Quem foi a burguesia na Idade Média a classe social que surge com o intenso desenvolvimento comercial e desenvolvimento das cidades e que passou a buscar o poder?

Com estes exercícios sobre as Cruzadas e o desenvolvimento do comércio, você pode testar os seus conhecimentos sobre alguns dos tópicos mais importantes da Idade Média. Publicado por: Cláudio Fernandes

 (PUC-RS) Responda à questão, com base nas afirmativas a seguir, sobre as Cruzadas na Baixa Idade Média:

Vários setores da sociedade europeia tinham interesses nas Cruzadas: a Igreja, o Império Bizantino, os nobres sem terra e as cidades comerciais italianas.

As Cruzadas fracassaram como empreendimento religioso militar, inclusive porque terminaram interrompendo o rico comércio europeu com o Oriente Médio.

Uma nova classe social surgiu, ligada à atividade comercial, e o poder dos nobres começou gradualmente a declinar.

Foi a partir da renovação do poder da Igreja, com o movimento das Cruzadas, que se construíram as grandes catedrais românicas na Europa Ocidental.

Pela análise das alternativas, conclui-se que somente estão corretas:

a) I e II.

b) I e III.

c) I, II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.  

 2) As Cruzadas tiveram grande impacto no chamado “Mundo Mediterrânico”, isto é, nas regiões que dependiam diretamente do Mar Mediterrâneo para a sua subsistência. Que civilização controlava majoritariamente o Mar Mediterrâneo antes do movimento cruzadista?

a) a civilização bizantina.

b) a civilização assíria.

c) a civilização fenícia.

d) a civilização islâmica.

e) a civilização egípcia.  

 (Unesp) No período denominado de Baixa Idade Média, houve desenvolvimento do comércio e florescimento de cidades. O crescimento econômico da Europa Ocidental intensificou-se com a expansão ultramarina do século XV. Considera-se essencial para tal expansão:

a) a crise e o enfraquecimento comercial das cidades-Estado italianas, fornecedoras na Europa dos produtos orientais.

b) a centralização do poder político e a possibilidade de investimento de recursos monetários estatais em expedições marítimas.

c) a ocupação de Constantinopla pelos turco-otomanos e o fim dos contatos pacíficos entre Ocidente e Oriente.

d) a abundância de metais na Europa e o crescimento de circulação monetária em condições de financiar empreendimentos dispendiosos.

e) a ruptura da unidade cristã do Ocidente e a formação de religiões cristãs adaptadas à ética da acumulação capitalista.

 4) Quais cidades italianas mais se beneficiaram comercialmente com as ações do movimento cruzadista na Baixa Idade Média?

a) Gênova e Antuérpia.

b) Amsterdã e Paris.

c) Turim e Milão.

d) Roma e Lyon.

e) Gênova e Veneza.  

respostas

Letra B

O tópico II está incorreto porque as Cruzadas não interromperam o fluxo comercial com o Oriente. Ao contrário, isso foi intensificado. Já o erro do tópico IV está no fato de que o modelo de catedrais construídas foi o gótico, e não o românico.  

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Letra D

A civilização árabe, que dominou, no século VIII, a região do norte da África, do Oriente Médio e parte do sul da Europa, usava o Mar Mediterrâneo como elo de junção entre todos esses territórios. Foi com as Cruzadas que a hegemonia islâmica sobre o Mediterrâneo deixou de existir.  

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Letra B

Foi da formação dos grandes centros comerciais durante a Baixa Idade Média que nasceram as primeiras organizações financeiras e estatais modernas. Os estados espanhol e português, por exemplo, foram pioneiros na expansão marítima por estarem envolvidos nesse universo comercial do Mar Mediterrâneo.

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Letra e

Gênova e Veneza, por serem cidades portuárias, beneficiaram-se grandemente com a abertura comercial do Mar Mediterrâneo provocada pelas Cruzadas. A burguesia europeia começou a se formar na atmosfera das trocas econômicas que ocorriam nessa cidade.  

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Quem foi a burguesia na Idade Média a classe social que surge com o intenso desenvolvimento comercial e desenvolvimento das cidades e que passou a buscar o poder?

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A Idade Média (476 a 1453) costuma ser conhecida como a época em que a economia europeia esteve praticamente estagnada. Essa afirmação é feita porque a maior parte da população vivia nos feudos, que eram grandes áreas cercadas e isoladas uma das outras, com uma economia quase auto-suficiente. Desse modo, costuma-se dizer que o comércio de produtos praticamente desapareceu no período medieval.

No entanto, devemos relativizar essa ideia. Durante a Idade Média continuaram a existir profissionais como os artesãos (ferreiros e construtores de máquinas, por exemplo), comerciantes e negociantes. As pessoas não deixaram de adquirir certos equipamentos fundamentais à prática da agricultura (como enxadas e arados), que eram, portanto, fabricados e comercializados. Ainda que essas atividades de comércio tenham sido bastante restritas, numa Europa separada por feudos e ameaçada por guerras entre os povos do continente, isso não significa que elas tenham desaparecido.

