A essência dos fenômenos que permitem tanto a expansão pulmonar e consequente entrada de ar nos pulmões como também a retração e a saída de ar estão nas alterações do equilíbrio das forças que atuam na parede torácica e nos pulmões. Show
As 4 forças de pressão
Qual é procedimento?Com as vias aéreas abertas e sem fluxo de ar entrando e saindo dos pulmões, estas forças estão em equilíbrio, de tal forma que elas se anulam. O equilíbrio é alterado a favor da expansão do tórax mediante as contrações dos músculos da parede torácica o que aumenta os diâmetros desta. Rompido o equilíbrio das forças, o pulmão se distende e o ar é inspirado. A distensão dos pulmões estira suas fibras elásticas, que vão acumulando energia potencial. Cessadas as contrações musculares esta energia acumulada nas fibras elásticas rompe o sistema de forças a favor da retração pulmonar e o ar é expirado. Muito tem sido afirmado sobre o papel da tensão superficial do líquido contido na cavidade pleural em manter unidos os folhetos pleurais, mas, na realidade, a tensão superficial não tem papel significativo na mecânica respiratória. Aliás, esta força intrapleural tende mais a separar que a unir as pleuras e é em razão as forças supracitadas que tendem a retrair ou distender os pulmões e a parede torácica. Seu valor é quase sempre abaixo da pressão atmosférica e é referida muitas vezes de forma errônea como pressão negativa. Como funciona o processo de inspiração do pulmão?A inspiração é um trabalho ativo, por envolver trabalho muscular e consequentemente gasto energético e a expiração (não forçada) é passiva, sem gasto energético, pois é decorrente da retração das fibras elásticas pulmonares. Somente a expiração forçada envolve trabalho ativo, pois para ela ocorrer contribuem vários músculos, em especial os abdominais. Qualquer fator que altere o equilíbrio das forças ocasiona um distúrbio respiratório. Assim, uma lesão que perfure a parede do tórax e, portanto, a pleura parietal faz com que o ar entre na cavidade pleural e, em consequência, a pressão atmosférica passe a atuar diretamente sobre a pleura visceral e o pulmão, anulando a pressão intra-alveolar, fazendo predominar a elasticidade pulmonar. Em decorrência destes fatos, o pulmão irá se retrair, colabando-se. Este fenômeno recebe o nome de pneumotórax. Um raciocínio similar permite compreender não só os pneumotóraces que ocorrem por ruptura da pleura visceral sem lesão parietal, como também os colabamentos pulmonares devido à presença de líquidos (sangue, secreção purulenta, etc.), na cavidade pleural, como ocorrem em várias patologias ou em traumatismos torácicos. Em casa de presença de líquidos na cavidade pleural, o que fazer?No caso da presença de líquidos na cavidade pleura, o colabamento pulmonar será proporcional a quantidade de líquido presente, o qual, em decorrência da ação gravitacional, primeiro irá acumular nos pontos mais baixos da cavidade pleural. Pressão intrapleuralÉ a pressão existente entre a pleura parietal e visceral, é sempre negativa, pois existe uma drenagem constante do líquido intersticial pelos ductos linfáticos, sendo no repouso – 5cm H2O.
Músculos inspiratóriosExpandem a caixa torácica e junto expandem também o pulmão, causando uma pressão negativa em seu interior o que causa a entrada de ar (inspiração).
Os músculos abdominais e intercostais internos podem ajudar na expiração, mas não sempre. Pressão alveolarÉ a pressão interna do pulmão, no momento de repouso, ou seja, não se inspira nem expira a pressão alveolar é de 0cm H2O (sendo na realidade a pressão atmosférica).
Pressão transpulmonarÉ a pressão resultante entre a pressão intrapleural e alveolar, sendo ela quem controla a quantidade de ar que entra ou sai do pulmão. Quanto maior a pressão transpulmonar, maior a quantidade de ar que entra no pulmão. HistereseFenômeno físico determinado pela resistência do tecido pulmonar que provoca uma diferença entre a curva de insuflação e deflação pulmonar, a histerese é determinada pela força elástica dos pulmões que estão em dois grupos:
O pulmão enche mais facilmente em sua região apical do que a basal, pois no movimento da expiração o pulmão nunca se esvazia por completo e o ar para sair do pulmão passa por último na região basal em direção aos bronquíolos, por conseguinte a região basal fica com mais ar que a apical após a expiração, e por isso o pulmão enche mais facilmente na região basal. Quer saber mais sobre o assunto? Confira os cursos sobre anatomia disponíveis no Portal Educação e aprofunde seus conhecimentos! O que gera a retração dos pulmões aumentando a pressão Intrapulmonar?Diferentemente do que ocorre na inspiração, há uma redução do volume da caixa torácica, que volta ao seu tamanho de repouso, e uma retração dos pulmões, o que faz com que a pressão interna fique maior que a externa. O aumento da pressão intrapulmonar faz com que o ar seja lançado para fora do nosso corpo.
O que é pressão alveolar e pressão intra pleural?No pulmão existe a pressão transpulmonar, que é a diferença entre a pressão alveolar (pressão interna do pulmão) e a pressão pleural (pressão externa do pulmão, realizada pela caixa torácica).
Quando o diafragma se contrai a pressão Intrapulmonar?No processo de expiração, há um processo inverso ao da inspiração: o diafragma e os músculos intercostais relaxam-se. Com isso, a caixa torácica diminui seu volume, o que provoca a contração dos pulmões e o aumento da pressão intrapulmonar.
O que consiste pressão Intrapulmonar?A pressão intrapulmonar diminui na inspiração, fazendo com que o ar entre nos pulmões. Quando o ar entra, a pressão atmosférica e a intrapulmonar ficam, temporariamente, equilibradas. Analise os processos descritos a seguir e marque o único não relacionado à expiração: a) Relaxamento dos músculos intercostais.
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