Quais foram os ciclos migratórios no Brasil?

Externos

Até 1934, foi liberada a entrada de estrangeiros no Brasil. A partir dessa data, ficou estabelecido que só poderiam imigrar 2% de cada nacionalidade dos estrangeiros que haviam migrado entre 1884 e 1934.

Os fatores que mais favoreceram a entrada de imigrantes no Brasil foram:

  • A dificuldade de encontrar escravos após a extinção do tráfico, depois de 1850;
  • O ciclo do café, que exigia mão de obra numerosa;
  • Abundância de terras.

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Para a maior parte dos imigrantes, a adaptação foi muito difícil, pois alem das diferenças climáticas, da língua e dos costumes, não havia no país uma política firme que assegurasse garantias as pessoas que aqui chegavam. As regiões sul e sudeste foram as que receberam maior contingente de imigrantes, principalmente por causa do ciclo do café e povoamento da região sul.

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Imigração no Brasil por nacionalidade

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Imigrantes italianos na região de Caxias do Sul (RS) em 1911

Internos

Em nossa história, os principais movimentos migratórios foram:

  • Migração de nordestinos da Zona da Mata para o sertão, séculos XVI e XVII (gado);
  • Migração de nordestinos e paulistas para Minas Gerais, século XVII (ouro);
  • Migração de mineiros para São Paulo, século XIX (café);
  • Migração de nordestinos para a Amazônia, devido ao ciclo da borracha;
  • Migração de nordestinos para Goiás, na década de 1950 (construção de Brasília);
  • Migrações de paulistas para Rondônia e Mato Grosso, na década de 1970.

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Movimentos migratórios

Os movimentos migratórios mais intensos nas décadas de 1980 e 1990 foram nas regiões:

  • Centro-oeste: Brasília e arredores; áreas do interior do MT, MS e GO, onde ocorre a expansão da pecuária e da agricultura comercial.
  • Norte: zonas de extrativismo mineral em RO, AP e PA; zonas madeireiras no PA e AM; áreas agrícolas em RO e AC.
  • Sudeste: migrações das capitais para o interior dos estados de SP, RJ e MG.
  • Sul: até o final da década de 1980, os movimentos emigratórios para o centro-Oeste e norte foram muito significativos. Na década de 1990, houve forte migração intraestadual, principalmente das metrópoles para o interior.
  • Nordeste: tradicionalmente, o nordeste era uma área de evasão populacional, principalmente do sertão para a Zona da Mata ou outras regiões do país, como sudeste e centro-oeste. Atualmente, há uma atração devido os incentivos fiscais dos estados às empresas de fora, mão de obra barata e turismo.

Quais foram os ciclos migratórios no Brasil?
  
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Como referenciar: "Movimentos migratórios no Brasil" em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2022. Consultado em 03/11/2022 às 15:39. Disponível na Internet em http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaHumana/Populacao/populacao5.php

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Quais foram os ciclos migratórios no Brasil?

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Quais foram os ciclos migratórios no Brasil?

A migração interna no Brasil acontece principalmente por motivos econômicos e desastres ecológicos. A população de um país não é apenas modificada pelas mortes e nascimentos de seus habitantes. É preciso levar em conta, também, os movimentos de entrada e de saída, ou seja, as migrações que ocorrem em seu território. As migrações internas são aquelas que se processam no interior de um país, como por exemplo, o êxodo rural, o que é constante no Brasil.[1]

Um exemplo de migração foi aquela devido às secas que devastou o Nordeste brasileiro na década de 1960, que fizeram com que milhares de pessoas abandonassem suas casas no sertão brasileiro por falta de alternativa agrícola e políticas sociais na região. Outro exemplo histórico foi a migração de nordestinos para a região Norte do Brasil no fim do século XIX. Isto se deu por dois motivos: o início do ciclo da borracha e a grande seca que devastou a região Nordeste. Destaca-se também a movimentação de migrantes nordestinos e sulistas em busca de uma melhora na vida na Região Sudeste do País, único pólo industrial brasileiro na década de 1970.

A história do povo brasileiro é uma história de migrações. A migração no Brasil não ocorreu nem ocorre por causa de guerras, mas pela inconstância dos ciclos econômicos e de uma economia planejada independentemente das necessidades da população.

