Qual é a participação percentual de energia eólica na matriz energética brasileira atualmente?

Qual é a participação percentual de energia eólica na matriz energética brasileira atualmente?

A energia eólica, que é a proveniente dos ventos, cresceu 18,87% de potência em relação a dezembro de 2016, quando a capacidade instalada era de 10,74 GW. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), em 2017, foram instaladas 79 novas usinas eólicas, totalizando  2.027 MegaWatts (MW).

Os estados com maior destaque na implantação destes novos empreendimentos foram Piauí e Bahia, ambos no Nordeste brasileiro, que juntos correspondem a pouco mais da metade de toda instalação. O Maranhão também deve ter uma atenção especial, pois recebeu a instalação dos primeiros parques eólicos.

Fonte de energia

“Apenas em 2017, foram adicionados à matriz elétrica brasileira mais 2 GW de energia eólica em 79 novos parques, fazendo com que o setor chegasse ao final do ano com 12,77 GW de capacidade instalada em 508 parques eólicos, representando 8,1% da matriz. Ainda foram gerados mais de 30 mil postos de trabalho e o investimento no período foi de R$ 11,4 bilhões”, reflete Elbia Gannoum, presidente-executiva da ABEEólica.  Em 2016, a energia eólica representava a contribuição de 7,1 % na matriz energética do Brasil.

No total, a produção de energia eólica de 2017 apurada pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) foi 26,5% superior à de 2016 e, pela primeira vez, a fonte chegou a atingir dois dígitos na matriz de produção, representando 10% da energia do País em agosto e 11% em setembro, meses que fazem parte da chamada “safra dos ventos”.

Em 2017, foram acrescidos na matriz elétrica 6,84 GW de potência, cujo crescimento foi liderado principalmente pelas fontes hidrelétrica e eólica, que representaram 47,86% e 29,62%, respectivamente.

Destaque no mercado

De acordo com dados do GWEC (Global Wind Energy Council), o Brasil ultrapassou o Canadá e ocupa agora a 8ª posição no Ranking Mundial de capacidade instalada de energia eólica. O ranking é composto pela China (188,23 GW), Estados Unidos (89,08 GW), Alemanha (56,13 GW), Índia (32,85 GW), Espanha (23,17 GW), Reino Unido (18,87 GW) e França (13,76 GW).

O ano de 2017 também foi fundamental para a energia eólica devido as retomadas dos leilões. A última edição tinha sido em novembro de 2015, mas em dezembro do ano passado foram retomados com a realização de dois leilões – o A-4 e A-6. No último foram comercializados 1,39 GW de capacidade eólica. Mas considerando também o resultado do A-4, foram comercializados um total de 1,45 GW de energia eólica em 2017, o que equivale a um investimento de mais de R$ 8 bilhões.

“O setor está com uma capacidade ociosa considerável e a contratação realizada em dezembro de 2017 foi essencial para garantir a sobrevivência de uma cadeia produtiva que é 80% nacionalizada, gerando emprego e renda no Brasil”, explica Élbia.

Os números

O Brasil possui 508 usinas eólicas. Os cinco estados com maior geração no período de 2017 foram Rio Grande do Norte (13,24 TWh), Bahia (7,79 TWh), Rio Grande do Sul (5,58 TWh), Ceará (5,10 TWh) e Piauí (4,59 TWh).

O ano de 2017 ainda foi marcado por quebra de recordes da energia proveniente dos ventos em várias regiões brasileiras.  No Nordeste, 70,45% da energia consumida no dia 10 de setembro veio das eólicas.  Já no sul, no dia 8 outubro 16,59% também teve esta origem. No Norte, no dia 1º de outubro,  4,16% da energia consumida veio dos ventos.

Entenda mais sobre energia eólica

Energia eólica é a energia cinética contida nas massas de ar em movimento, ou seja, o vento. O aproveitamento do vento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas – também denominadas aerogeradores – para a geração de eletricidade, ou de cata-ventos e moinhos, para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água.

Assim, a geração eólica ocorre pelo contato do vento com as pás do cata-vento. Ao girar, essas pás dão origem à energia mecânica que aciona o rotor do aerogerador, que produz a eletricidade.

O Brasil é favorecido em termos de ventos, que se caracterizam por uma presença duas vezes superior à média mundial e por uma volatilidade de apenas 5%, o que dá maior previsibilidade ao volume a ser produzido.

 Além disso, como a velocidade costuma ser maior em períodos de estiagem, é possível operar usinas eólicas em sistema complementar com usinas hidrelétricas, de forma a preservar a água dos reservatórios em períodos de poucas chuvas.

Cejane Pupulin-Canal-Jornal da Bioenergia

Segundo levantamento divulgado nesta semana pelo MME (Ministério de Minas e Energia), cerca de 85% da energia elétrica produzida no Brasil vem de fontes renováveis. A maior parte é produzida em usinas hidrelétricas, mas nos últimos anos, a geração de energia eólica, produzida pelo vento, e a solar vem ganhando destaques.  