O período de auge do feudalismo foi o que se costuma chamar de Alta Idade Média (séculos 5 a 10). Mas, a partir do século 10, as coisas começaram a mudar. Diversos fatores ajudam a explicar por que a agricultura deixara de ser a principal atividade econômica, abrindo espaço para o chamado Renascimento comercial, que, a partir do século 11, inaugurou definitivamente a Baixa Idade Média, que se estenderia até o século 15.

Crescimento populacional

Assim, a Europa vivia em meados do século 10 uma relativa época de paz, já que os ataques de um reino a outro haviam diminuído bastante. Essa queda no número de conflitos foi responsável por um considerável aumento populacional: em 300 anos a população da Europa cresceu de 8 milhões para 26 milhões de habitantes. Isso gerou um excedente populacional, que começou a necessitar de mais espaço e a expandir-se para fora dos feudos.

Anteriormente, havia a população de comerciantes, negociantes e artesãos que, devido à sua prática profissional itinerante, começaram a se fixar no entorno dos feudos, constituindo, assim, as vilas e burgos. Dessa forma, aqueles que moravam nessas localidades eram conhecidos como burgueses e, ao longo dos séculos, essa denominação passou a denominar os comerciantes e os homens ricos.

Com o aumento demográfico na Europa, a população dos burgos foi crescendo também. Isso se dava porque muitos servos acabavam por fugir dos feudos para escapar das imposições da relação servil. Ou ainda, porque aqueles servos que mais causavam problemas aos seus senhores eram expulsos de suas terras, indo engrossar a população das vilas. Assim, essas pequenas localidades começaram a crescer e se tornar importantes concentrações de trabalhadores livres e comerciantes, onde passaram a ser organizadas feiras permanentes, o que resultou no surgimento de inúmeras cidades.

O renascimento das cidades

Como anteriormente a maior parte da Europa era constituída por feudos, esse processo foi chamado de "Renascimento urbano", pois as cidades voltaram a se tornar importantes núcleos econômicos. Ao mesmo tempo, isso indicou também a decadência dos vínculos feudais, pois os moradores da cidade passaram a negociar com os senhores o fim do pagamento de tributos e serviços, através da compra da chamada carta de franquia.

O aumento da liberdade política e econômica foi propiciando o aprimoramento do trabalho urbano. Os artesãos, que faziam os produtos consumidos pelos europeus, passaram a ser organizar em entidades para além de suas cidades. Para isso, formaram as guildas e as corporações de ofícios, que eram associações de trabalhadores de determinados profissões. Por exemplo, uma corporação de sapateiros ditava as normas de fabricação de seus produtos e as formas de sua comercialização, a fim de proteger esses profissionais no mercado e propiciar seu lucro.

Desenvolvimento da agricultura

Ainda que tenha favorecido principalmente o comércio, essa expansão espacial pelo continente europeu foi estimulada até pelos nobres feudais. Os donos dos feudos viam seus campos serem esgotados pela exploração contínua e tinham interesse em expandir suas riquezas territoriais. Assim, incentivavam a ocupação de outras áreas por seus servos, que através de outras formas de cultivo (como a utilização rotativa do solo) e do uso de um tipo de arado mais resistente, conseguiram expandir também a produção agrícola, num processo chamado de "Renascimento agrícola".

Houve, por sua vez, um outro fator que caminhou paralelamente a esse novo comércio europeu e foi, ao mesmo tempo, o que contribui para que ele se expandisse mais: as Cruzadas. A Igreja católica, aproveitando-se da legião de homens desocupados nos centros urbanos, começou a realizar expedições para além dos limites continentais, dando um outro sentido para a economia medieval.

Com a justificativa de conquistar povos para a fé cristã e ao mesmo tempo reconquistar territórios de outros povos, nasceram as Cruzadas, expedições militares e religiosas que foram praticadas durante quase 200 anos, entre os séculos 11 e 13. Foram realizadas oito dessas expedições nesse período, que atravessaram o continente europeu, cruzaram mares e chegaram a outros continentes. Isso fez com as rotas comerciais acompanhassem esse traçado aberto pela cruz e pela espada.

Quem foi a burguesia na Idade Média a classe social que surge?

O termo “burguesia” designa a classe social dominante do sistema capitalista e está formada por proprietários de bens ou capitais. A burguesia surge no fim da Idade Média, com a expansão do comércio e das cidades medievais. A palavra tem origem em “burgos”, que significava “fortaleza” ou “pequenas cidades”.

Quem foi a burguesia na Idade Média passei direto?

A classe social que detinha as terras cedidas pelo rei.

Que foi a burguesia na Idade Média?

A burguesia foi uma grupo de pessoas dedicadas ao comércio durante a Idade Média. O termo burguesia deriva de burgo. O burgo era uma pequena cidade que apareceu no continente europeu na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, entre os séculos XIV e XV.

Quem fazia parte da burguesia?

O renascimento urbano europeu teve início no século XI. A partir do crescimento comercial surgiu a burguesia, formada por comerciantes que desenvolveram o capitalismo.