações básicas, a prática de atividades físicas é essencial, especialmente para aqueles que precisam emagrecer. O segredo aqui é buscar uma modalidade que não force tanto os pés, mas permita queimar calorias. Nesse cenário, natação e ciclismo geralmente são boas opções.

Se as primeiras tentativas falharem, o médico costuma partir para uma segunda estratégia.

"Podemos utilizar uma terapia de ondas de choque, feita por meio de um aparelho, ou realizar infiltrações e injeções no local afetado", exemplifica Catena.

A meta é promover a regeneração do ligamento e acabar com aquela inflamação toda.

Esse conjunto de alternativas funciona em mais de 90% das vezes. Porém, caso o pé continue a doer após seis meses de tentativas frustradas, será preciso apelar para a cirurgia.

"Costumo dizer que, se o paciente não alonga os músculos e a fáscia adequadamente, eu terei que fazer isso com o bisturi", brinca Costa.

Mas mesmo as intervenções cirúrgicas ficaram mais simples nos últimos tempos. "Atualmente, os cortes são menores e podem ser feitos por via endoscópica, através de furinhos menos invasivos", conta o médico.

Alguns especialistas também preconizam que a operação seja feita nos músculos da perna, e não na fáscia plantar, já que, em muitos casos, a falta de alongamento dessas estruturas gera a inflamação no ligamento da planta do pé.

E, claro, todos esses recursos — dos mais simples aos rebuscados — funcionam melhor se o diagnóstico da fascite é feito logo nos estágios iniciais.

Isso garante menos dor, menor risco de complicações em outras partes do corpo e pés livres e leves para caminhar ou correr sem grandes preocupações.

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O que fazer para aliviar a dor na sola do pé?

6 formas de combater a dor nos pés | Hospital Proncor.
Fazer um escalda pés. ... .
Deitar com os pés para cima. ... .
Massagear com óleos essenciais. ... .
Fazer um banho de contraste. ... .
Fazer movimentos com os pés. ... .
Rolar uma bolinha debaixo do pé.

O que pode causar muita dor na sola do pé?

A dor na sola dos pés, pode ser causada por diversas situações, e uma hipótese comum é a fascite plantar, que geralmente é uma lesão rápida de ser curada. Essa lesão pode ser causada pelo uso de salto alto durante muitas horas seguidas, ou por ter ficado de com este tipo de sapato por muito tempo.

Quando piso no chão meu pé dói o que pode ser?

A principal causa da dor no ao pisar é a fascite plantar, uma inflamação no ligamento da região chamada fáscia plantar (que liga o calcanhar aos dedos), que pode causar pequenas rupturas no tecido.

Onde é a dor da fascite plantar?

A dor na sola do pé é o principal indicativo do problema. Ela pode acometer o calcanhar de forma intensa ao pisar no chão após acordar ou ter ficado sentado por muito tempo. “Parece uma pontada e costuma aliviar com o passar do dia”, esclarece Bueno.