Paro o diretor do Departamento de Informações e Estudos Energéticos do Ministério de Minas e Energia (MME), André Osório, “a matriz elétrica brasileira é uma das mais renováveis do mundo, com indicador mais de três vezes superior ao mundial.”

Ainda segundo o MME, esse movimento se deu pela combinação entre aumento da geração por meio de renováveis (biomassa e solar) e a redução do uso de fontes fosseis para a geração termelétrica.

Energia eólica

De acordo com dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a energia eólica hoje representa 10,9% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue a 13,6% ao fim de 2025. Os maiores parques estão na região Nordeste.

Em julho, foram quatro recordes de geração eólica média e quatro de geração instantânea (pico). Segundo o ministério, em um único dia, a média inédita chegou a 11.399 MW, suficiente para abastecer a 102% da região Nordeste durante 24 horas.

Energia solar

A energia solar representa 2% da matriz elétrica do país, podendo atingir 2,9% até o fim de 2021, de acordo com a ONS. Nos últimos três anos, o crescimento da energia solar centralizada (gerada por grandes usinas) foi de 200%, enquanto que a solar distribuída (pequenas centrais de geração) passou de 2.000%. Segundo o Ministério de Minas e Energia, só em 2020, a capacidade instalada em energia solar fotovoltaica cresceu 62% no país em relação ao ano anterior.

Compromisso

A alta na matriz de energia limpa ajuda o Brasil a honrar o compromisso assumido na Cúpula do Clima deste ano de antecipar a neutralidade climática em uma década — de 2060 para 2050. André ressalta que, para qualquer cenário de planejamento energético realizado pelo MME, a ascenção das renováveis na matriz elétrica deve permanecer acima de 80% até 2030, chegando a 85% em 2050.

“Tais resultados serão alcançados em boa medida com o aproveitamento pelo país de seus potenciais eólico, solar e de biomassa bem como em decorrência de todo esforço já estabelecido pelas políticas públicas, da mudança do perfil do consumidor brasileiro que vem buscando economicidade e aprimoramentos tecnológicos nas soluções de suprimento de energia elétrica”, destacou Osório.

Como incentivos para o aumento da energia limpa, o Governo Federal ofereceu a eliminação de impostos de importação para equipamentos de energia solar, o que tem permitido o aumento da competitividade da fonte solar no Brasil, tanto para a geração centralizada como para a geração distribuída. 

“Nesse processo de expansão, o ministério não se descuidou da sustentabilidade ambiental, instituindo programas de incentivo às fontes renováveis de energia como Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) e Renovabio (Política Nacional de Biocombustíveis)”, explicou o diretor.

Liderança nos Brics

A produção de energia limpa pelo Brasil é destaque entre os países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China). Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a matriz energética brasileira, em 2019, foi formada por 45% de fontes renováveis e 54% de fontes fósseis. Os números superam os demais países do bloco. As fontes de energia fósseis chegam a 97% na África do Sul, 94% na Rússia, 92% na Índia e 87% na China.

“Nosso país é dotado de uma riqueza de recursos energéticos que supera muitas vezes a demanda de energia total estimada pelos próximos anos. Passaremos de uma posição de importador líquido de energia para outra realidade, a de ofertante líquido. Assim, percebemos que o nosso papel agora é de administrar a abundância de recursos energéticos”, ressaltou o diretor.  

“Há uma diversidade das fontes renováveis mais tradicionais. Mas vamos continuar com grande participação de hidrelétricas, PCHs e de biomassa. As fontes eólicas e solar irão se expandir fortemente e ainda há fontes limpas e menos tradicionais que estão recebendo grande atenção para sua viabilização como resíduos sólidos urbanos, eólica off shore e o hidrogênio” concluiu.

*Publicado por Cleber Souza

Qual é a participação percentual da energia eólica na matriz energética brasileira atual?

Com 20,1 GW de potência instalada, as usinas eólicas respondem por 11,11% da matriz energética brasileira. A fonte também representa pouco mais de 40% dos empreendimentos em construção de geração de energia. Somente em novembro, a Aneel liberou para operação comercial empreendimentos com potência total de 561,13 MW.

Qual a porcentagem de energia eólica no Brasil?

Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o setor representa 12% da matriz elétrica do país, com 812 parques eólicos, distribuídos por 12 estados, e 9.294 aerogeradores em operação.

Qual a participação atual da energia eólica na matriz energética mundial?

Fontes solar e eólica atingiram participação de quase 10% na matriz de energia global, aponta estudo. As fontes solar e eólica alcançaram uma participação recorde de 9,8% da geração de energia global durante o primeiro semestre de 2020, aponta levantamento da organização ambiental britânica Ember.

Qual foi a participação percentual da energia eólica na matriz energética brasileira em 2026?

E a expectativa é que a capacidade total de energia eólica instalada chegue a 28,5 GW até 2026, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia brasileiro, aumentando a participação da matriz para 12,5%. E, ainda assim, resta um enorme potencial eólico a ser explorado. [...]"