História[editar | editar código-fonte]

As migrações pelo território brasileiro estão associadas, como se nota ao longo da história, a fatores econômicos, desde o tempo da colonização pelos europeus. Quando terminou o ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste e teve o início do ciclo do ouro, em Minas Gerais e Goiás , houve um enorme deslocamento de pessoas em direção ao novo centro econômico do país. O ciclo da borracha atraiu grande quantidade de migrantes para região da Amazônia. Graças ao ciclo do café e, posteriormente, com o processo de industrialização, a região Sudeste tornou-se o grande polo de atração de migrantes, que saíam de sua região de origem em busca de empregos ou melhores salários.[1]

Acentua-se, então, o processo de êxodo rural, migração do campo para a cidade, em larga escala. No meio rural, a miséria e a pobreza agravadas pela falta de infraestruturas (educação, saúde, etc.), pela concentração de terras nas mãos dos latifundiários e pela mecanização das atividades agrárias, fazem com que a grande população rural seja atraída pelas perspectivas de um emprego urbano, que melhore o seu padrão de vida. Além disso, o acesso a serviços e ao comércio nas áreas urbanas, tornou-se o principal fator de atração para as grandes cidades.[1]

No entanto, o que ocorreu no Brasil entre os anos 1940 e 1990, foi que as cidades não apresentavam uma oferta de empregos compatível com a procura, nem a economia urbana crescia na mesma velocidade em que a migração. Em consequência, crescia o desemprego e o subemprego no setor de serviços, com aumento do número de trabalhadores informais, vendedores ambulantes e trabalhadores que vivem de fazer "bicos". Associado à falta de investimentos e ao reduzido planejamento do Estado na ampliação da infraestrutura urbana, isto contribuiu para a formação de um cinturão marginal nas cidades, ou seja, o surgimento de novas favelas, palafitas e invasões urbanas.

Atualmente, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, já se registra maior saída de população das metrópoles em direção às cidades médias do interior do que em direção a estas metrópoles, embora estas continuem tendo crescimento populacional total positivo. A principal causa desse movimento é que estas metrópoles atualmente não apresentam taxas de crescimento econômico tão significativas, a infraestrutura de transportes é geralmente problemática, acompanhando uma relativa precariedade no atendimento de praticamente todos os serviços públicos, com índices de desemprego e criminalidade mais elevados do que a média das demais cidades. Já as cidades do interior do país, além de estarem passando por um período de crescimento econômico, oferecem melhor qualidade de vida à população.

As migrações internas têm sido alvo de análise, não apenas como resultantes de eventuais desequilíbrios econômicos, sociais ou demográficos, mas, principalmente, como elementos da organização espacial de uma sociedade. A migração pode ser definida como mobilidade espacial da população. Atualmente a maior parte das migrações não são mais inter-regionais, mas ocorrem dentro da mesma região. Além disso, alguns estados, que tradicionalmente apresentavam mais emigração, tornaram-se regiões de imigração, como Pernambuco, Bahia, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Demografia do Brasil
  • Êxodo rural brasileiro
  • Migração nordestina
  • Migração

Referências

  1. a b c UFRR (ed.). «Século XX: 70 anos de migração interna no Brasil». Consultado em 7 de junho de 2019
  2. «A nova geoeconomia do emprego»

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • O Fenômeno Migratório para o Brasil
  • Museu da Emigração e das Comunidades
  • As duas grandes vertentes da história sociolinguística do Brasil (1500-2000) Dante Lucchesi
  • Estatísticas do povoamento
  • Observatório de Migrações Forçadas, do Instituto Igarapé

Quais foram os principais ciclos de migração ocorridos no Brasil?

Os principais fluxos de imigração (entrada de estrangeiros) no Brasil foram os de portugueses e escravos africanos (até o século XIX), italianos e alemães (1850-1900), japoneses (1900-1920) e outros asiáticos (1950-1960).

Quais são os ciclos migratórios?

As migrações ou movimentos migratórios podem acontecer por variadas razões, envolvendo desde causas naturais, como fenômenos atmosféricos (chuvas intensas, furacões), até causas sociais, como guerras, crises econômicas, entre outras.

Quais foram os quatro ciclos de migração interna no Brasil?

Os principais movimentos populacionais internos são: migrações inter-regionais. êxodo rural. migrações pendulares nas grandes cidades.

Quais foram os primeiros movimentos migratórios no Brasil?

Migração de nordestinos e paulistas para Minas Gerais, século XVII (ouro); Migração de mineiros para São Paulo, século XIX (café); Migração de nordestinos para a Amazônia, devido ao ciclo da borracha; Migração de nordestinos para Goiás, na década de 1950 (construção de Brasília);